02 de março de 2025 – IBJM
Imagine que você está saindo de Sumaré com a tua família para tirar uns dias de folga na Baía de Sancho, em Fernando de Noronha, que foi eleita a melhor praia do mundo pela sétima vez em 2024. E, no meio do caminho, você recebe uma ligação com a mensagem de que um parente teu muito próximo, que você ama muito, está no hospital depois de ter sofrido um acidente terrível.
Você volta o mais depressa possível para Sumaré, vai direto para o hospital para poder dar toda a atenção necessária e para acompanhar de perto a recuperação dessa pessoa que você tanto ama.
Uma mudança radical nos planos dos dias de folga que você tinha: da paisagem de Fernando de Noronha para uma cadeira ao lado de um leito de hospital; dos sorrisos para o choro; de momentos de alegria para momentos de tensão e preocupação.
É exatamente o que vemos Judas fazer na sua carta: uma mudança radical de direção.
Ele começa a carta dizendo qual era a sua intenção original em escrever: falar sobre a “salvação que temos em comum”, mas então, ele muda o tom da sua carta de maneira drástica para uma exortação “a lutar pela fé que uma vez foi entregue aos santos” (v.3).
O que dá a entender é que a situação era urgente, exigia atenção imediata, como exigiu de você desistir de ir para Fernando de Noronha e cuidar do teu ente querido.
V.4: “Certos indivíduos, [...] ímpios, [...] haviam se infiltrado na igreja sem serem notados”, ou seja, falso ensino penetrando na Igreja e, quando perceberam, já estava numa situação alarmante. Estavam “transformando a graça de Deus em libertinagem” e “negando o Senhor Jesus Cristo”.
Libertinagem é conduta desregrada, voltada para desejos e prazeres imorais, pecaminosos; indisciplina, insubmissão; desconsideração da moral.
A libertinagem é o uso errado da liberdade. Enquanto a liberdade da graça de Deus nos faz usufruir dos benefícios dos alimentos com moderação, a libertinagem faz dos alimentos fonte de gula. Enquanto a liberdade traz o prazer do relacionamento sexual entre um homem e uma mulher dentro do casamento, a libertinagem faz desse relacionamento prostituição.
A libertinagem prejudica não somente a própria pessoa como, também, outras pessoas que estão ao redor.
O verso 4 parece uma pintura do ano de 2025:
Falsas doutrinas entrando nas igrejas sem serem percebidas e, quando são notadas, o estrago está feito.
O resultado disso são pessoas que odeiam a igreja, que não querem ouvir mais falar de crente, que estão feridas, famílias se dissolvendo dentre tantas outras formas como o falso ensino se manifesta na vida de quem ouve todo esse engano e acredita nos lobos falantes.
Judas nos traz um alerta de que precisamos ter muita atenção ao que acontece ao nosso redor, ao que estamos ouvindo, vendo, ao que acontece com cada um de nós. Às vezes, parece que está tudo bem, tudo dando certo, nossa vida está ótima, mas precisamos parar e avaliar para saber se, de fato, está tudo bem.
Precisamos saber e filtrar se o que estamos consumindo tem nos santificado ou camuflado nossos pecados. Se pegarmos o histórico dos vídeos que assistimos no YouTube, dos reels que vemos no Instagram, das conversas que temos com nossos amigos e familiares, o que tudo isso dirá a nosso respeito? Estão sendo usados para a glória de Deus, nosso crescimento em santidade e nossa firmeza na fé, ou estão penetrando nosso coração sem conseguirmos notar (como os falsos mestres) e corroendo nossa vida pouco a pouco?
O falso ensino dos falsos mestres está conectado com a vida que eles vivem.
A história nos mostra muitos homens que apostataram da fé. Isso acontece. É real. Eram lobos infiltrados no meio das ovelhas.
Uma das evidências de uma pessoa que quer enganar os outros é o quanto a vida dela é acessível, o quanto você conhece dela, das suas qualidades e das suas dificuldades; do seu crescimento na piedade e das suas lutas contra os seus pecados.
A vida não é para ser vivida na privacidade. Deus não criou o homem para andar sozinho. Um líder que esconde a sua vida é um líder que está escondendo o seu coração; ele está colocando num quarto escuro todas as suas palavras, toda a sua conduta, seus pensamentos, desejos, trancando esse quarto a sete chaves e, quando você quiser saber alguma coisa sobre ele, ele te mostra somente a porta fechada do quarto, muito bem pintada, adornada, para tirar a atenção do que está dentro do quarto, daquilo que é a realidade.
Usando uma ilustração da própria Bíblia, vemos que o Senhor Jesus já tinha dito sobre esse tipo de pessoas, de líderes, quando falou a respeito dos escribas e fariseus: “Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês são semelhantes aos sepulcros pintados de branco, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão!” (Mt 23.27).
O falso ensino é muito perigoso!
Martinho Lutero: “A paz, se possível, mas a verdade, a qualquer custo”.
Lutero foi quem deu o start na Reforma, lutando contra os líderes da Igreja que enganavam o povo com as indulgências, por exemplo (comprar a salvação).
O ponto aqui não é viver em guerra com todo mundo. Paulo nos adverte em Romanos que temos que viver em paz com todos. Mas para a paz ser possível, é necessário que ela esteja fundamentada na verdade.
Então, o que me parece é que Lutero está dando eco ao que Jesus ensinou e ao que Judas escreveu.
O que esses nossos irmãos do passado fizeram foi fincar no solo dos corações dos crentes as estacas da convicção do evangelho com o martelo da Palavra de Deus, para que a Igreja permanecesse firme na fé, sem ser enganada e levada por ensinamentos falsos, por doutrinas que são preceitos de homens.
Judas está com um quadro branco em sua frente, um pincel numa mão e uma badeja de tintas na outra, e ele está pintando um retrato dos falsos mestres, onde cada pincelada que Judas dá, vai mostrando o resultado do caráter dos falsos mestres.
O que este “servo de Jesus Cristo” nos mostra é que os falsos mestres podem ser identificados por seu caráter imoral.
Nós vemos neste trecho as manifestações externas dos falsos mestres: palavras e ações.
Vamos observar as exortações, os alertas de Judas a essas manifestações externas dos falsos mestres através de três olhares do autor na sua carta: o olhar dele para (1) as palavras de Enoque, o olhar dele para (2) as palavras dele mesmo (Judas) e o olhar dele para (3) as palavras dos apóstolos.
Vv. 14-15 (palavras de Enoque)
Judas vai usar um texto de Enoque, o mesmo Enoque de Gênesis 5, a respeito de quem foi dito que ele “andou com Deus”, e esse texto faz parte de um livro apócrifo (ou seja, não é inspirado por Deus) da literatura judaica, como um meio de falar numa linguagem em que seus leitores o entenderão mais facilmente, pois os judeus conheciam outras literaturas também.
Ainda hoje, esta prática continua sendo um dos elementos mais importantes da comunicação da verdade cristã.
Nós lemos muitos livros cristãos, que são excelentes literaturas. Discipulados são feitos com livros que não são a Bíblia. Eles não são inspirados, somente a Bíblia é inspirada, mas são livros que nos ajudam a enxergar as verdades bíblicas com mais clareza. Então, o uso do livro de Enoque por Judas não minimiza a importância do que ele está dizendo e nem que ele pensava que o Livro de Enoque deveria estar na Bíblia; ele só está deixando o assunto mais claro para seus leitores, assim como para nós os livros não diminuem a importância das Escrituras, mas nos fazem olhar para os que as Escrituras dizem com mais atenção.
Enoque escreve a respeito do juízo que o Senhor vai exercer contra todos (todos os ímpios) e convencer todos os ímpios das suas impiedades cometidas contra o próprio Deus. O Senhor vai convencer:
“a respeito de todas as” obras ímpias que praticaram (ações)
E
“a respeito de todas as” palavras insolentes que proferiram (palavras).
Note que Enoque escreve com um termo de totalidade: todos os ímpios, todas as obras ímpias, todas as palavras insolentes.
E quando ele fala de palavras e ações, ele está resumindo o que é o ser humano. As palavras e as ações são resultados externos daquilo que está no coração, e quando falamos de coração, não estamos falando do órgão humano, mas sim, de todas as faculdades humanas, daquilo que o homem é. Então, quando ele diz palavras e ações, muito provavelmente, ele está falando de todo o homem.
O homem será julgado pelo Senhor pela maneira como vive, e os que não vivem de acordo com a Palavra de Deus estarão debaixo do juízo de Deus.
E nós podemos saber que o que Enoque escreveu era uma verdade pelo fato de Judas usar esse texto e confirmá-lo como uma verdade, pois as palavras de Judas (v.16) são inspiradas por Deus. Mas, também, pelo fato das palavras dos apóstolos (vv.17-18) confirmarem essa verdade, pois são palavras inspiradas pelo Espírito Santo também.
V.16 (palavras de Judas)
“Esses tais são murmuradores, pessoas descontentes. [...] A sua boca vive falando grandes arrogâncias”. Murmuradores, descontentes e arrogantes.
Provavelmente, a primeira coisa que vem à mente de Judas, que era judeu, quando ele fala de murmuração, é Êxodo 16, quando o povo tinha saído do Egito e chegado ao deserto (e ele cita esse exemplo no verso 5), e começou a reclamar que não tinha pão, que seria melhor ter morrido no Egito junto às panelas de carne e quando comiam pão à vontade.
O povo de Israel tinha acabado de ser libertado da escravidão, e eles não conseguiam enxergar o livramento de Deus. Em vez de olharem para o Senhor, estavam olhando para o seu próprio umbigo. Descontentes com a salvação, murmurando por estar no deserto e desejando voltar à escravidão.
Do jeito de Deus não estava bom, tinha que ser do jeito deles. Quanta arrogância, quanta soberba.
É assim que esses falsos mestres são e vivem.
A murmuração e o descontentamento fazem com que as pessoas se tornem arrogantes, cegas para as pessoas ao seu redor. Não se interessam pelo próximo, mas somente por si mesmas.
E quanto mais uma pessoa olha para si mesma, menos ela olha para Cristo. A distância entre ela e Deus começa a aumentar. E sempre que o homem começa a se afastar do Senhor, a ficar fora do contato com Deus, a probabilidade dele se queixar é muito grande.
Nada nunca estará bom o suficiente. O nível de exigência se torna muito alto. Exige-se muito dos outros e dele mesmo. Nunca está satisfeito e contente.
Meus irmãos, o povo de Israel murmurou, os falsos mestres são conhecidos por serem murmuradores e descontentes.
Mas e quanto a você?
- Você tem notado sinais de murmuração no seu coração? Pois essa parece ser uma característica que não deve fazer parte do nosso retrato, do quadro da nossa vida.
- Será que temos sido governados pelos nossos desejos?
- De querermos ter tudo sob o nosso controle?
- Será que percebemos o quanto a murmuração e o descontentamento são um insulto contra o nosso Deus?
Dificilmente a gente para pra pensar que estamos respirando e como Deus cuida de nós a cada segundo da nossa vida. Lucas, no livro de Atos, diz que Deus “é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas”.
Nós temos a tendência de somente agradecer a Deus por nos dar coisas físicas, palpáveis, que podemos mostrar para os outros. Agradecemos por dons para servir que são mais vistos pelas pessoas, sendo que deveríamos ser muito mais gratos a Deus por abrirmos nossos olhos todas as manhãs. Não vamos nos esquecer que não importa o que aconteça, “nada pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Se você se lembrar todos os dias que não existe nada que irá separar você do amor de Deus em Cristo Jesus, você irá murmurar menos e ser menos descontente e começará a ser mais agradecido e feliz no Senhor, independente das circunstâncias. Esse é um excelente exercício diário para fazermos. Antes de você ir para a academia exercitar o seu corpo físico, exercite o seu coração e a sua alma com a gratidão pelo que Jesus fez na cruz para te salvar.
A murmuração e o descontentamento levam uma pessoa a ser arrogante que leva essa pessoa a andar segundo as suas paixões, a ser motivada pelos seus interesses pecaminosos (v.16: “... andam segundo as suas paixões. [...] adulam (bajulam) os outros por motivos interesseiros”).
Andar segundo as suas paixões é fazer as obras da carne. É nesse caminho que os falsos mestres andam.
Gl 5.19-21: “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, 20 idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, 21 invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus.”
Muitas igrejas são conhecidas na Internet não por pregarem o evangelho, mas por seus líderes estarem envolvidos em escândalos, em brigas por poder, brigas por posições teológicas, por terem adulterado, por se envolverem com vícios.
Igrejas que não são alimentadas com um pão fresco, quentinho, macio, mas com um pão mofado encontrado no lixo.
Dizem tantas palavras bonitas, mas vazias e jogadas ao vento, mostrando uma imagem de santos, mas corrompidos por dentro. Se passando por generosos, mas ostentando o banquete do mundo.
Pastores que são bajuladores por motivos interesseiros, por ganância (como Judas já havia citado no verso 11), apenas para enriquecerem. Homens que querem mostrar os seus bens materiais, e não os seus corações e sua vida. Que vivem com base no “é melhor receber”, do que obedecer a palavra de Cristo que diz “é melhor dar”.
O que Judas está nos dizendo é que a Igreja não precisa e nem deve aceitar esse tipo de comportamento dentro da Igreja.
A exortação para permanecer firme na fé envolve a firmeza de defendermos o evangelho e sermos criteriosos com o alimento que estamos recebendo.
Não é para aceitarmos qualquer coisa, qualquer comida. Não é para aceitarmos pedido de dinheiro, mensagens motivacionais para nos sentirmos melhor, mensagens que digam que as Escrituras não são suficientes, mensagens que contam somente histórias. É para aceitarmos somente a palavra que mostra “Cristo, e este crucificado”.
Vv. 17-18 (palavras dos apóstolos)
“Mas vocês, meus amados...”.
O fato de Judas chamá-los de “meus amados” mostra que eles são diferentes dos ímpios (v.1: “... são amados em Deus Pai...”), mas também, que ele tem uma preocupação pessoal com eles.
Judas amava a Igreja. A exortação dele, embora seja bem incisiva e dura, era com amor.
Exortar um irmão é demonstração de amor.
Se você for exortado por algum irmão piedoso, não se entristeça, não fique bravo. Agradeça o Senhor por ter colocado pessoas ao teu lado que te amam a ponto de te falarem que você está errado e te mostrarem o caminho do arrependimento. Essas pessoas estão te ajudando a fincar as estacas da fé na Palavra de Deus para você não pecar.
“Mas vocês, meus amados, lembrem-se”.
Não somos só nós que temos problema de memória. Nossos irmãos do passado também tinham.
Judas está repetindo essa expressão que ele usou no início da sua carta (v.5), para mostrar aos seus leitores que os apóstolos já tinham falado e alertado sobre os lobos no meio das ovelhas.
Esses falsos mestres vinham de dentro da igreja, tinham se tornado parte da igreja e agiam como se fossem crentes verdadeiros.
Judas está usando a palavra dos apóstolos para afirmar que o que ele está dizendo não é nenhuma invenção, não é nada novo, é algo que estava acontecendo e que já tinha acontecido outras vezes na história do povo de Deus.
E esse alerta serve muito bem para nós hoje.
O esquecimento do ensino e das advertências de Deus na Escritura é uma causa fundamental na deterioração espiritual.
Se nos esquecermos do ensino e das advertências do Senhor na Sua Palavra, começaremos a considerar que as coisas são relativas, subjetivas, sendo que, na verdade, não são.
- Perceba como, na medida em que nos esquecemos do que a Palavra de Deus diz sobre o culto, podemos começar a pensar que o culto não é tão importante.
- Quando a gente esquece dos encorajamentos da Palavra sobre termos comunhão com os irmãos, somos tentados a achar que isso também não é tão importante.
- Se nos esquecermos do ensino da Palavra sobre cuidarmos uns dos outros, podemos cair no erro de pensarmos que ajudar os irmãos nas suas mais diversas necessidades não é importante.
Nós nos esquecemos, e esquecemos rápido, que a demonstração do amor e da graça de Deus é em todo momento.
Nos esquecermos disso é tiramos as estacas do nosso acampamento das Escrituras e colocamos sobre as nossas próprias convicções.
Meus irmãos, para onde nós iremos se é Deus, e somente Deus, quem tem as palavras de vida eterna?
Precisamos nos lembrar que nossa vida não pode ser fundamentada em nós mesmos, em nossas próprias convicções, mas tem que ser fundamentada na Palavra viva e eficaz, a Palavra de Deus.
V.19 (Efeitos colaterais da vivência com falsos mestres e seus falsos ensinos)
O resultado de se viver em suas próprias convicções não é bom.
Se nós vivermos nos lembrando da Palavra, viveremos, consequentemente, de acordo com a Palavra.
Mas o que Judas vai mostrar agora, nesse último versículo desse trecho, é o resultado da vida de quem não vive se lembrando da Palavra, mas vive pelas suas convicções, vivendo contra a Palavra.
Judas estava falando das palavras dos apóstolos, e eles estavam certos sobre os falsos mestres. Os falsos mestres não iam viver de acordo com a Palavra e é assim que Judas conclui, mostrando a forma como eles vivem, a consequência gerada na vida deles por não crerem na Palavra e ensinarem o que é contrário às Escrituras.
Então, no versículo 19, Judas nos mostra claramente o resultado da pintura que ele está fazendo dos falsos mestres.
“São estes os que promovem divisões, seguem os seus próprios instintos e não têm o Espírito.”
Você já deve ter ouvido a seguinte expressão: “siga o seu coração”.
Essa é uma das frases mais diabólicas que você pode ouvir e acreditar. Foi o que o Diabo disse no Éden para Eva e é o que o mundo continua a dizer até hoje.
Quem segue o próprio coração não tem o Espírito de Deus, porque o Espírito Santo não leva você ao seu coração, Ele leva você para a cruz, Ele te direciona para Cristo.
Um falso mestre direciona as pessoas para muitos lugares, menos para a cruz de Cristo. E se você não for para a cruz, você não pode ser salvo. Não existe esperança de vida eterna longe de Jesus.
Cuidado! Esses ensinos que promovem divisão, que incentivam a seguir os próprios instintos, o próprio coração, são ensinos que não têm o Espírito, e podem penetrar pelo WhatsApp, pelos vídeos do Youtube, pelos posts do Instagram, pelos livros, pelas conversas despretensiosas.
Mas a salvação sobre a qual Judas queria escrever no início da sua carta é o caminho contrário a esse vivido pelos falsos mestres.
- O crente não anda segundo as suas paixões, ele anda em santidade.
- O crente não promove divisões, ele promove unidade.
- O crente não segue os seus próprios instintos, ele segue o Bom Pastor, Jesus Cristo.
- O crente não é uma pessoa que não tem o Espírito, mas é em quem o Espírito Santo de Deus habita.
Conclusão
“Meus amados”, o preço pago para sermos unidos, para que o Espírito habitasse dentro de nós, foi muito alto. Foi preço de sangue, o sangue do nosso Bom Pastor, do nosso Redentor e Salvador Jesus Cristo.
O sangue de Cristo derramado na cruz por pecadores como eu e você é o único meio para sermos salvos. Isso é o evangelho verdadeiro. Isso é uma estaca bem fincada no solo do teu coração.
O caminho do verdadeiro evangelho é o caminho da cruz!
Nossa resposta a esse amor que Deus mostrou a nós no Seu Filho deve ser de fincarmos nossas estacas na Sua Palavra firmando nossa fé na Pessoa de Jesus e na obra de salvação que Ele fez na cruz.
A Igreja sempre lutou contra falsos ensinos de falsos mestres. Mas podemos olhar para o quadro que Judas pintou para nós e recebermos ajuda do Espírito Santo para não cairmos nas ciladas de Satanás.
Mesmo nos dias mais escuros e tenebrosos que vivemos, não importa o quanto as trevas militem contra nós, vamos permanecer com os nossos olhos em Cristo, no Autor e Consumador da nossa fé. Vamos andar unidos, em amor, buscando viver em santidade, e não segundo os nossos próprios desejos, para um dia podermos estar unidos diante do nosso Deus, contemplando a Sua glória e a Sua Majestade.
Esse Deus, o único Deus verdadeiro, é poderoso para evitar que a gente tropece e nos apresentar diante Dele mesmo, santos e irrepreensíveis.
Ele nos ajudará a perseverarmos e a lutarmos pela nossa fé até o fim.
Igreja Batista Jardim Minesota
Rua Clotildes Barbosa de Souza, 144
Jardim Santa Maria (Nova Veneza) Sumaré - São Paulo
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