top of page
Foto do escritorPastor Alex Daher

Daniel 3: Na Fornalha Ardente

Série: Domínio e Esperança

8 de setembro de 2024 – IBJM





INTRODUÇÃO

 

Essa é uma passagem movimentada. Tem muita coisa acontecendo nesse capítulo. Nabucodonosor—o homem mais poderoso do mundo—usa muito dinheiro do Império para construir uma estátua dele mesmo. Muita música também. E muitas pessoas adorando uma imagem. E o rei muito irado com os 3 jovens. E uma fornalha muito quente. E uma salvação muito espetacular. Muita coisa acontecendo.

 

Mas esse capítulo é sobre um assunto. Um assunto: ADORAÇÃO.
A atividade mais sublime que um ser humano pode fazer. O exercício mais glorioso que você pode se envolver. O propósito maior para o qual nós fomos criados.

 

Daniel 3 é um texto sobre adoração. Só nos primeiros 15 versículos, adoração aparece 7 vezes. Por exemplo:

 

•  [6] Quem não se prostrar e não a adorar será, no mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente.

•  Segunda frase do v.[12] (...) Esses homens fizeram pouco caso do senhor, ó rei; não prestam culto aos deuses do rei, nem adoram a imagem de ouro que o senhor levantou.

•  [14] Nabucodonosor lhes disse: — Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, é verdade que vocês não prestam culto aos meus deuses, nem adoram a imagem de ouro que levantei?

 

Por que Daniel repete tantas vezes: “prestar culto” e “adorar”? Porque ele quer ter certeza de que nós não vamos perder de vista o que realmente está em jogo aqui: adoração.

 

Se Deus realmente existe e se ele é quem a Bíblia diz que ele é—santo, soberano, o único Deus Salvador, então nós devemos adorá-lo de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento. E nós não devemos dividir nossa devoção a ele com nada nem ninguém nesse mundo.

 

O Senhor está usando 3 jovens adoradores durante o exílio na Babilônia para nos ensinar sobre adoração.

 

Esse texto tem 5 lições sobre adoração para você continuar confiando no Deus que é digno de ser adorado:

 

PRIMEIRA LIÇÃO: TODO SER HUMANO É UM ADORADOR (VV. 1-7)

 

Sem exceção. Todo ser humano adora. Adorar é tão natural para nós quanto respirar.

 

Muitas coisas na Babilônia eram diferentes para Sadraque, Mesaque e Abede-Nego: língua diferente, lugar diferente, clima diferente, comida diferente, governo diferente.

 

Mas o que era mais diferente na Babilônia era o deus deles. E o culto deles. Não é que não existia adoração na Babilônia. Existia! Mas era uma adoração diferente. Errada. Uma adoração falsa.

 

É por isso que Nabucodonosor manda fazer uma estátua enorme:

 

[1] O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que tinha vinte e sete metros de altura e dois metros e setenta de largura, que ele levantou na planície de Dura, na província da Babilônia.

 

27 metros—a altura de um prédio de 9 andares. É uma estátua gigante. Do tamanho do ego de Nabucodonosor.

 

No capítulo 2, Daniel tinha revelado o sonho que Nabucodonosor teve. O sonho foi sobre uma imagem imensa e de extraordinário esplendor (Daniel 2:31). E Nabucodonosor era a cabeça de ouro dessa imagem.

 

Ainda assim, Nabucodonosor não se dobrou a Deus. Pelo contrário! Ele resolveu fazer uma imagem imensa dele, toda de ouro, para que mostrar a grandeza e o esplendor e a majestade pertencem a ele.

 Daniel falou que o reino dele seria destruído e que um outro reino (que é o reino de Cristo) dominaria toda a terra.

Ele convoca os chefes de estado e políticos e funcionários do governo de todo o Império. Mas eles não foram para uma reunião de negócios. Eles foram para um culto. Um culto pagão.

 

[4] Nisto, o arauto proclamou em alta voz: — Ordena-se a vocês, pessoas de todos os povos, nações e línguas, [5] que, no momento em que ouvirem o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, da lira, da gaita de foles e de todo tipo de música, vocês se prostrem e adorem a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou. [6] Quem não se prostrar e não a adorar será, no mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente.

 

Não existe liberdade religiosa. Não existe tolerância. Quem não se prostrar à imagem, morre.

 

Nabucodonosor deixou a Orquestra Sinfônica da Babilônia preparada—os melhores músicos do mundo com seus instrumentos. O representante do rei (o arauto) faz o chamado à adoração e adoração acontece.

 

[7] Assim, quando ouviram o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, da lira e de todo tipo de música, pessoas de todos os povos, nações e línguas se prostraram e adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado.

 

Essa cena nos lembra que o homem sem Deus não é um homem sem adoração. Um homem sem Deus é um homem com adoração errada—adoração falsa.

 

O ser humano é um ser religioso. Os deuses variam de forma, de tamanho, de tipo de material—madeira, prata, ouro. Variam de nome. Os rituais de adoração mudam, mas uma coisa que nunca sai do coração humano é adoração. Adorar é tão natural para nós quanto respirar.

 

Mas nós podemos pensar: “Eu não estou adorando nenhuma imagem na minha casa. Eu não tenho esse problema. Pode ir para o próximo ponto, pastor. Obrigado”.

 

Vamos mais devagar. Ver o homem mais poderoso do mundo construindo uma imagem de ouro de 27 metros tem implicações para nós.

 

ÍDOLOS INVISÍVEIS

 

Mesmo que nós não estejamos adorando imagens nas nossas casas ou na igreja, nós podemos estar sendo controlados e confiando em algo que não seja o Deus verdadeiro. Nós podemos buscar satisfação e segurança em alguma coisa da criação em vez de buscar satisfação e segurança no Criador. Isso é também adoração errada.

 

Fazer exercício físico é bom e importante. Faz bem para a nossa saúde. Mas se uma pessoa gasta dezenas de horas em uma academia por semana, mas não é capaz de gastar algumas dezenas de minutos nas coisas de Deus, nós temos adoração errada.

 

Eu digo para vocês que, nesse caso, a academia se tornou um templo, e a série de exercícios é o culto. É uma adoração ao deus chamado aparência física.

 

Milhões e milhões de pessoas buscam satisfação e segurança nos bens que elas têm. Elas gastam tudo o que tem e mais um pouco para comprar e comprar e depois comprar mais. Eu digo que, nesses casos, o shopping center se tornou o templo, o cartão de crédito na maquininha se tornou o ritual religioso e as roupas e carro e celular e as compras se tornaram o deus em quem elas buscam satisfação.

 

Trabalhar é bom. Deus criou o trabalho. Mas se eu trabalho mais que o necessário e negligencio minha família e minha igreja e meu relacionamento com o Senhor, eu digo que, nesses casos, o trabalho se tornou um culto pagão, a carreira se tornou o meu deus.

 

Comer é bom. Comer dá prazer. É maravilhoso comer. Mas se quando eu estou ansioso eu vou para a comida para acalmar meu coração em vez de ir para Deus, eu digo que, nesses casos, eu transformei a comida—que é uma coisa boa—em um ídolo.

 

Esse tipo de idolatria pode ser menos aparente que se dobrar diante de uma estátua enorme, mas não é menos perigoso.

 

Nós precisamos de uma dose de honestidade e nos examinarmos e ver que ídolos estão sendo levantados no meu coração. E, como no caso do sonho do rei no capítulo 2, nós precisamos pedir para Cristo, nossa Rocha, quebrar esses ídolos. Só nele você pode ter satisfação real. Só nele você pode ter segurança. Só ele é digno da sua adoração.

 

A MENTALIDADE DO “EU”

 

Existe ainda uma segunda implicação para nós nessa estátua de ouro de 27 metros de Nabucodonosor. Nós não estamos exigindo que as pessoas adorarem uma imagem nossa, mas nós podemos ter a mesma mentalidade do ego inchado do rei da Babilônia.

 

Nós podemos sofrer da Síndrome de Nabucodonosor. Viver como se o mundo inteiro tivesse que me servir porque eu sou o centro do Universo. Para a nossa tristeza, essa é a maneira em que nossa carne fala para vivermos.

 

Francis Schaeffer coloca esse perigo muito bem em um sermão. Schaeffer foi por muitos anos um missionário na Suíça. Ele fala da estátua famosa que fizeram de Napoleão, o grande comandante do exército francês com muitas conquistas.

 

Na estátua, Napoleão está com a mão por dentro da roupa dele, na altura do peito. O escultor capturou o ar de confiança. Essa atitude de “eu sou grande”. “Eu quero, eu posso”, uma mensagem que o mundo prega em quase todos os comerciais e anúncios.

 

Essa é a mentalidade do “eu”. Essa mentalidade da carne. Essa é a Síndrome de Napoleão. A Síndrome de Nabucodonosor. A mentalidade de que as pessoas têm que me servir. Essa é a mentalidade oposta a maneira como o nosso Senhor Jesus viveu.

 

No Jardim do Getsêmani, Jesus—o Filho de Deus—estava prostrado, orando a Deus: “Pai, seja feita a tua vontade”. Que diferença de atitude. O verdadeiro Rei do Universo prostrado para nos salvar. Isso é viver no Espírito, e não na carne.

 

Povo de Deus, o maior perigo para a nossa igreja não é o crescimento do Islamismo. Nem o liberalismo. Nem o progressismo. Nem o Catolicismo. Nem mesmo o secularismo.
O maior perigo para a nossa igreja é outro “-ismo”. O maior perigo para a nossa igreja é o egocentrismo. Como nós ouvimos na reunião de oração na quinta-feira: ou nossa vida será cristo-cêntrica ou ego-cêntrica.

 

O maior perigo para as nossas famílias e para a nossa igreja e todas as igrejas evangélicas nesse mundo é a religião chamada “egocentrismo”—uma espécie de síndrome de Nabucodonosor que todos nós precisamos rejeitar. Como Francis Schaeffer disso: o maior perigo é vivermos na carne, e não no Espírito.

 

Quando nós vivemos com a expectativa de sermos servidos—como Nabucodonosor—e não com a atitude de servirmos em casa, na igreja, no mundo—como Jesus, nós precisamos nos arrepender, pedir perdão ao Senhor, e pedir para ele nos dar a mente de Cristo: a mentalidade de servo.

 

Que o Senhor nos ajude a reconhecermos os falsos ídolos, as imagens de ouro de 27 metros no nosso coração para destruirmos cada uma delas.

 

Segunda verdade para nós durante o nosso tempo de exílio.

 

SEGUNDA LIÇÃO: VOCÊ SERÁ ODIADO NESSE MUNDO (VV. 8-15)

 

Nós precisamos ter uma expectativa correta dos nossos anos na Babilônia, antes de irmos para a nossa Terra Prometido nos Céus. E uma expectativa bíblica e correta para essa vida é: você será acusado, ameaçado e odiado pelo mundo.

 

[8] No mesmo instante, alguns homens caldeus [os mágicos e encantadores da Babilônia] se aproximaram e acusaram os judeus.

 

Eles vão até o rei para fofocar:

 

[12] Há uns homens judeus, que o senhor, ó rei, pôs como administradores da província da Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Esses homens fizeram pouco caso do senhor, ó rei; não prestam culto aos deuses do rei, nem adoram a imagem de ouro que o senhor levantou.

 

Nabucodonosor fica com ódio. Versículo 13 fala que ele ficou “irado e furioso”. Ele manda chamar os 3 jovens judeus e dá uma segunda chance para eles. Repare que a fidelidade deles não fez a pressão da cultura contra eles diminuir. Pelo contrário! A pressão aumentou. É o que geralmente acontece quando você não desiste de andar com o Senhor. O mundo também não desiste de tentar seduzir você.

 

[15] Agora, pois, se vocês estão prontos, quando ouvirem o som da trombeta, da flauta, da cítara, da harpa, da lira, da gaita de foles, prostrem-se e adorem a imagem que eu fiz. Mas, se não a adorarem, serão, no mesmo instante, lançados na fornalha de fogo ardente.

 

Nós não devemos viver com a expectativa de sermos servidos. Mas nós devermos ter a expectativa de sermos acusados e ameaçados por aqueles que não conhecem o Deus verdadeiro.

 

Quando você é fiel ao Senhor onde você estuda e no seu trabalho e na sua casa, você pode esperar acusação e ameaça. Quando você não se prostra aos ídolos da ideologia de gênero; quando você rejeita os esquemas desonestos no trabalho e decide fazer somente o que é correto; quando você for firme sobre as suas convicções, mesmo sendo educado e amoroso, você será perseguido.

 

OUTRA MOEDA

 

Da parte deles em relação a nós, povo de Deus, haverá ódio. A grande questão para nós é: e da nossa parte? Como nós vamos responder ao que eles fazem? O Senhor Jesus nos chama a responder com amor. Não com ódio, nem se juntando a devassidão, mas servindo e amando e orando e oferecendo perdão, de graça, em Cristo Jesus.

 

Se trataram o nosso rei daquele jeito, se fizeram tudo o que fizeram com ele, nós não podemos esperar um tratamento diferente. Se nós nos identificamos com Cristo, nossa expectativa deve ser receber o mal. E nossa resposta deve ser devolver com bem.

 

Parece impossível, mas não é. É possível, se nós nos lembrarmos que foi assim que o Senhor Jesus respondeu ao nosso mal. Ele não respondeu com ódio. Ele respondeu com amor. Tanto amor que fez ele morrer uma morte de cruz para nós não termos que ser destruídos.

 

Quando seus parentes não-convertidos tratarem você mal; quando seu chefe for injusto com você porque ele sabe que você é cristão; quando pessoas onde você estuda e trabalho debocharem de vocês, você pode, no poder do Espírito Santo, não devolver com a mesma moeda. Você pode trocar de moeda e dar como troco o amor.

 

Em alguns casos, eles vão consertar a adoração deles. Eles vão abandonar os ídolos desse mundo e vão correr para os braços daquele que nos amou também.

 

Romanos 12:21—Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem.

 

UMA PERGUNTA FÁCIL

 

Nabucodonosor termina seu discurso de ódio com uma pergunta:

 

[15] (...) E quem é o deus que os poderá livrar das minhas mãos?

 

Isso é o que eu chamo de “deixar a bola na marca do pênalti”.

Não tinha uma pergunta mais fácil?

 

“E quem é o deus que os poderá livrar das minhas mãos?”

 

Deus. Deus com “D” maiúsculo. Nosso Deus. O Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

TERCEIRA LIÇÃO sobre ADORAÇÃO:

NÃO IMPORTA O QUE ACONTEÇA, ADORE A DEUS SOMENTE (VV. 16-18)

 

A coragem desses jovens nos inspira. Olha como eles começam a resposta:

 

[16] Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: — Ó Nabucodonosor, quanto a isto não precisamos nem responder.

 

Eu não falei que a pergunta era fácil. Eles também acham: “Não precisamos nem responder”.

 

Agora, veja como a teologia deles afeta como eles respondem às provações. Eles sabem que Deus tem poder para fazer o que ele quiser:

 

[17] Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das suas mãos, ó rei.

 

Sadraque, Mesaque e Abede-Nego são reformados. Eles creem na absoluta soberania de Deus sobre a vida deles. “Se o nosso Deus... quiser livrar-nos, ele nos livrará”. Eles faz o que ele quer. Ele é Deus!

 

Que convicção! Que coragem! Que teologia! Na mente desses 3 homens, não existe uma gota de dúvida sobre quem Deus é.

 

Ele é o Deus que controla tudo o que acontece. Eles sabem que, no final das contas, eles não estão nas mãos de Nabucodonosor. Eles estão nas mãos de Deus.

 

Use boa teologia para o seu bem e a glória de Deus. Você pode pregar para você mesmo:

 

“Eu não estou nas mãos das pessoas que me ameaçam. Eu não estou nas mãos do meu chefe no trabalho. Eu não estou nas mãos de professores ateus. Eu não estou nas mãos dos governantes ímpios do meu país. Eu estou nas mãos do meu soberano Deus”.

 

Boa teologia gera força para nos fazer enfrentar o homem mais poderoso do mundo, como esses 3 meninos fizeram.

 

A segunda parte da resposta deles mostra que eles tinham uma forte convicção, não só na completa soberania de Deus. Eles tinham uma forte convicção também no completo amor de Deus.

 

[18] E mesmo que ele não nos livre, fique sabendo, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que o senhor levantou.

 

Veja como a teologia desses meninos afeta a vida deles. Eles não definem o amor de Deus por eles baseado nas circunstâncias. “Se a vida está fácil, Deus me ama. Se a vida está difícil, Deus não me ama”.

 

Não! Eles entendem que o amor de Deus não é definido pelo que está acontecendo em volta deles. Eles entendem que o amor de Deus é baseado no que Deus prometeu fazer com aqueles que confiam nele. E Deus prometeu amá-los por toda a eternidade.

 

Para eles é claro: com fornalha ou sem fornalha, se nós vivermos ou se nós morrermos, nosso Deus é soberano. Nosso Deus nos ama. A boa teologia tem poder!

 

Para [eles] o viver é Cristo, e o morrer é lucro (cf. Filipenses 1:23).

 

Não meça amor de Deus pela quantidade de fornalhas ardentes que você passa.

Não meça o amor de Deus pela temperatura das provações que você passa.

Meça o amor de Deus pela cruz de Jesus.


Meça o amor de Deus pela cruz de Jesus. 

Quando você tiver confuso e com medo diante da fornalha da aflição na sua frente, traga à sua mente o amor soberano de Deus. Você olha para a cruz e veja o amor de Cristo por você. Ele quis livrar você do julgamento e por isso ele quis morrer no seu lugar. Ele já livrou você do fogo eterno do juízo de Deus.

 

Se ele quiser livrar você, ele vai livrar da fornalha da aflição. Ele é Deus! Se ele tiver outro plano, você passará por sofrimento. Mas uma coisa você não precisa ter uma gota de dúvida: do amor soberano de Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor.

 

Jovens, vocês podem viver como Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Vocês não precisam se dobrar aos ídolos desse mundo. Você não precisa fazer o que todo mundo faz. Com a ajuda de Deus, você pode ser diferente. Abençoadamente diferente.

 

O mundo diz que você pode beber à vontade, que você ter relacionamento sexual antes do casamento, que você pode mentir, que você pode ser desonesto no trabalho, e que você pode ser desonesto nas provas da faculdade. Eles dizem que você pode usar uma linguagem indecente, ouvir músicas com frases indecentes e assistir coisas indecentes.

 

Como um adorador de Cristo, você pode dizer “não”. No poder do Espírito, você pode e deve dizer: “Não!” Não, porque a santidade é linda, e o pecado é feito. Porque a santidade é limpa, e o pecado é sujo. A santidade traz felicidade. O pecado traz culpa e vergonha.

 

Agarre-se no amor soberano de Deus, agarre a mão daquele que teve a mão perfurada no Calvário, e com a ajuda dele, você diz “não!” para os ídolos para dizer “sim!” para ele.

 

Essa é a terceira lição que aprendemos com esses jovens piedosos: não importa o que aconteça, adore a Deus somente.

 

QUARTA LIÇÃO: QUANDO VOCÊ ESTIVER NA FORNALHA, CRISTO ESTARÁ COM VOCÊ (VV. 19-26)

 

Nossas provações não são provas de que Deus não nos ama. Nossas provações são, na verdade, os lugares onde nós experimentarmos mais da presença e do amor de Deus.

 

Nabucodonosor fica com ainda mais raiva quando ele vê a fidelidade dos 3 homens a Deus. O versículo 19 fala que ele “se encheu de fúria”. Imagine o homem mais poderoso do mundo com raiva.

 

Ele manda aquecer a fornalha na maior temperatura possível. Ele escolhe os soldados mais fortes do Exército Imperial da Babilônia. Os brutamontes amarram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego com a maior força possível e eles jogam os 3 jovens no fogo.

 

O fogo estava tão forte que os soldados acabaram morrendo queimados.

 

[23] E os três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, caíram amarrados dentro da fornalha de fogo ardente.


 

A ironia santa é que, enquanto Nabucodonosor é incapaz de proteger seus soldados, Deus é totalmente capaz de proteger seus servos fieis.

 

[24] Em seguida, o rei Nabucodonosor, muito espantado, se levantou depressa e perguntou aos seus conselheiros: — Não eram três os homens que amarramos e jogamos no fogo? Eles responderam: — É verdade, ó rei. [25] Mas o rei disse: — Eu, porém, estou vendo quatro homens soltos [não mais amarrados], andando no meio do fogo! Não sofreram nenhum dano! E o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses.

 

Nabucodonosor disse que viu “um filho dos deuses”. Ele não sabe o que ele está falando. Essa quarta pessoa que estava junto com os jovens, na fornalha, não era “UM filho dos DEUSES”. Era O Filho de DEUS.

 

Geralmente, nas aparições de Jesus no Antigo Testamento, antes da encarnação, ele aparece como o Anjo do Senhor, agindo e falando e salvando em nome de Deus.

 

Mais para frente (no versículo 28), Nabucodonosor fala da quarta pessoa na fornalha como o anjo de Deus. Os 3 jovens na fornalha estava na companhia de Deus.

 

Jesus com eles na fornalha é o cumprimento de:

 

Isaías 43:2—Quando você passar pelas águas, eu estarei com você; quando passar pelos rios, eles não o submergirão; quando passar pelo fogo, você não se queimará; as chamas não o atingirão. Porque eu sou o Senhor, seu Deus, o Santo de Israel, o seu Salvador.

 

Deus não promete que você não vai passar pela fornalha da aflição. Ele também não promete que você sempre será livrado do sofrimento no final. A grande promessa de Daniel 3 é que dentro da fornalha—durante a fornalha da aflição—você sempre terá companhia. O Deus que salvou você é o Deus que estará com você. Cristo, o Emanuel, “o Deus conosco”.

 

Sua aflição não é prova de que Deus não está presente. Pelo contrário! É na nossa aflição que a comunhão com Deus se torna mais profunda. Quando o fogo da provação queima o nosso desejo pelas coisas dessa vida e purifica a nossa fé nas promessas de Deus.

 

Nas mãos do Senhor, a fornalha da aflição se torna um lugar de encontro para desfrutarmos da presença de Deus. A fornalha se torna um lugar de culto—um lugar de adoração mais intensa, mais doce, mais fervorosa.

 

QUANDO VOCÊ ESTIVER NA FORNALHA, CRISTO ESTARÁ COM VOCÊ.

 

QUINTA LIÇÃO: CONFIE NO SENHOR, E ELE SALVARÁ VOCÊ (VV. 27-30)

 

Os 3 jovens judeus saíram da fornalha exatamente como entraram. A única diferença é que, em vez de amarrados, eles saíram soltos—livres.

 

[27] Os sátrapas, os prefeitos, os governadores e conselheiros do rei chegaram perto deles e viram que o fogo não teve poder algum sobre o corpo desses homens. Os cabelos da cabeça não foram chamuscados, os mantos não sofreram mudança, e eles não estavam com cheiro de fumaça.

 

Nem cheiro de fumaça. Deus não salvou mais ou menos. Deus não salvou em boa parte.

Eles foram completamente, inteiramente, totalmente salvos.

 

Hebreus 7:25—Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

 

Quando Deus resolve salvar, ele salva de verdade. Quando você coloca a fé em Cristo, você não é meio salvo. Deus não faz a parte dele e agora você faz a sua. Deus não faz 50% e você completa com os outros 50%. Deus não dá uma vida quase eterna, se você não pisar na bola.

 

Cristo salva totalmente os que se aproximam dele com fé: cabelo não chamuscados, mantos não queimados; nem com a pele defumada eles ficaram—sem cheiro de fumaça.

 

Só Deus pode salvar totalmente. O rei da Babilônia reconhece:

 

[28] Nabucodonosor disse: — Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo [Cristo] e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo a servir e adorar um deus que não era o Deus deles. [29] Portanto, faço um decreto, ordenando que todo povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaçado, e que as suas casas sejam reduzidas a ruínas. Porque não há outro deus que possa livrar como este.

 

E no versículo 30 ele fez o trio de Judá prosperar.

 

Nabucodonosor ainda não foi convertido. Aguarde cenas dos próximos capítulos. Mas diante do que ele viu, ele foi convencido de que “não há outro deus que possa livrar como este”.

 

A grande lição de Daniel 3 é que só Deus deve ser adorado. Se ele quiser, ele irá nos livrar. Se ele não quiser, nós iremos sofrer. Mas que fique claro para o mundo que nós não iremos nos dobrar aos falsos deuses.

 

E assim nós experimentaremos a doce comunhão com o Senhor. Uma comunhão que começa já aqui na Babilônia. E que dentro da fornalha da provação, fica ainda mais intensa.

 

ONDE ESTÁ DANIEL?

 

Eu tenho uma pergunta: onde está Daniel? Os 3 amigos dele aparecem o tempo todo. Mas o nome de Daniel não aparece nenhuma vez. Onde está Daniel nessa história?

 

Ele não quis contar. Nós não sabemos onde Daniel estava. Nós sabemos o que Daniel estava fazendo. Ele estava adorando. Não aquela estátua ridícula, feita por mãos humanas. Ele estava adorando o Deus vivo e verdadeiro.

 

Mas Daniel não quis aparecer nesse capítulo. E com isso, ele quis enviar uma mensagem para nós.

 

Esse livro é sobre a presença de Deus com aquele que confiam no amor soberano dele. Deus salvou Daniel. Deus salvou os amigos de Daniel. E Deus salva você também.

 

Ele salva totalmente todos aqueles que se aproximam dele com fé em Cristo e se recusam a adorar os deuses desse mundo.

 

Mas talvez você se pergunte: “Ah, mas será que eu seria fiel também? Esses jovens eram corajosos. Policarpo era corajoso. Mas será que eu não abandonaria a Deus?”

 

Não. Se você está em Cristo, eles podem tirar a sua vida, mas o que o mundo não vai conseguir fazer é tirar a adoração a Deus do seu coração.

 

Fidelidade é um dom que Deus distribui para todo o seu povo. Para jovens judeus na Babilônia e para homens e mulheres que foram comprados com o sangue de Cristo em Sumaré. Ele dá coragem e fidelidade para meninas cristãs na Índia.

 

MAHI: JESUS OU ALDEIA?

 

Essa semana eu li a história de Mahi. Quando ela ainda era pequena, a mãe dela foi convertida e Mahi e irmã acabaram sendo salvas também. Mas elas viviam em uma aldeia hindu na Índia. Elas eram as únicas cristãs em toda a aldeia. Mahi ficou conhecia como a menina de Jesus. Um título que os perseguidores deram para ela. Mas que título de honra!

 

Elas começaram a ser perseguidas, inclusive pelo próprio pai hindu. A saúde da mãe da Mahi acabou piorando diante de um tratamento tão ruim em casa e ela acabou morrendo.

 

O pai ficou furioso e proibiu as filhas de irem à igreja. Ele era alcoólatra e depois de 6 meses da morte da mãe, o pai morreu também. A irmã se mudou para outra cidade e Mahi ficou sozinha. Mas não sozinha. Ela tinha a companhia do Salvador dela. Mas a perseguição não parou.

 

Ela ia buscar água no moço, e os vizinhos jogavam os baldes dela fora. Ela ia para a escola, e os meninos assediavam a ela. O chefe da aldeia determinou que se alguém ajudasse ou falasse com a Mahi, seria excluído da comunidade.

 

Até que um dia o pastor foi junto com uns 10 irmãos da igreja para a casa dela. Os hindus cercaram a casa e disseram: “Vamos trancar vocês e colocar fogo na casa”. Mas Deus preservou a eles. Eles conseguiram escapar com vida.

 

No dia seguinte, o conselho da aldeia convocou uma reunião com representantes de aldeias vizinhas. Julgaram a Mahi e disseram:

 

“Ou você deixa Jesus ou sai desta aldeia”.

 

A pergunta foi fácil. As consequências são difíceis, mas Mahi não teve dúvida o que ela deveria fazer. Mahi escolheu a melhor parte. Ela foi embora da aldeia só com o que ela podia carregar. Ela disse:

 

“Quando meus pais morreram, perdi tudo. Mas por meio de Cristo tenho uma grande família—a igreja. Estou muito feliz com isso. Assim como Jesus me salvou, quero alcançar outros jovens para Jesus. Quero empenhar a minha vida nisso”.

 

Amor soberano. Ela entendeu que ser a menina de Jesus é ser amada pelo Rei do Universo. E agora ela quer ver pessoas de todos os povos, nações e línguas se prostrando, não as falsos deuses do hinduísmo ou falsos deuses do mundanismo. Ela quer ver as pessoas se prostrando com alegria em adoração ao Rei Jesus.

 

Nós precisamos continuar espalhando a mensagem do amor soberano de Deus em Cristo para as nações.

 

CONCLUSÃO

 

Os reinos desse mundo vão tentar seduzir você.

Os reinos desse mundo vão tentar destruir você.

 

Na provação, agarre-se ao amor soberano de Deus em Cristo Jesus. E você será salvo.

Não se prostre aos deuses desse mundo. Não faça o que todo mundo faz.

 

Adore a Deus somente, porque nada, nada, nada na criação poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.


 

Igreja Batista Jardim Minesota

Rua Clotildes Barbosa de Souza, 144

Jardim Santa Maria (Nova Veneza)Sumaré - São Paulo

209 visualizações

Comments


bottom of page