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Tito 3:3-7: Evangelho: O Fundamento da Vida Cristã

  • Foto do escritor: Pastor Caique Resende
    Pastor Caique Resende
  • há 2 dias
  • 23 min de leitura

Atualizado: há 5 horas

31 de Agosto de 2025 – IBJM

omens, imaginem que vocês estivessem diante dos portões celestiais.

E ali tivesse uma placa com os seguintes pré-requisitos para que você pudesse entrar diante da presença de Deus:

 

“Entrada permitida somente àquele que tenha sido moderado, respeitável, sensato, sadio na fé, no amor e na perseverança”

 

E embaixo, uma observação com letras maiúsculas, grifado e sublinhado:

 

“Aceita-se somente se cumprido com perfeição em todos os segundos da sua vida.”

 

Quem de nós, homens, estaria apto para passar nos portões e entrar na presença de Deus?

 

Mulheres, imaginem que também tivesse uma placa para vocês.

Da mesma forma, com pré-requisitos para que vocês pudessem estar diante da presença de Deus.

E nessa placa estivesse escrito:

 

“Entrada permitida somente para aquelas que tenham tido uma conduta reverente, não tenham sido caluniadoras, nem escravizadas a muito vinho. Que tenham sido mestras do bem, e instruído as jovens recém-casadas a amar o marido e os filhos, a serem boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido.”

 

E também, da mesma forma, tivesse a observação destacada em baixo:

 

“Aceita-se somente se cumprido com perfeição em todos os segundos da sua vida.”

 

Quem de vocês, mulheres, estaria qualificada a estar na presença de Deus?

 

Jovens, se vocês estivessem hoje diante dos portões celestiais... E tivesse a placa para vocês com os seguintes pré-requisitos:

 

Entrada permitida somente àqueles que tenham sido moderados.

Em TODAS AS COISAS.

 

Perfeitamente. Em cada segundo da vida.

 

Qual jovem estaria apto para entrar nos portais do reino celestial, estar na presença de Deus?

 

Homens, mulheres, jovens... e sobre a sua postura no trabalho?

 

Se tivesse uma placa junto com essas, exigindo como você se comportou em cada oportunidade de emprego que você teve.

E você só pudesse passar pelos portões celestiais se você, em cada emprego que você tivesse passado, tiver cumprido os seguintes pré-requisitos:

 

“Tiver sido, em tudo, obediente ao seu senhor, tendo lhe dado motivo de satisfação. Entrada permitida somente àqueles que não tenham sido respondões, nem furtado, mas que tenham dado prova de toda a fidelidade, a fim de que, em todas as coisas, tenham manifestado a beleza da doutrina de Deus, nosso Salvador.”

 

Quem teria essa carta de recomendação de cada emprego que passou, com a descrição que viveu com perfeição cada uma dessas qualificações, em cada emprego que passou, para apresentar na portaria do reino celestial?

 

Bom, se ainda está fácil... se para você parece que talvez ainda fosse possível se qualificar...

 

Imagina que tenha tido mais uma placa.

E essa é para todos, além daquelas placas anteriores.

 

E nessa placa, os pré-requisitos para entrar são:

 

“Entrada permitida somente para aqueles que tenham sido sujeitos aos governantes e às autoridades, tenham sido obedientes e prontos para toda boa obra.

Que não tenham difamado ninguém. Que tenham sido pacíficos, cordiais, tendo dado provas de toda cortesia para com todos.”

 

E, claro, com a mesma observação das outras:

 

“Aceita-se somente se cumprido com perfeição em todos os segundos da sua vida.”

 

Quem de nós, entre todos os que estamos aqui nesse salão, teria a coragem, e a qualificação para dar o primeiro passo em direção ao trono de santidade e justiça do Senhor Todo Poderoso?

 

 

Bom... eu posso deixar um pouco mais complicada a situação?

E mais realista, também?

 

Esses não eram os únicos pré-requisitos.

 

Imagina que, para entrar na presença do Deus que te criou e habitar com ele para sempre, você precisasse cumprir perfeitamente cada lei da Bíblia, cada ato de santidade, com perfeita perfeição, sem nenhuma falha sequer!

 

Quem de nós, meus irmãos, teria amado a Deus perfeitamente de todo o coração?

Quem teria amado perfeitamente o próximo como a si mesmo?

Quem teria amado os inimigos? Eu não vou acrescentar aqui o “perfeitamente”.

Quem teria feito tudo, absolutamente tudo, para a glória de Deus?

Nunca feito nada para benefício próprio por toda a vida?

 

Meus irmãos, nós sabemos a resposta.

Ninguém.

A resposta é ninguém para qualquer uma e para todas essas perguntas!

Nenhum de nós.

 

Se a nossa comunhão com Deus, se a nossa eternidade, se a nossa salvação dependesse da nossa obediência perfeita ao que a Bíblia pede de nós, o que Deus nos criou para sermos...

 

Se a nossa comunhão eterna com Deus dependesse, em outras palavras, das nossas BOAS OBRAS, então, nenhum de nós entraríamos na presença do Senhor.

Nenhum de nós teríamos comunhão com ele.

Nenhum de nós teríamos salvação eterna.

 

Mas... a boa notícia... o evangelho...

É o que Paulo diz explicitamente nos versos 4 a 7 do capítulo 3 de Tito:

 

[Tito 3:4] Mas quando se manifestou a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor por todos, [5] ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia. Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, [6] que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, [7] a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.

 

Essa é a mensagem do Evangelho!

Essa é a boa notícia!

Que nós não entraremos pelos portões celestiais, à presença de Deus, por obras de justiça praticadas por nós.

 

Se fosse no mérito das nossas obras, nunca entraríamos.

Porque nenhum de nós as cumpriu perfeitamente.

 

Mas entraremos porque se manifestou a bondade, o amor de Deus, nos salvando segundo a sua misericórdia.

 

Misericórdia esta manifestada por meio de JESUS CRISTO, o nosso Salvador, que viveu, ele sim, uma vida de perfeita obediência, em todos os segundos de sua vida, e na cruz se colocou debaixo da condenação que era nossa, de todos os nossos pecados.

 

Nós, aqueles que não viveram essa vida perfeita, que ele viveu.

 

E não só isso, mas esse Deus derramou seu Espírito Santo sobre nós, e nos renovou, nos regenerou dando um novo coração para crer nele, e assim, pela obra dele, justificados por graça, tivéssemos comunhão com Deus eternamente!

 

Como filhos! Herdeiros!

Por causa de Cristo temos esperança da vida eterna.

Essa é a mensagem do evangelho.

 

Ao chegarmos nos portões celestiais, e encontrarmos cada placa com requisito da obediência perfeita, podemos dizer:

 

“SIM! NÃO EU! MAS ELE, CRISTO NO MEU LUGAR!”.

 

E por causa dele, podemos, Hebreus 10:29-22:

 

“ter ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, pela sua carne, tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximarmo-nos com um coração sincero, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e o corpo lavado com água pura”.

 

Por causa da obra de Cristo, podemos ter ousadia para entrar na presença do Deus Santo, e nos aproximar!

Seguros de que seremos acolhidos.

Por causa dele.

 

Essa é a maravilhosa esperança da mensagem do evangelho de Cristo Jesus.

 

Agora... tendo dito tudo isso!

Tendo exposto o evangelho, e a segurança de que ele é o poder para salvação.

Precisamos lidar com uma questão:

 

Esses textos, com essas instruções sobre como cada um devemos viver, continua na minha e na sua Bíblia.

 

Mesmo tendo os versículos 4-7 do capítulo 3 de Tito, os versículos 1 e 2 continuam lá.

Como lidamos com esses textos?

 

Como lidamos com todas essas instruções sobre como os homens devem viver, as mulheres, os jovens, os servos, em Tito 2?

 

Como devemos viver, nos sujeitando as autoridades, sendo obedientes, prontos para toda boa obra, e tudo o mais que está escrito aí no começo do capítulo 3?

 

Todas essas instruções sobre a vida cristã, junto de tantas outras, continuam sendo reais e verdadeiras estando escritas nas Bíblias que estão nas nossas mãos.

 

Elas estão na Bíblia e existe uma expectativa real e verdadeira que vivamos dessa forma!

 

Paulo escreveu no verso 8:

 

[Tito 3:8] Fiel é esta palavra, e quero que você fale ousadamente a respeito dessas coisas, para que os que creem em Deus se empenhem na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas para todas as pessoas. 

 

Nós, que cremos em Deus, que fomos salvos pela graça, devemos sim se empenhar na prática de boas obras!

São coisas excelentes e proveitosas!

 

Então, como devemos entender essas instruções uma vez que a salvação é por meio da fé em Cristo e não das nossas obras?

 

Em outras palavras: o que eu faço, já que eu não sou salvo por meio da minha obediência, mas pela obra de Cristo?

 

Em outras palavras, o que estamos falando é da questão: qual é a relação da fé e das obras? Da salvação pela graça, e da vida de obediência e santidade?

 

Qual é a relação da mensagem do evangelho que salva, e da vida cristã que deve ser vivida?

 

E a resposta para essas perguntas é que: O Evangelho é o fundamento da vida cristã.

 

Devemos colocar as coisas nos lugares certos.

 

Ser um homem piedoso, uma mulher piedosa, não vai te salvar.

Mas, uma vez que você foi salvo em Cristo Jesus, o que a Bíblia te chama a fazer é ser um homem piedoso, uma mulher piedosa.

Uma vez que você foi salvo pela mensagem do Evangelho, agora você deve viver uma vida cristã.

Não para ser salvo.

Mas porque você já foi salvo!

Não como causa.

Como consequência.

  

Portanto, o que eu quero fazer essa manhã, é olhar para os versículos 3 a 7 e vermos como, como o evangelho é o fundamento da nossa vida cristã.

 

Como você pode viver a sua vida cristã não de uma forma legalista, nem de uma forma libertina, mas de uma forma evangélica.

Baseada no evangelho. Fundamentada no evangelho.

 

Vamos começar olhando para o versículo 3 e vendo o primeiro fundamento do evangelho para a vida cristã: a realidade do pecado.

 

A REALIDADE DO PECADO [vs. 3]

[Tito 3:3] Pois nós também, no passado, éramos insensatos, desobedientes, desgarrados, escravos de todo tipo de paixões e prazeres, vivendo em maldade e inveja, sendo odiados e odiando-nos uns aos outros. 

 

O primeiro fundamento para basear a nossa vida de piedade é nos lembrarmos, reconhecermos qual era a nossa condição antes de Cristo nos resgatar.

 

E a nossa condição era a pior:

Pecadores.

 

É interessante como Paulo cria um contraste entre os versículos 1 e 2, e o versículo 3.

 

Suas instruções nos versículos 1 e 2 são instruções de como devemos tratar as pessoas a nossa volta, como devemos nos relacionar.

 

Perceba como ele fala em termos gerais:

1.     Estejam prontos para toda boa obra;

2.     Não difamem ninguém;

3.     Dando provas de cortesia para com todos;

 

Paulo está expandindo o leque do público afetado pela nossa vida de piedade.

Ele está mostrando que a forma como devemos tratar as pessoas não está à mercê das nossas escolhas.

 

Nós não escolhemos quais boas obras vamos praticar.

Mas toda boa obra.

Nós não escolhemos alguns a quem não iremos difamar.

Mas não difamar ninguém.

Nós não damos prova de cortesia só para alguns.

Mas devemos dar prova de cortesia para com todos.

 

As instruções são gerais!

É uma disposição geral de ser obediente, de ser pacífico, cordial.

 

Uma boa aplicação disso é a sua primeira instrução, o primeiro público-alvo da nossa piedade: sujeição aos GOVERNANTES e AUTORIDADES.

 

Mais uma vez, perceba o termo geral da sua instrução!

 

Ele não diz “se sujeitarem aos governantes e autoridades cristãs”.

Ou governantes e autoridades que façam um bom trabalho.

Ou governantes e autoridades que você elegeu, que foi o seu voto.

Não.

 

Ele diz:

 

[Tito 3:1] Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, [“ponto”. Ou no caso aqui, vírgula]

 

E ainda tem mais:

 

que sejam obedientes e estejam prontos para toda boa obra. 

 

Claro que não devemos nos submeter a nenhuma autoridade que nos faça pecar.

Toda submissão a qualquer nível de autoridade deve estar debaixo de uma submissão a Deus.

 

Mas Paulo está dizendo que Tito deveria lembrar os crentes que, não envolvendo pecado, eles devem se submeter as autoridades.

Aos governantes.

 

Mesmo que não apoiemos, mesmo que não sejam crentes.

Lembrem-se de se sujeitarem.

 

Esse é apenas UM exemplo, de estar pronto para TODA boa obra, de não difamar NIGUÉM, de dar prova de cortesia para com TODOS.

  

Expanda isso para todas as pessoas à sua volta.

E aí, meus irmãos, talvez possa parecer difícil viver dessa forma.

 

Possa parecer difícil, por exemplo, ter essa disposição com pessoas que estão vivendo no pecado.

Ter essa disposição com pessoas que, por vezes, podem até estar nos tratando mal.

 

Mas é aí que vem o contraste de Paulo.

 

O que nós fazemos NÃO deve ser refém do que as pessoas fazem.

Em Romanos 12:17 Paulo diz que não devemos pagar o mal com o mal, mas procurar fazer o bem diante de todos.

 

O caminho que Paulo vai nos conduzir sobre a nossa vida cristã, sobre como devemos tratar o outro de maneira piedosa, está MENOS em olhar para o pecado do outro, e na verdade, está MAIS em olhar para os nossos próprios pecados!

 

Está MENOS em olhar no mal que o outro me faz, e olhar MAIS o mal que nós fizemos!

 

 

Paulo instrui a vivermos de maneira piedosa nos versos 1 e 2, e no 3 ele usa “pois/porque”, justamente para dar a razão para vivermos dessa forma.

E razão que ele começa a dar é:

 

[Tito 3:3] Pois nós também, no passado, éramos insensatos, desobedientes, desgarrados, escravos de todo tipo de paixões e prazeres, vivendo em maldade e inveja, sendo odiados e odiando-nos uns aos outros. 

 

Meus irmãos, é fácil o nosso coração rapidamente se ofender com o mal feito a nós, e as nossas mãos são rápidas em querer reagir em responder o mal com a nossa força.

 

Mas Paulo mostra um caminho melhor!

Comecemos a olhar para trás, e reconhecer: no passado, eu também.

 

Eu também fiz o mal.

Eu também vivi cego em meus pecados.

Eu também fui escravo.

Eu também vivi em maldade!

 

Por favor, olhe para essa pequena lista de Paulo, no qual ele também se inclui (ao dizer “NÓS”).

E diga a você mesmo se você nunca incorreu em nenhum desses pecados.

 

Se você, em toda a sua vida passada, nunca foi identificado com nenhuma dessas descrições.

 

Alguma vez você já foi insensato?

Desobediente?

Desgarrado?

Escravo de alguma paixão e prazer?

Viveu em maldade?

E inveja? Alguma vez já sentiu?

Já odiou alguém?

 

Essa é uma razão pela qual você deve viver uma vida de piedade.

Porque você sabe quem você era!

 

Eu quero propor um exercício espiritual para nos ajudar a lidar com interações difíceis, relacionamentos difíceis, respondendo de maneira piedosa.

 

Quando estiver difícil para você lidar com aquele chefe impaciente, arrogante.

Quando estiver difícil para você lidar com aquele funcionário preguiçoso, com má vontade.

Quanto estiver difícil de você lidar com o pecado do outro.

 

Antes de respondê-lo, tente, por alguns segundos, se lembrar de quem você era no passado!

Antes de Cristo te alcançar.

 

“Pois nós também, no passado éramos...”

 

Porque no passado você também era assim, você pode responder com cortesia, cordialidade, sujeição, obediência!

 

Quando estiver difícil para você ouvir comentários injustos de pessoas à sua volta.

Quando for difícil ouvir uma ofensa vindo de alguém a você ou a sua família.

 

Respira alguns segundos, e lembre-se:

 

“Pois nós também, no passado éramos...”

 

Lembre-se que você também já foi maldoso.

Você também teve inveja.

Você também foi insensato.

 

E então, por causa disso, você pode dar prova de cortesia.

Você está pronto para toda boa obra.

  

Agora... posso sugerir como você pode aumentar a carga desse exercício espiritual?

Como você pode intensificar essa prática para fazer crescer seus músculos da piedade?

 

Quando você tiver que lidar com a maldade de alguém, com o pecado de alguém contra você, com conflitos de relacionamento.

 

Lembre-se do seu passado de pecado, sim...

Mas lembre-se que os seus pecados não foram somente contra as pessoas, mas foram CONTRA O SENHOR!

Aumente a carga, e lembre-se que os seus pecados, foram contra um Deus infinitamente bom... infinitamente santo!

 

Lembre-se que Deus te criou para viver para a glória dele, e tudo o que ele fez foi bom.

Mas a sua resposta diante disso foi rejeitá-lo. Por anos.

Foi praticar, seja qual foi o pecado, ações que ofendiam a santidade dele, a bondade dele.

 

E meditando no nosso pecado contra o Senhor, nós podemos buscar ter a mesma resposta que ele teve conosco, para com os outros: misericórdia. Compaixão.

  

Portanto, o primeiro fundamento sob qual podemos viver uma vida de piedade, é nos lembrando da realidade do pecado.

Do passado que nós também vivíamos.

Pois nós também éramos...

 

Mas nós não podemos parar nessa meditação, olhando para os nossos pecados.

Paulo não parou aí.

 

Nunca paramos olhando para nós em nossas reflexões!

Nós sempre vamos até onde?

Até ele: o Senhor!

 

Se o primeiro fundamento foi olhando para o nosso passado de pecado, agora o segundo fundamento para uma vida de piedade é olhando para Deus e como ele respondeu ao nosso pecado.

 

Primeiro a realidade do pecado.

Agora, o segundo fundamento:

 

A REALIDADE DA MISERICÓRDIA DE DEUS [vs. 4-5a]

Vamos ler o versículo 4 e a primeira parte do versículo 5:

 

[Tito 3:4] Mas quando se manifestou a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor por todos, [5] ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia. 

 

Paulo continua olhando para o passado.

Ele continua olhando para o passado e nos mostrando o fundamento sobre o qual devemos viver uma vida piedosa no presente.

 

Primeiro ele olhou para o passado e viu sua vida de escravidão no pecado.

Mas outra realidade se manifestou no passado:

 

Se manifestou a bondade de Deus, o seu amor, segundo a sua misericórdia!

 

Diante da nossa realidade de pecado o que Deus podia fazer, o que merecíamos que ele fizesse, era nos condenar com sua justiça.

Porque Deus é Santo, e nós vivemos daquela forma descrita por Paulo, era justo que Deus nos condenasse eternamente.

 

Imagina se Paulo tivesse escrito o verso 3 a partir do verso 2 dessa forma:

 

[Tito 3:2] Pois nós também, no passado, éramos insensatos, desobedientes, desgarrados, escravos de todo tipo de paixões e prazeres, vivendo em maldade e inveja, sendo odiados e odiando-nos uns aos outros. 

 

“E quando se manifestou a ira de Deus, o Santo Juiz, e a sua justiça sobre todos, ele nos condenou, por não termo praticado obras de justiça, e segundo as nossas transgressões contra ele.”

 

Imagina se fosse essa a continuação do texto.

Essa seria uma realidade adequada de consequência pelos nossos atos, diante da realidade de quem Deus é, e da realidade do que fizemos.

 

Éramos pecadores. Deus é santo.

Seria justo a nossa condenação pelos nossos pecados.

 

Mas não foi assim que Paulo escreveu.

 

Ele não começou o versículo 4 com “E”.

Ele começou com “MAS”.

 

Justamente “MAS”!

Para mostrar o caminho contrário do que era esperado!

Um fôlego de esperança diante de um cenário terrível de más notícias.

 

Vocês conhecem a ilustração:

 

Imagina, você recebe uma ligação. É da polícia. Para informar que o seu carro, que estava com a sua família dentro, capotou e deu perda total.

Mas, ninguém se feriu. Estão todos bem.

 

Você é chamado no RH da sua empresa.

O gerente começa a dizer que a empresa vai passar por uma fase de cortes.

Mas, você será poupado. Continuará trabalhando.

 

O MAS, essa palavrinha de três palavras, pode ser usada para mudar cenários devastadores, trazendo notícias de muita esperança!

 

Diante do cenário dos nossos terríveis pecados contra um Deus santo...

 

Paulo fala que:

 

O que se manifestou não foi a ira de Deus, MAS a sua BONDADE.

Deus foi caracterizado aqui não como santo juiz, MAS como SALVADOR.

Não manifestou a sua justiça sobre os pecadores, MAS o seu AMOR.

Ele não nos condenou, MAS no SALVOU.

Não por obras de justiça que praticamos (porque isso seria impossível), e não por nossas transgressões.

MAS segundo a sua misericórdia!

 

Esse é o Deus revelado no evangelho.

Um Deus Santo e bom.

Um Deus Justo e amoroso.

Um Deus que diante do nosso deserto de pecado, respondeu com um mar de misericórdia, nos salvando.

 

E é sobre este fundamento que deve acontecer a vida cristã!

Sobre a realidade de um Deus misericordioso, bondoso e amoroso!

O versículo 4 faz parte da razão iniciada no verso 3, para que vivamos vidas cristãs.

 

Poderíamos também ler dessa forma:

 

[Tito 3:1] Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, que sejam obedientes e estejam prontos para toda boa obra.

[2] Que não difamem ninguém. Que sejam pacíficos, cordiais, dando provas de toda cortesia para com todos. 

[4] Pois quando se manifestou a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor por todos, [5] ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia. 

 

Você pode ser obediente, estar pronto para toda boa obra, ser pacífico, cordial... porque Deus foi bondoso, amoroso e misericordioso com você!

 

Você pode olhar para a forma como Deus respondeu aos seus pecados, e a partir disso, fazer desse o padrão para você responder de maneira piedosa aos pecados dos outros.

 

Paulo ensinou isso em termos claros aos Colossenses:

 

[Colossenses 3:13] Suportem-se uns aos outros e perdoem-se mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem também uns aos outros. 

 

Olhamos para o que o Senhor fez conosco, e replicamos para com os outros.

Fazemos do modo do Senhor nos tratar, o modo como trataremos os outros.

 

Portanto, aqui eu gostaria de sugerir um segundo exercício espiritual para o seu crescimento na piedade:

 

No momento em que você estiver desencorajado de suportar, de servir alguém, de ser pacífico, cordial, porque você pensa que o outro é indigno de ser tratado dessa maneira por você...

 

Lembre-se de como o Senhor respondeu a você e aos seus pecados!

 

Antes de você SE IMPEDIR de servi-lo, amá-lo, lembre-se de como o Senhor respondeu com bondade e amor à você, quando você estava em rebeldia e rejeição a ele.

 

Quando o seu coração estiver endurecido a perdoar alguém que te feriu, porque parece não ser justo conceder perdão a um machucado tão grande...

 

Lembre-se que o Senhor se manifestou com misericórdia e perdão aos seus grandes pecados contra ele.

 

Agora... posso sugerir como você pode aumentar a carga desse exercício espiritual?

Como você pode intensificar essa prática para fazer crescer seus músculos da piedade?

 

Pense que, algumas vezes... ou, muitas vezes... os nossos conflitos são uma mistura de atitudes erradas de mais de um lado.

Mesmo que a ofensa possa ser maior de alguém contra mim, muitas vezes eu posso ter feito algo que tenha cooperado para aquele conflito.

Não é uma regra. Mas muitas vezes acontece.

Os conflitos viram um novelo de lã, uma bola de neve, com misturas de atitudes ruins de mais de um lado.

 

Uma boa pergunta que podemos sempre fazer diante de um conflito, quando estamos chateados com alguém é: será que tem algo que eu poderia ter feito diferente? Será que há algo que eu também possa pedir perdão?

Essa é uma boa postura.

 

Mas essa é a realidade dos conflitos entre DOIS PECADORES.

Você quer aumentar a carga para crescer seus músculos da piedade?

 

Então lembrem-se que no seu conflito com Deus, o pecado estava todo do seu lado.

Deus sempre, SEMPRE, esteve santo em cada rejeição de cada ser humano que passou por esse mundo.

Ele nunca fez nada que pudesse ter cooperado para que pecássemos e entrássemos em inimizade contra ele.

 

E como Deus, que era totalmente santo e justo na inimizade que existia entre nós por causa dos NOSSOS pecados, respondeu para conosco, seu povo?

Com misericórdia e perdão.

Provendo salvação, para que pudéssemos ter comunhão com ele.

 

Se essa foi o modo do Deus Santo agir com pecadores como nós, então nós podemos também agir com piedade com pecadores que pecaram contra outros pecadores, que somos nós.

 

Nós precisamos, meus irmãos, voltar os nossos olhos ao Senhor, e deixar que a realidade de quem Deus é, nos mova em interações piedosas com as pessoas a nossa volta!

 

Nos mova em uma vida cristã!

 

Nós chamamos de “vida cristã” justamente por ser uma vida com as características de Cristo!

Uma vida marcada pela identidade de Cristo.

Paulo disse:

 

[Gálatas 2:19] Estou crucificado com Cristo; [20] logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. 

 

Crucificados com Cristo. Cristo vivendo em nós.

É assim que devemos vivemos!

 

Agora, o que Paulo vai fazer no restante do texto é mostrar de maneira ainda mais profunda e clara, como exatamente fomos salvos segundo a misericórdia do Senhor e a transformação que esse evangelho trás na nossa condição existencial.

 

Paulo vai mostrar qual é a finalidade dessa salvação.

E nessa nova realidade que vivem os salvos, quero mostrar o terceiro fundamento do evangelho para que vivamos vidas cristãs, vidas piedosas.

 

Vimos:

1.     A realidade do pecado

2.     A realidade da misericórdia de Deus

3.     E agora veremos a realidade da nova vida gerada por essa misericórdia que nos alcançou: uma condição de herdeiros de Deus.

 

A REALIDADE DA NOVA VIDA: HERDEIROS [vs. 5b-7]

Vamos ler da segunda parte do versículo 5, até o versículo 7.

 

[Tito 3:5] Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, [6] que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, [7] a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. 

 

Meus irmãos, a misericórdia de Deus, sua bondade e amor, não anulam a sua justiça e santidade. Quando Deus se manifestou bondoso e amoroso ele não deixou de ser santo e justo. Quando se manifestou a bondade e amor de Deus, ele não fingiu que esqueceu os nossos pecados.

 

Foi justamente por meio de sua justiça e santidade, que vimos seu amor e bondade.

 

Como isso pode ser possível?

Como que Deus poderia ser santo e justo em punir o nosso pecado ao mesmo tempo que ele fosse bondoso, amoroso, misericordioso, com nós pecadores?

 

A resposta está no versículo 6:

 

[Tito 3:6] [...] por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”

 

Deus não ignorou os nossos pecados.

Ele não fingiu que os esqueceu.

Se ele fizesse isso, não seria um Deus santo, um Deus justo.

 

O que Deus fez foi colocar sobre o próprio filho, Jesus Cristo, a penalidade dos nossos pecados.

 

Jesus, que viveu uma vida de perfeita obediência, nenhum pecado, ele se fez pecado por nós, e assim nos trouxe salvação.

Nos trouxe perdão dos pecados.

Ele compartilhou a nós a sua justiça, para que nós pudéssemos estar diante do trono de Deus, diante da sua presença.

 

Em Jesus, na cruz, foi manifesto a justiça de Deus sobre o seu Filho Unigênito, revestida de misericórdia para com aqueles que se tornariam seus filhos herdeiros.

 

Na cruz de Cristo, aconteceu a grande troca:

 

[2 Coríntios 5:21] Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

 

Em Cristo, o justo, estava os nossos pecados.

Em nós, pecadores, foi atribuído a sua justiça.

Ele foi feito pecado.

Nós fomos feitos justiça de Deus.

 

Jesus foi o nosso salvador.

 

E por meio de Jesus, Deus derramou sobre nós, ricamente, o seu Espírito, para que o nosso coração, que por tantos anos viveu endurecido, desobediente, desgarrado, escravo de todo tipo de paixões e prazeres... fosse transformado!

Fosse renovado!

Nos fez nascer de novo!

Nos re-generou!

Após alcançados pela sua misericórdia, nós entramos em uma nova vida!

 

Agora temos um coração vivo, com inclinação para amar a Deus, crer em Cristo, se arrepender do pecado.

 

E qual foi o propósito de tudo isso?

A fim de que” Deus fez essa obra da salvação, segundo Paulo em Tito 3?

 

[Tito 3:7] a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. 

 

Deus nos salvou não só para nos dar perdão.

Não só para lidar com a nossa culpa, nossa condenação.

A justificação pela graça foi um meio.

Meio para que?

PARA QUE, A FIM DE QUE, nos tornássemos seus herdeiros!

Segundo a esperança da vida eterna!

 

Deus nos salvou para que fizéssemos parte de sua família.

Para que nos assentássemos a usa mesa.

Para que fossemos seus filhos!

Para que mudasse a nossa condição existencial!

 

De inimigos para filhos.

De escravos para herdeiros.

De perdidos, sem lar, para cidadãos do reino eterno!

 

Agora não somos mais deste mundo.

Morremos, estamos crucificados com Cristo.

 

E por isso, não vivemos mais como vivem aqueles que pertencem ao mundo.

Vivemos como estrangeiros, como peregrinos.

Vivemos como herdeiros, como filhos de Deus.

Vivemos com uma cidadania do Reino dos Céus.

 

“Segundo”, de acordo com, “a esperança da vida eterna”!

O que vivemos aqui não é um fim aqui.

O que vivemos aqui tem em vista que esse mundo não acaba aqui.

Vivemos aqui segundo a esperança da vida eterna.

 

Portanto, aqui eu gostaria de sugerir o terceiro exercício espiritual para o seu treino de hipertrofia da piedade.

Prometo que é o último.

Mas não podemos ser sedentários espirituais.

 

Meu irmão, minha irmã...

Quando parecer difícil viver uma vida cristã.

Quando parecer difícil viver nesses termos.

Quando as pessoas a sua volta disser que é loucura tratar as pessoas assim, dessa forma piedosa.

Quando você ouvir mentiras do mundo para você viver sua vida de outra forma, mais centrada em você, te iludindo de uma falsa dignidade, um egocentrismo...

 

Lembre-se que você não pertence a esse mundo.

Lembre-se que você não é mais escravo desse sistema caído.

Você é herdeiro de Deus.

Co-herdeiro com Cristo, seu Senhor e Salvador!

 

Porque você fomos salvos por ele..

Porque nos foi derramado o seu Espírito...

Porque agora estamos em outra condição, de filhos, herdeiros...

Porque agora a nossa vida tem uma perspectiva de eternidade...

 

Então nós podemos sim, viver vidas cristãs, vidas piedosas!

 

Abra em Tito 2, à partir do verso 2.

Ouça o que eu vou dizer:

 

Homens, vocês podem SIM ser moderado, respeitável, sensato, sadio na fé, no amor e na perseverança!

Porque vocês foram alcançados pelo evangelho!

Porque vocês foram perdoados, justificados, salvos, por Cristo!

Vocês não precisam viver assim PARA serem salvos.

Vocês podem viver assim justamente porque vocês FORAM salvos!

O evangelho é o fundamento para vocês viverem dessa forma!

 

Mulheres, vocês podem ter uma conduta reverente, não serem caluniadoras, nem escravizadas a muito vinho. Vocês podem sim, ser mestras do bem, instruindo as jovens recém-casadas a amar o marido, os filhos, a serem sensatas, puras, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido!

Sabe por que vocês podem viver assim?

Porque vocês foram salvas por Cristo!

Porque o Espírito de Deus foi derramado sobre vocês!

Vocês não precisam fazer nada para serem salvas!

Vocês podem viver assim justamente porque vocês FORAM salvas!

O evangelho é o fundamento da vida cristã de vocês, minhas irmãs.

 

Jovens, vocês podem SIM ser moderados em TODAS AS COISAS!

Sabem por que?

Porque o coração de vocês foi regenerado!

Vocês têm um novo coração, habitado pelo Espírito de Deus, os capacitando a viver em novidade de vida.

Vocês não vão conquistar a salvação de vocês.

Justamente porque Cristo conquistou, vocês podem viver em moderação santa.

Porque o evangelho é o fundamento da vida de vocês.

 

Meus irmãos, todos nós podemos ser um exemplo de boas obras, como Paulo orientou Tito a ser (2:7).

Todos nós podemos viver em sujeição as autoridades, aos governantes.

Podemos viver em prontidão para toda boa obra!

Podemos viver sem difamar ninguém.

Podemos ser pacíficos, cordiais, e darmos prova de toda cortesia para com todos!

 

Nos moldes do mundo parece uma loucura viver dessa forma?

 

Parece impossível viver assim?

Pois bem, não é!

Justamente porque CRISTO nos salvou!

Justamente porque o seu Espírito nos regenerou!

Justamente porque agora não somos mais deste mundo.

 

Para o mundo é impossível viver assim.

Mas nós não somos desse mundo, como Cristo também não é!

Somos herdeiros.

Cidadãos dos céus!

 

Meus irmãos, podemos viver assim, empenhados na prática de boas obras, porque o Evangelho nos alcançou!

 

É exatamente isso que Paulo diz quando ele acaba essa lista de instruções.

 

[Tito 2:11] Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos.

[12] Ela nos educa para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos neste mundo de forma sensata, justa e piedosa, [13] aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. 

 

A razão, o fundamento, para que vivamos dessa forma, é porque a graça de Deus se manifestou trazendo salvação!

A graça que uma hora nos salvou, agora nos educa a vivermos uma vida digna do Evangelho.

 

É a mesma coisa que Paulo faz em Tito 3, conforme vimos.

Ele dá instruções nos versos 1 e 2, e fundamenta a prática dessas instruções na maravilhosa mensagem do evangelho nos versos 3 a 7!

 

A resposta de Paulo do porquê devemos viver vidas cristãs, praticarmos boas obras, não é PARA SERMOS SALVOS.

Mas é PORQUE FOMOS SALVOS.

 

O Evangelho, meus irmãos, é o fundamento para a vida cristã.

 

O evangelho é o fundamento para que vivamos livres da escravidão do pecado, livres para andarmos nas boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.

 

Uma vida de santidade só pode ser vivida se fluir da mensagem do Evangelho da graça.

 

Meus irmãos, Paulo escreveu essa carta para Tito para que ele ensinasse as igrejas na ilha de Creta sobre como os crentes ali salvos devessem viver suas vidas.

 

Creta era conhecido popularmente por sua imoralidade.

Mas no meio daquela sujeira do pecado, existia um rio de águas limpas que fluía de Cristo para a sua igreja que habitava ali.

 

Homens e mulheres que ouviram o evangelho e foram libertos da escravidão do pecado, foram alcançados pela graça que se manifestou trazendo salvação a eles.

 

E essa mesma graça os educou para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas deles, eles vivessem naquelas ruas de forma sensata, justa e piedosa. Aguardando a bendita esperança e a manifestação da gloria do grande Deus e Salvador Jesus Cristo.

 

Essa mensagem era tão importante que Paulo usou a mesma estrutura por duas vezes em uma carta com 3 capítulos.

 

No capítulo 2 Paulo escreveu como eles deveriam viver, logo em seguida fundamentou essa vida na mensagem do evangelho.

No capítulo 3 ele escreveu como eles deveriam viver, logo em seguida fundamentou essa vida na mensagem do evangelho.

 

Mais tarde ficou claro que essa mensagem era tão importante, que não era só para os cretenses, mas para todo os crentes.

O Senhor havia inspirado o texto, e essa carta deveria fazer parte do Livro de todo crente, a Bíblia.

 

Paulo termina esses trechos de maneiras bem parecidas.

Ele diz para Tito:

 

[Tito 2:15] Ensine estas coisas. Também exorte e repreenda com toda a autoridade. Que ninguém despreze você.

 

[Tito 3:8] Fiel é esta palavra, e quero que você fale ousadamente a respeito dessas coisas, para que os que creem em Deus se empenhem na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas para todas as pessoas. 

 

 Essa é a mensagem que deveria chegar a mim e a você, querido irmão que foi salvo em Cristo Jesus!

 

A salvação pela graça não é a salvação que nos ausenta de vivermos em boas obras.

É a salvação que nos possibilita, capacita, para vivermos em boas obras!

 

Estamos crucificados com Cristo.

Agora ele vive em nós!

Afinal:

 

[Tito 2:14] Ele deu a si mesmo por nós, a fim de nos remir de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, dedicado à prática de boas obras.

 

Que o seu Espírito, derramado sobre nós, nos sustente em uma vida cristã, uma vida de piedade, que traga glória a ele, de acordo com esse propósito que foi preparado para que vivêssemos!

 

Vamos orar.


Igreja Batista Jardim Minesota

Rua Clotildes Barbosa de Souza, 144

Jardim Santa Maria (Nova Veneza) Sumaré - São Paulo

 
 
 

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