02 de fevereiro de 2025 – IBJM
Em 2019 foi publicado um livro de Elisabeth Elliot com o título de “O Sofrimento Nunca É em Vão”.
Título esse que eu dei também a este sermão.
Vocês devem conhecer a história dessa mulher de Deus.
Elisabeth foi casada com o missionário Jim Elioth.
Apenas três anos após o casamento, Elisabeth perdeu o marido quando ele e outros quatro missionários foram mortos por indígenas enquanto cumpriam a missão de levar o evangelho ao povo indígena Huaorani, no Equador. Naquela altura Jim deixou Elisabeth e sua filha de apenas dez meses.
Dois anos depois de perder o marido, Elisabeth foi morar exatamente entre o povo Huaorani, para que o evangelho continuasse sendo proclamado entre eles.
Dezesseis anos depois, Elisabeth se casou com o teólogo Addison Leitch.
E três anos e meio após o casamento, essa mulher de Deus perde o segundo marido que faleceu de câncer.
Antes de vir a falecer em 2015, Elisabeth sofreu muitos anos com demência e outros problemas de saúde.
Parece que ela teve experiências suficientes para dizer algo sobre o sofrimento.“O Sofrimento Nunca É Em Vão” foi publicado como livro quase quatro anos depois de sua morte. Foi uma compilação de palestras que ela havia dado com esse título.
Elisabeth Eliot experimentou muito sofrimento, produziu muito conteúdo, e glorificou muito a Deus com a sua vida.
E depois de tantas experiências, ela chegou a algumas conclusões sobre o sofrimento:
“O sofrimento foi um meio insubstituível pelo qual aprendi uma verdade indispensável [...]: aprendi que Deus é Deus. [...]
Algumas situações difíceis têm ocorrido na minha vida, é claro, assim como na sua [...] Então, cheguei à conclusão de que foi por meio do sofrimento mais intenso que Deus me ensinou as lições mais profundas.
E, se confiarmos nele dessa forma, podemos chegar à segurança inabalável de que ele está no comando. Deus tem um propósito amoroso. E ele pode transformar algo terrível em algo maravilhoso. O sofrimento nunca é em vão.”
As palavras de Elisabeth Elliot, e a sua confiança no que escreveu, não veio do acaso.
Não foi um momento de inspiração olhando para a paisagem.
São palavras de muitos momentos de sofrimento vividos com os olhos voltados para a Palavra de Deus! Para a glória de Cristo, o seu Salvador.
Dizer que “o sofrimento nunca é em vão”, é entender que há propósitos por trás do sofrimento.
E isso não sou eu, ou Elisabeth Elliot que está dizendo.
São as palavras do Senhor que estão diante de nós nesse texto bíblico de hoje!
Nesses 11 versículos do primeiro capítulo de 2Coríntios, Paulo menciona:
• Pelo menos 9 vezes alguma palavra referente a sofrimento.
• Pelo menos 10 vezes alguma palavra referente a consolação.
• E, em 4 vezes, Paulo usa conectivos que evidenciam propósito para esses dois temas:
[4] É ele que nos consola em toda a nossa tribulação, para que (com o propósito de), pela consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que estiverem em qualquer espécie de tribulação.
[6] Se somos atribulados, é para (com o propósito de) o consolo e a salvação de vocês; se somos consolados, é também para (com o propósito de) o consolo de vocês.
[9] De fato, tivemos em nós mesmos a sentença de morte, para que (com o propósito de) não confiássemos em nós mesmos, e sim no Deus que ressuscita os mortos,
11 versículos: 9 vezes sofrimento; 10 vezes consolação; 4 vezes elucidando propósito para eles.
Assim, está claro a mensagem de Paulo nesse trecho.
O sofrimento é real na vida!
Na vida do ser humano, e isso inclui a vida dos crentes também!
E Paulo quer trazer, para os crentes em Corinto, e para os crentes na IBJM, lições importantes acerca do sofrimento!
Paulo quer mostrar como o sofrimento deve ser enxergado à luz do evangelho!
O Senhor quer mostrar para você, meu irmão, minha irmã, que sente como se o seu coração tivesse estilhaçado pela marreta do sofrimento, como se seus ombros tivessem doloridos com o peso da tribulação... que há sim propósito no sofrimento na vida cristã.
O Senhor quer mostrar que o sofrimento nunca é em vão.
Vamos ver isso começando a entender qual era o contexto que se encontrava Paulo quando escreveu esse trecho maravilhoso sobre sofrimento em 2Coríntios 1.
E vamos fazer isso olhando para a saudação de Paulo aos Coríntios.
SAUDAÇÃO E CONTEXTO [1-2]
Como nas outras cartas, Paulo inicia a 2ª carta aos Coríntios com uma saudação.
[1] Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus que está em Corinto e a todos os santos em toda a Acaia.
[2] Que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês.
As palavras de saudação nas cartas do Novo Testamento podem soar comum.
Mas as palavras na Bíblia também não são em vão!
Nenhuma palavra foi escrita de maneira meramente protocolar, sem razão.
As palavras de saudação nesses dois versículos carregam muito do contexto por detrás das palavras de Paulo nos nove versículos que veremos.
A começar pelo seu endereçamento!
Paulo endereça a carta à igreja em Corinto, que ficava na região da Acaia.
Sabemos que essa igreja foi plantada pelo próprio apóstolo Paulo quando lá pregou o evangelho.
Foi para essa igreja que Paulo também enviou a carta anterior a essa na Bíblia, a 1ª carta aos Coríntios.
Vemos na saudação que essa igreja era uma igreja verdadeira!
Havia crentes verdadeiros, mesmo com todos os problemas apresentado nas cartas.
Paulo os chama de “igreja de Deus”, os chama de “santos”.
E encerra com a saudação “a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês”, que é o tipo de saudação que evidencia uma comunhão que só pode existir entre duas partes que estão verdadeiramente unidas a Cristo!
Então sim, Paulo tinha muita esperança sobre a igreja em Corinto.
Sabia da fé verdadeira daqueles irmãos.
Mas Paulo também tinha preocupações.
A situação em Corinto era mesmo preocupante.
E isso se dava pelos, chamados por Paulo, no capítulo 11, de “falsos apóstolos”, que havia se infiltrado naquela igreja.
Por isso, Paulo diz no capítulo 11 que ele:
[11:3] “Temia que, assim como a serpente, com a sua astúcia, enganou Eva, assim também a mente dos crentes em Corinto fossem corrompida e se afastasse da simplicidade e pureza devidas a Cristo.”
No verso 4 ele dá a entender que havia alguém que pregava outro Jesus na igreja, diferente daquele que os apóstolos pregavam, e alguns estavam aceitando um evangelho diferente do que haviam aceitado.
A situação em Corinto era muito séria!
E o que estava em jogo era a verdade do evangelho.
E consequentemente, a salvação das pessoas!
Paulo, junto de Timóteo, escreve essa carta para lidar com todas essas questões na igreja.
E por isso, com esse contexto em vista, com esse problema com os falsos apóstolos, Paulo começa sua saudação na carta se identificando como:
[1] Paulo, apóstolo[1] de Cristo Jesus[2] pela vontade de Deus[3].
Pode parecer uma simples identificação. Mas, novamente, não é em vão!
1. Paulo, diferente daqueles homens, era de fato apóstolo.Apóstolo significa “aquele que é enviado”. Mas não qualquer “enviado”. Era a palavra usada para designar aqueles que eram comissionados como representantes autorizados a agir em nome daquele que os enviou.Por isso esse foi o nome dado aos 12 apóstolos escolhidos por Cristo. Porque eles eram enviados com a autoridade de Cristo a frente das igrejas. E dessa forma, Paulo expõe um segundo fato em sua saudação.
2. Ele era apóstolo de Cristo Jesus.Ele queria deixar muito claro quem ele estava representando. A mensagem de Paulo não era de Paulo. Era daquele quem tinha o enviado: Cristo Jesus! E Paulo não foi colocado nessa posição por meio de mãos humanas. O terceiro fato é que:
3. Ele era apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus.Paulo era enviado por Cristo, como representante de Cristo, por vontade e ação soberana do próprio Deus.
Percebem a importância dessas palavras de saudação?
Paulo começa a carta mostrando suas “credenciais” porque o caminho que os falsos apóstolos usavam para atacar o evangelho pregado por Paulo, era exatamente questionando a sua autoridade como apóstolo, como alguém enviado por Deus!
Eles atacavam o evangelho atacando Paulo, colocando em questão seu ministério apostólico.
E sabe qual era uma das críticas que esses homens perversos usavam para desqualificar Paulo como apóstolo?
Justamente o SOFRIMENTO!
Paulo tal como Elisabeth Elliot, e tantos outros crentes verdadeiros, foi severamente experimentado pelo sofrimento em sua vida.
E esses homens questionavam como que alguém que era enviado para representar Deus, falar em nome de Deus, poderia ser alguém tão marcado pelo sofrimento?!
Será que Deus permitiria alguém que o servia, alguém que dizia ser um mensageiro do próprio Deus, passar por tantas e tantas tribulações?
Será que os apóstolos não deveriam, na verdade, ser o contrário?
Terem suas vidas marcadas por prosperidade, ao invés de sofrimento?
Aplicação: Falsos apóstolos em Corinto e a Teologia da Prosperidade
Talvez você ouvindo sobre a teologia desses acusadores de Paulo já deve ter percebido algumas coincidências com os nossos dias.
Pois é, o que conhecemos como “Teologia da Prosperidade”, tão disseminada nos nossos dias não é de hoje. Não tem nada novo debaixo do sol.
Se você colocar no google “o que é a teologia da prosperidade”, a primeira resposta que vai aparecer é a seguinte, na compilação de artigos no Wikipédia:
“Teologia da prosperidade é uma doutrina teológica neopentecostal segundo a qual a abundância material é o desejo de Deus para seus fiéis, e a fé, o discurso positivo e as doações para os ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material do fiel.
A doutrina interpreta a Bíblia como um contrato entre Deus e os humanos: se estes tiverem fé em Deus, Ele irá cumprir suas promessas de segurança e prosperidade.
A expiação (reconciliação com Deus) é interpretada de forma a incluir o alívio das doenças e da pobreza, que são vistas como maldições a serem quebradas pela fé.”
Essa é a Teologia da Prosperidade.
A mesma raiz da teologia dos acusadores de Paulo em Corinto.
Uma visão de que a experiência de sofrimento é oposta ao que se espera da vida cristã.
• Na Teologia da Prosperidade, quanto mais fé você tem, ou quanto mais você “declara positivamente”, ou quanto mais você dá de dinheiro na igreja, menos sofrimento você vai passar.
• Na Teologia dos Falsos Apóstolos de Corinto, quanto mais comissionado por Deus você é, menos sofrimento você vai passar.
Então, nesse ponto de vista, se você está passando por algum tipo de sofrimento, algo está errado no que diz respeito sua vida cristã, ou sua fé.
Os “falsos mestres” dos nossos dias vão dizer que se você sofre ou é porque você não tem fé, ou você está com algum pecado, ou você não está dando o seu dinheiro como deveria, ou você não está usando o “poder das palavras”.
Você gostaria de saber qual era a opinião de Paulo sobre esse tipo de teologia?
[11:13] Porque esses tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. [14] E não é de admirar, porque o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. [15] Portanto, não deveria surpreender que os seus próprios ministros se disfarcem em ministros de justiça. O fim deles será conforme as suas obras.
Esse tipo de teologia, que corrompe a pureza do evangelho de Cristo, é um veneno terrível! E não provem em nada de Cristo, ou de sua Palavra.
Diante disso, eu gostaria de fazer 2 comentários sobre esse cenário:
1. Para aqueles que foram machucados pela teologia da prosperidade.
Talvez alguns de vocês tenham sido expostos a esse tipo de ensino, e tenha sofrido pressão, humilhação, e frustração, em lidar com os sofrimentos da vida nos moldes dessa falsa mensagem.
Se esse é o seu caso, eu gostaria de dizer primeiro que eu sinto muito!
E gostaria de dizer que esse tipo de abordagem, mesmo que quem tenha feito tenha usado o nome de Deus, tenha lido trechos da Bíblia... essa abordagem não tem nada de Deus, e nada de bíblica!
Na verdade, o que Paulo acabou de mostrar é que esses falsos mestres são ministros não de Deus, mas de Satanás.
E se eles não se arrependerem do que ensinam, Paulo disse que haverá julgamento sobre eles.
Mas não só isso!
Eu também gostaria de te preparar que em breve você ouvirá um caminho muito mais excelente!
Uma verdadeira esperança! Esperança bíblica!
Sobre como lidar com o sofrimento que você tem experimentado mesmo caminhando com o Senhor.
2. Para aqueles que em si mesmo tem uma visão equivocada sobre o sofrimento.
Talvez, você não ouviu de falsos mestres essas falsas acusações sobre o seu sofrimento.
Talvez você tenha ouvido de você mesmo!
Você se questionou sobre o seu sofrimento, sobre situações difíceis que aconteceram na sua vida, mesmo quando você já estava caminhando com Cristo.
E se perguntou como isso se relaciona com as promessas do evangelho!
Por que isso acontece mesmo quando você tem crido em Cristo?
Se você está passando por isso, ou já passou, eu gostaria de dizer que é exatamente isso que Paulo vai tratar agora dos versículos 3 ao 11!
Seremos expostos a um dos trechos mais belos da teologia paulina sobre o sofrimento!
E essa verdade também pode te trazer verdadeira esperança no sofrimento!
A partir daqui quero mostrar para vocês quatro verdades maravilhosas sobre o sofrimento em 2Coríntios 1:
1. Existe consolo no sofrimento;
2. Existe propósito no sofrimento;
3. Existe fruto no sofrimento;
4. Existe oportunidade no sofrimento.
Consolo, propósito, fruto e oportunidade.
Diferente do que os falsos apóstolos apontavam, Deus está muito envolvido no sofrimento de um crente! E ele tem muito a nos dizer por meio de sua Palavra.
A começar, nos assegurando que temos consolo no sofrimento!
EXISTE CONSOLO NO SOFRIMENTO [3-4a]
[1:3] Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! [4a] É ele que nos consola em toda a nossa tribulação
Mesmo sofrendo falsas acusações e oposições de falsos apóstolos, Paulo começa sua mensagem a igreja com um louvor! Começa dando graças a Deus!
Essa já é uma importante lição para nós: o sofrimento não deve nos paralisar!
Meu irmão, o sofrimento não deve manchar a sua visão sobre a beleza de quem Deus é!
As nuvens cinzas do sofrimento não podem esconder a potente luz da glória de Deus
Antes de qualquer doutrina, antes de qualquer exortação, Paulo começa com adoração!
E diante de um Deus com infinitas perfeições, Paulo traz diante dele atributos propícios para se agarrar na tribulação: Deus é misericordioso e consolador!
[3] Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!
Aplicação: Medite na misericórdia e na consolação do Senhor
Você quer uma receita médica para sua alma enferma pelo sofrimento?
Comece o dia com uma dose de adoração concentrada de misericórdia e consolação divina!
Assim que os seus olhos abrir na cama, depois de uma noite difícil de sono, e você logo se lembrar da aflição que te espera naquele dia, em vez de deixar que automaticamente sua visão se turve pela tempestade, abra sua Bíblia e leia algo como:
[Salmo 121:1] Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro?
[2] O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.
E logo em seguida, guiado pela Palavra, você adora o Senhor cantando em oração:
Sê minha vida, ó Deus de poder
Que eu nunca perca a visão do Teu ser!
Se é noite ou dia, Tu és minha luz
Tua presença meus passos conduz
E agora sim, você está pronto, com os olhos voltados para o lugar certo, a encarar o seu dia!
Foi assim que Paulo começou sua carta!
Recordando em adoração que o Deus bendito, Pai de Jesus Cristo quem tinha o enviado como apóstolo aos coríntios, era o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!
E adorando o Senhor, logo ele testificou:
[4a] É ele que nos consola em toda a nossa tribulação
Meus irmãos, essa é uma verdade que você deve se agarrar, e se assegurar nessa manhã: em Cristo, existe consolo no sofrimento!
E repare: não é uma consolação superficial!
Não é um consolo ilusório de distração por redes sociais ou entretenimentos.
Não é um consolo ilusório de satisfação em prazeres carnais momentâneos.
Não é um consolo ilusório de substâncias que te tira consciência.
Não! É um consolo real direto do trono da graça!
Se você pudesse escolher de onde viria um consolo para o seu coração aflito no momento da angústia, da onde seria melhor do que um consolo que flui do próprio Deus?! Do Deus de toda consolação?!
É ELE, o Deus Todo Poderoso, que nos consola em toda a nossa tribulação.
Essa é a consequência natural do coração que está confiando em Cristo minutos após meditar em quem Deus é!
Ele medita na verdade de quem Deus é, o Deus de toda consolação, e por causa de Cristo, rapidamente o Espírito aplica essa verdade no seu coração, o convencendo que desse Deus vem o seu próprio consolo.
O que significa receber consolo que vem do Senhor?
- É você poder confiar que Deus é soberano, e que nada, nenhuma circunstância na sua vida está aquém do domínio dele.
- É você se lembrar da promessa dele de que tudo está cooperando para o seu bem.
- É você se lembrar de que o Senhor Jesus não perderá nenhum de todos que foram dados pelo Pai! Ele não perderá você na dura jornada do sofrimento!
- É você saber que mesmo que você ande no vale da sombra da morte, você não deve temer mal nenhum, porque o Senhor está contigo.
Meu irmão, isso que é consolo de verdade! Consolo maciço, robusto!
Consolo capaz de sustentar homens e mulheres firmes como âncoras ao passar pelas piores tempestades de sofrimento que essa vida pode oferecer.
Não tem poço de sofrimento fundo demais onde o consolo do Senhor não possa chegar.
Pelo contrário: quanto mais fundo é o poço do seu sofrimento, maior é a profundidade de consolo que você pode experimentar no Senhor!
Portanto, se agarre nessa verdade, meu irmão: existe consolo no sofrimento!
No Senhor, existe consolo.
E no mesmo versículo, Paulo continua, nos levando para a segunda verdade preciosa sobre o sofrimento:
EXISTE PROPÓSITO NO SOFRIMENTO [4b-7]
[3] Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! [4] É ele que nos consola em toda a nossa tribulação, para que (com o propósito de), pela consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que estiverem em qualquer espécie de tribulação.
Existe muitas respostas verdadeiras para a pergunta:
Qual é o propósito do sofrimento?
Poderíamos dizer que existe propósito no sofrimento em, de alguma forma, trazer glória a Deus.
Poderíamos dizer que existe propósito no sofrimento em, de alguma forma, contribuir na nossa santificação.
Boas, verdadeiras e bíblicas respostas!
Mas Paulo é mais direto aqui em 2Coríntios: o sofrimento tem o propósito de nos trazer consolação de Deus, para que possamos consolar outros!
Sim, isso está ligado a trazer glória a Deus e a nossa santificação!
Mas Paulo está com uma ênfase um pouco mais direta aqui!
Ele diz que nós passamos pelo sofrimento, recebemos consolo direto do Senhor, e nessa experiência profunda e pessoal com o Senhor, Deus proporciona a benção de podermos servir outras pessoas os consolando também em seus sofrimentos!
Em qualquer espécie de tribulação, diz Paulo!
Aplicação: o propósito do sofrimento: servir!
Meus irmãos, momentos como esse brilha a infinita sabedoria do Senhor!
Você já parou para pensar que como a experiência de sofrimento pode nos levar a momentos de egoísmo?
O nosso coração é tão enganoso, que muitas vezes, mesmo passando por um sofrimento genuíno, onde de fato precisamos de ajuda e cuidado, nós podemos acabar cruzando a linha e transformando a situação de uma maneira que passamos a ter uma postura egoísta, olhando somente para nós mesmos!
Por vezes passamos a exigir que as coisas a nossa volta aconteçam como se somente o nosso sofrimento importasse!
Que terrível o coração humano, meus irmãos.
Mas que maravilhosa é a sabedoria do Senhor!
Ele pega essa situação de potencial pecaminoso e destrutivo para nós, e transforma numa ocasião de serviço e amor ao outro!
Se você está em Cristo, e você passa a desfrutar do consolo do Senhor em meio ao sofrimento, a corrente de escravidão do egoísmo é quebrada, e, porque você está consolado no Senhor, você fica livre para olhar para o outro!
Mesmo em meio ao seu sofrimento!
Na consolação do Senhor, somos capacitados, fortalecidos, a tirar os olhos do nosso umbigo, e olhar para os olhos de lágrimas do nosso irmão que também está sofrendo!
Foi isso que o nosso Senhor Jesus fez!
No ponto alto da sua dor e sofrimento na cruz, o nosso Rei perfeito, teve forças para olhar para Maria, para o sofrimento de sua mãe, e cuidar dela, promovendo João, o seu discípulo amado, para lhe ser o seu filho e cuidar dela (João 19:25-27)!
Até no momento de maior dor e injustiça, Jesus estava no seu sofrimento, servindo os outros!
Meus irmãos, o nosso Deus é sábio e poderoso para trazer propósito de cura ao nosso sofrimento!
Não somente a cura da nossa dor, mas a cura da dor do outro, através da nossa dor!
Façamos disso uma oração!
Que o Senhor nos ajude! Quando estivermos passando em meio à tribulação, que o seu Espírito nos dê sensibilidade para observar a dor do outro!
E nos dê alegria, mesmo em meio a nossa dor, em saber que por meio do nosso sofrimento, alguém ao nosso lado pode ser consolado!
Mas Paulo não para aí!
Agora, ele vai nos mostrar a razão dessa verdade!
Por que isso é verdade?
Por que da consolação que Paulo recebeu do Senhor, outros poderiam ser consolados?
A RAZÃO DO PROPÓSITO DO SOFRIMENTO [5-7]
[5] Porque, assim como transbordam sobre nós os sofrimentos de Cristo, assim também por meio de Cristo transborda o nosso consolo.
Meus irmãos, se a teologia da prosperidade é um veneno, o que Paulo faz nesse verso é pegar uma seringa, com a agulha impressionantemente fina, e cirurgicamente entrar na veia sanguínea e retirar cada gota dessa sujeira!
A razão que Paulo dá para os nossos sofrimentos serem canais de consolo ao outro, é que os nossos sofrimentos, tal como o nosso consolo, estão ligados a Cristo!
Sabe por que os falsos apóstolos de Corinto, e os pregadores da prosperidade dos nossos dias, não podiam estar mais errados em enxergar o sofrimento como oposto a uma vida perto do Senhor?
Porque o próprio Deus, por meio do Filho, sofreu!
E mais do que isso. Ele não sofreu passivamente!
Ele foi em direção ao sofrimento!
Sabe por que o seu sofrimento pode ser usado como canal de consolo para o outro?
Porque foi exatamente isso que Cristo fez por você!
Jesus, o filho do Pai de misericórdia e Deus de toda consolação, habitava na eternidade sem nenhum sofrimento!
Desfrutava da glória do céu!
Não havia experimentado dor em si!
E o que ele fez, foi abrir mão dessa glória, dessa condição da qual vivia eternamente, entrar na história, abraçando o sofrimento das limitações de um corpo humano, abraçando os sofrimentos de uma vida sem grandes confortos, abraçando o sofrimento de injustas perseguições, de traição, de dor física pendurado num madeiro...
Mas mais do que tudo isso, ele abraçou o sofrimento de tomar o cálice da ira de Deus!
A ira de Deus estava posta em nossa direção, por causa dos nossos pecados.
Nós éramos merecedores de sofrimento eterno.
Enquanto Cristo eternamente não experimentava sofrimento algum!
Mas Jesus tomou todo o sofrimento da ira de Deus sendo derramada sobre ele.
Ele carregou todo o pecado do seu povo.
Para que por meio do sofrimento dele, nós, pudéssemos desfrutar de consolo eterno!
[Isaías 53:5] Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sarados.
Aqui Paulo rasgou o cadáver do falso evangelho dos falsos apóstolos de dentro para fora!
Ele mostra que o fato dele passar por sofrimento não poderia desqualificá-lo como apóstolo.
Porque como apóstolo, ele estava enviado pelo próprio Deus que sofreu para salvá-lo!
O seu sofrimento não enfraquecia sua mensagem.
O seu sofrimento era o poder na sua mensagem!
Porque os seus sofrimentos vinham da sua obediência em proclamar Cristo, em pregar a mensagem da salvação em Cristo!
Foi exatamente o que Jesus disse sobre aqueles que o seguissem:
[Mateus 5:11] — Bem-aventurados são vocês quando, por minha causa, os insultarem e os perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vocês. [12] Alegrem-se e exultem, porque é grande a sua recompensa nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.
Paulo sabia que o seu sofrimento era evidência de que ele estava no caminho certo apontado pelo seu Senhor que o enviou! Ele era apóstolo de Cristo Jesus, o servo sofredor!
E Paulo sabia que quando estamos unidos a Cristo, sofrer por Cristo, é compartilhar do sofrimento do próprio Cristo.
Mas que também unidos a Cristo, em Cristo também transborda o nosso consolo!
O sofrimento de Paulo deveria ser um encorajamento para os crentes em Corinto!
Porque eles eram abençoados por tais sofrimentos!
Como Paulo descreve:
[6a] Se somos atribulados, é para o consolo e a salvação de vocês; se somos consolados, é também para o consolo de vocês.
As tribulações de Paulo em pregar o evangelho era instrumento de Deus para que o evangelho chegasse com ainda mais força aos corações perdidos.
As tribulações funcionavam como uma grande turbina para que o evangelho chegasse com toda força rompendo a incredulidade dos coríntios, e os fazendo a crer em Cristo.
Paulo explica tudo isso alguns capítulos a frente:
[2 Coríntios 4:10] Levamos sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida dele se manifeste em nosso corpo. [11] Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. [12] De modo que em nós opera a morte; em vocês, a vida.
Os coríntios viam Paulo sofrendo em pregar o evangelho de Cristo, Deus lhes dava fé em Cristo, e eles desfrutavam do mesmo consolo que Paulo desfrutava em Cristo, no seu sofrimento.
E Paulo mostra que esse consolo tem uma forma eficaz de se concretizar: a perseverança!
[6b] Esse consolo se torna eficaz na medida em que vocês suportam com paciência os mesmos sofrimentos que nós também suportamos. [7] A nossa esperança em relação a vocês é sólida, sabendo que, assim como vocês são participantes dos sofrimentos, assim também serão participantes da consolação.
Ou seja, aqueles crentes deveriam permanecer fiéis a Cristo, mesmo que sobre eles também viessem perseguição, rejeição, humilhação, das quais Paulo passava.
Das quais Cristo passou.
Mas Paulo estava esperançoso, uma esperança sólida, que o Senhor tinha salvado verdadeiramente crentes naquela igreja!
E eles iriam perseverar!
Iriam participar tanto desse sofrimento, quanto da consolação.
Aplicação: nós também!
Portanto, meus queridos irmãos, lembre-se que o seu sofrimento tem propósito!
Lembre-se que pela consolação que você recebe do Senhor na sua angústia, você é livre de olhar somente para você em meio a dor, para então servir o seu irmão que também está sofrendo!
Você está unido ao Senhor que sofreu para que você fosse salvo!
Agora, viva entregue à morte por causa de Cristo, para que também a vida de Jesus se manifeste na sua!
Essa é então, a segunda verdade a respeito do sofrimento!
Existe consolo no sofrimento.
Existe propósito no sofrimento.
Mas assim como a dor do sofrimento muitas vezes é grande, as belezas por trás do sofrimento são muito maiores!
E Paulo continua.
Agora ele vai mostrar O FRUTO do sofrimento no seu próprio coração, ao relatar sobre uma grande tribulação que ele havia passado:
EXISTE FRUTO NO SOFRIMENTO [8-10a]
[8] Porque não queremos, irmãos, que vocês fiquem sem saber que tipo de tribulação nos sobreveio na província da Ásia. Foi algo acima das nossas forças, a ponto de perdermos a esperança até da própria vida.
Conforme Paulo explica a visão correta sobre o sofrimento, ele compartilha de um grande sofrimento que ele havia passado desde a sua última ida a Corinto.
Ele não específica o que aconteceu, mas ele diz que foi uma situação “acima de suas forças” e que ele mesmo achava que ia morrer, quando diz que “perdemos a esperança até da própria vida”.
O sofrimento parece ter sido grande!
Mas o sofrimento nunca é em vão.
Paulo continua compartilhando, e expõe outro propósito do sofrimento.
Dessa vez no seu próprio coração:
[9] De fato, tivemos em nós mesmos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, e sim no Deus que ressuscita os mortos, [10] o qual nos livrou e ainda livrará de tão grande morte.
A tribulação tão grande que Paulo passou, que lhe parecia uma sentença de morte, tinha propósito ainda maior: aumentar sua confiança no Senhor!
para que NÃO CONFIÁSSEMOS EM NÓS MESMOS, E SIM NO DEUS que ressuscita os mortos
Meu irmão, você quer uma notícia de grande esperança para o seu sofrimento?!
O sofrimento pode parecer um sólido árido, mas não é um sólido infrutífero!
Pelo contrário!
Existe muitos frutos no sofrimento!
Vocês se lembram da história de Jó.
Depois de ter perdido tudo, família, bens, saúde...
Depois de muitas reflexões, muitos diálogos...
Como sai o coração de Jó com relação a sua confiança ao Senhor, depois de tantas tormentas e aflições?
[Jó 42:1] Então Jó respondeu ao Senhor e disse:
[2] "Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
[5] Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem.
É imensurável o quanto Jó cresceu em confiança no Senhor!
O solo do sofrimento tem potencial imensurável de frutificar confiança no Senhor!
Meus irmãos, passar por sofrimento sem meditar no quanto confiamos no Senhor, é desperdiçar o nosso sofrimento!
Mas essa meditação não é meditação como a prática secular, pagã de meditação.
De sentar-se de pernas cruzadas e olhos fechados, e respiração lenta, e tentando se desligar de tudo.
A meditação no sofrimento é de pernas prostradas, com os olhos na Palavra, e o coração totalmente voltado ao Senhor!
Lutando contra os pensamentos enganosos querendo te desanimar pela tribulação.
Lutando em meditar na consolação das promessas do Senhor, nas verdades sobre quem Deus é.
Lutando contra você mesmo, na força do Espírito, para que o seu coração confie no Senhor, mesmo na aflição!
Especialmente na aflição!
O caminho para você não desperdiçar o seu sofrimento e frutificar em uma confiança maior no Senhor tem os seguintes passos:
Primeiro: expor o seu coração diante do Senhor!
Precisamos ser corajosos de olhar o nosso coração em meio ao sofrimento, e orar:
[Salmo 139:23] Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; [24] vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.
Se formos sinceros, muitas vezes vamos encontrar um coração agarrado a ídolos!
Um coração confiando menos no Senhor do que deveria!
O sofrimento tem esse poder de revelar enganos velados do nosso coração.
E então temos o segundo passo no caminho do crescimento da confiança:
Segundo: confessar o pecado diante do Senhor!
Precisamos confessar o nosso pecado em não confiar no Senhor!
Precisamos confessar o nosso pecado em confiar em nós mesmos.
Ou confiar nas circunstâncias.
Ou confiar em outros homens.
O Senhor muitas vezes usa o sofrimento para derrubar nossos ídolos.
Para derrubar nossa prepotência.
Para desnudar o nosso coração enganoso e desesperadamente corrupto.
E com o bálsamo do consolo, nos levar a confiança mais profunda naquele que é dignamente confiável!
Ilustração: barbante e cabo de aço
Confiar em qualquer outra coisa que não no Senhor é o mesmo que estar diante do abismo e em vez de ser amarrado em um cabo de aço, com um cadeado de aço te prendendo, você preferir segurar pelos dedos em um barbante!
O Senhor muitas vezes usa o sofrimento para cortar o nosso barbante.
Mas também rapidamente nos mostrar que estamos seguros, presos em um cabo de aço.
Depois do seu coração frutificar em confiança no Senhor, Paulo desfrutou também do livramento daquela grande tribulação na Ásia (verso 10).
Mas sua esperança era maior que o livramento de uma tribulação terrena; e sim o livramento do sofrimento eterno: o que ele chama de “tão grande morte”.
[9] De fato, tivemos em nós mesmos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós mesmos, e sim no Deus que ressuscita os mortos, [10] o qual nos livrou e ainda livrará de tão grande morte.
Em meio ao sofrimento de quase perder a vida, Paulo teve sua confiança fortalecida se lembrando de que o Deus que ressuscita mortos o livrou não somente daquela situação de risco de morte iminente, mas da tão grande morte, aquela que o separaria eternamente de Deus!
E a partir dessa experiência de grande livramento de uma tribulação momentânea, Paulo traz a quarta e última grande verdade sobre o sofrimento nesse trecho:
EXISTE OPORTUNIDADE NO SOFRIMENTO [10b-11]
O Senhor usa o sofrimento para nos dar oportunidade de sermos participantes do que ele está fazendo soberanamente, por meio da oração:
[10b] Nele [o Deus que ressuscita mortos e o livrou] temos esperado que ainda continuará a nos livrar, [11] enquanto vocês nos ajudam com orações a nosso favor, para que, por muitos, sejam dadas graças a Deus a nosso respeito, pelo benefício que nos foi concedido por meio da súplica de muitos.
Meus irmãos, mais uma vez aqui Paulo mostra a insondável sabedoria do nosso Deus!
Se no sofrimento existe o propósito de nós, que estamos dentro do sofrimento, podermos servir o outro por meio do consolo, agora Paulo mostra que no sofrimento existe a oportunidade daquele que está fora de tal sofrimento, servir por meio da oração!
Às vezes podemos ter pensamentos enganosos achando que orar é pouca coisa!
Podemos pensar: “eu queria fazer tanto por aquela situação, mas eu “só” posso orar”.
Quando isso vier a sua mente, lembre-se de 2Coríntios 1:11!
Paulo está dizendo que ENQUANTO Deus nos livra da tribulação, os crentes ajudam em oração!
Nele temos esperado que ainda continuará a nos livrar, [11] enquanto vocês nos ajudam com orações a nosso favor
O sofrimento proporciona a oportunidade graciosa de servirmos aqueles que sofrem, EM ORAÇÃO!
Oração não é pouca coisa!
Oração não é “só mais uma coisa”!
ORAÇÃO É O QUE DEVE SER FEITO!
Paulo diz que o livramento, o benefício, é concedido por Deus “por meio da súplica de muitos”!
E não somente isso!
Deus não somente usa nossas orações para conceder benefícios aos seus que estão sofrendo, como ele usa toda essa circunstância para que outros, terceiros, deem graças a Deus diante da obra dele nessa circunstância!
Acompanhe o raciocínio exposto por Paulo:
1. Eu vou passar por tribulação!
2. Tenho esperado que o Senhor vai continuar me livrando, enquanto vocês oram por mim!Porque, quando vocês oram, Deus atende a oração e concede-me o livramento!
3. E quando Deus concede-me o livramento, após ter usado as orações de vocês, muitos que saberão disso, darão graças a Deus!
Meus irmãos, que sabedoria infinita do Senhor?!
Quem teria um plano tão magnífico com tantos propósitos, diante de uma situação que todos nós, se pudéssemos escolher, não passaríamos, como é o sofrimento?!
Nós precisamos orar!
O Senhor está nos dando a oportunidade de participarmos daquilo que ele soberanamente está fazendo na vida de irmãos que estão sofrendo!
Esse texto é real! Não é brincadeira, não é faz de conta!
O que está escrito é verdade!
Deus quer que você ore, e quer usar sua oração para conceder livramento ao seu irmão em sofrimento, e quer usar o testemunho do livramento dele por meio da sua oração, para que ele, o Senhor, seja glorificado!
Esse é a oportunidade que você tem de dar glória a Deus e servir o seu irmão!
Aplicação: ORE!
Eu quero te fazer um encorajamento para hoje a tarde, para o PG, para os seus dias durante a sua semana:
1. Pegue a folha de oração, que enviamos nos grupos da igreja com uma série de pedidos reais! De sofrimentos reais de irmãos nossos!
2. Pega essa folha de oração da nossa igreja, abra esse texto de 2 Coríntios 1 novamente, e ore por aqueles pedidos diante da verdade aqui escrita!
Mas ore com fé! Crendo que essa é a palavra de Deus!
Faça uma oração sincera, com confiança no Senhor:
“Senhor, sustenta esse meu irmão diante desse sofrimento!
Segundo a sua vontade, dê a ele o livramento!
E use essa circunstância para que o seu poder seja visto, e as pessoas deem glória ao Senhor!”
Nós precisamos orar, meus irmãos!
Quando estivermos diante do sofrimento de alguém, não podemos pensar mais:
“Puxa, eu só posso orar”
Devemos pensar: “uau, eu posso orar!”.
Essa é uma grande oportunidade que existe no sofrimento.
CONCLUSÃO
Meus irmãos, é verdade que o sofrimento é uma das experiências mais complexas da existência humana.
É verdade também que ninguém gosta de passar pelo sofrimento!
De certa forma, fazemos muitas coisas na nossa vida pensando em evitar o sofrimento.
Mas, acima de tudo, é verdade que a Bíblia é nos fornece o que precisamos para lidar com o sofrimento!
E é verdade que Deus está presente no nosso sofrimento!
Com muitos propósitos.
Por isso, lutemos para não sermos paralisados diante do sofrimento.
Nem sempre o correto é fugir do sofrimento.
Não devemos ser escravos do sofrimento.
Não devemos lidar de maneira mundana com o sofrimento!
O que devemos fazer é:
1. Experimentar o consolo real que vem do Senhor, no sofrimento!
2. Devemos perceber o propósito do Senhor em consolar as pessoas a nossa volta em meio ao nosso próprio sofrimento!
3. Devemos aproveitar o sofrimento para que o nosso coração frutifique em uma confiança maior, mais forte, no Senhor!
4. E devemos valorizar a oportunidade de participar, por meio da oração, do que o Senhor está fazendo na vida das pessoas no momento do sofrimento.
O sofrimento é real.
O sofrimento é doloroso.
Mas o sofrimento nunca é em vão.
Eu gostaria de finalizar lendo alguns versículos do capítulo 4 de 2 Coríntios.
Abram no capítulo 4.
[2 Coríntios 4:1]Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi dada, não desanimamos.
[7] Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que a excelência do poder provém de Deus, não de nós. [8] Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; ficamos perplexos, porém não desanimados; [9] somos perseguidos, porém não abandonados; somos derrubados, porém não destruídos.
[14] Por isso não desanimamos. Pelo contrário, mesmo que o nosso ser exterior se desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia. [17] Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação, [18] na medida em que não olhamos para as coisas que se veem, mas para as que não se veem. Porque as coisas que se veem são temporais, mas as que não se veem são eternas.
Igreja Batista Jardim Minesota
Rua Clotildes Barbosa de Souza, 144
Jardim Santa Maria (Nova Veneza) Sumaré - São Paulo
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