Salmo 118 | Gratidão
- Israel Rodrigues
- 29 de jul.
- 15 min de leitura
27 de Julho de 2025 – IBJM
Jonathan Edwards, um pregador do século 18, certa vez disse: “A verdadeira gratidão significa reconhecer que tudo o que temos vem de Deus, e não de nós mesmos. É reconhecer que somos totalmente dependentes Dele, que nossas habilidades, realizações e bênçãos vêm Dele e que, portanto, devemos a Ele todo o nosso louvor e agradecimento.”
O que Edwards está nos dizendo é que a verdadeira gratidão não é um sentimento passageiro, mas é uma disposição do coração que reconhece a dependência de Deus em tudo, em todo tempo, e busca trazer glória a Ele em tudo, em todo o tempo.
A gratidão é uma marca visível e distinta na vida do crente.
A gratidão produz vida, perdão, reconciliação. Ela é fruto da alegria que inunda o coração. É por isso que os crentes são agradecidos, porque tem em seus corações alegria, que é um dos aspectos do fruto do Espírito Santo de Deus.
Jerry Bridges diz que um “coração agradecido é uma característica da vida cheia do Espírito”.
Se a tua vida é centrada em Deus, você será uma pessoa grata.
Mas o contrário é verdadeiro também: se a tua vida não estiver centrada em Deus, você será uma pessoa ingrata. E a ingratidão só traz prejuízo. Ela faz florescer ervas daninhas no coração: amargura, rancor, tristeza, raiva, e vai disseminando tantos outros tipos de pecado. Os espinhos da ingratidão machucam, abrem feridas.
Esse é o prejuízo que uma pessoa que está longe de Deus, que se distancia Dele, experimenta.
Foi o que o povo de Deus experimentou.
O profeta Jeremias foi usado para ser a voz de Deus ao Seu povo para os alertar de que, longe do Senhor, eles não seriam felizes, prósperos, bem-sucedidos. A mensagem de Jeremias era para que o povo voltasse para Deus, o seu Deus. O próprio Deus havia dito: “vocês serão o meu povo, e eu serei o Seu Deus”. O profeta alertava o povo a abandonar os seus ídolos, as práticas pagãs, os cultos a outros deuses e voltassem para o Senhor. Mas, como registrado em Jeremias 44.16, o povo disse: “Não obedeceremos à palavra que você nos anunciou em nome do Senhor”. A consequência disso, de ficarem longe do Senhor (e Deus tinha avisado o povo das consequências), era que eles seriam escravizados pelos povos inimigos. O que, de fato, aconteceu. O povo foi entregue nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e se tornou escravo.
Mas esse não é o fim da história. Deus estava castigando, disciplinando o Seu povo, mas não o abandonando. Ele fez a promessa de defender o Seu povo eleito.
Jr 50.33-34, diz: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Os filhos de Israel e os filhos de Judá sofrem opressão juntamente. Todos aqueles que os levaram cativos os retêm e não querem deixá-los ir embora. Mas o Redentor deles é forte; Senhor dos Exércitos é o seu nome. Certamente defenderá a causa deles, para aquietar a terra e inquietar os moradores da Babilônia”.
E, agora, nós estamos diante do cumprimento dessa promessa.
O Salmo 118 é o brilho libertador do sol da manhã após a escuridão aprisionante da noite.
É a volta do povo de Deus para a sua terra depois do exílio na Babilônia.
Esse Salmo faz parte de um grupo de Salmos que mostra a alegria do povo de Deus quando sai do cativeiro da Babilônia. Eles estão vivendo um novo Êxodo. O nosso Redentor, o nosso Deus, nos libertou. Ele nos salvou.
Esse Salmo coloca a atenção na reconstrução do Templo (onde Deus disse que manifestaria a Sua presença) e na reconstituição da comunidade de Israel em Jerusalém (o povo reunido novamente).
Também podemos ver a fé do povo (que havia passado tantos anos no sofrimento) no Senhor e no Seu cuidado com eles, com Seu povo escolhido. Eles não estavam mais distantes do seu Deus; agora, estavam perto Dele.
Se você está aqui hoje e se sente distante de Deus, se os espinhos da ingratidão estão machucando você com amargura, solidão, tristeza, com algum sofrimento, eu tenho uma boa notícia para te dar: o sangue do Redentor Jesus Cristo pode curar as suas feridas. Se você buscar a misericórdia e o amor eternos de Deus em Cristo, sua alma encontrará a árvore da vida que dá sombra para descansar e frutos doces de gratidão para saborear.
A verdadeira gratidão é encontrada na salvação que só Jesus oferece.
A gratidão flui da salvação.
Com isso, quero mostrar 3 aspectos da salvação no Salmo 118 para termos um coração cheio de gratidão.
1. O FUNDAMENTO DA SALVAÇÃO (vv.1-4)
Todo o Salmo 118 se baseia nos versos 1-4,29.
O salmista chama todo o povo a expressar a sua gratidão: “deem graças ao Senhor” todo o Israel (v.2), os sacerdotes – a casa de Arão (v.3), e aqueles que temem o Senhor (v.4), provavelmente se dirigindo à congregação dos fiéis reunida para a oferta de gratidão.
E, algumas evidências de que o que estava acontecendo aqui era um culto a Deus, são:
1. No verso 26 diz “da Casa do Senhor [templo], nós os abençoamos” – o templo era o local onde o povo se reunia para prestar culto a Deus;
2. No verso 27 diz “adornem a festa com ramos até as pontas do altar” – o altar ficava no templo, e era onde se fazia o sacrifício;
3. E, no verso 19, diz “abram as portas da justiça para mim; entrarei por elas e darei graças ao Senhor” – dado o contexto, podemos entender que essas portas são as portas do templo.
Agora, o motivo para essa celebração de gratidão a Deus é dito na repetição do refrão desse louvor a Deus: “porque a sua misericórdia dura para sempre”.
E, misericórdia, aqui, tem o sentido de amor leal, amor eterno, de aliança.
Então, o louvor de gratidão do povo era resultado do amor leal e eterno de Deus com eles, da aliança que Deus tinha feito com eles.
É muito provável que, enquanto eles cantavam, estivesse passando pela cabeça deles o texto de Deuteronômio 7.6-8:
“Porque vocês são povo santo para o Senhor, seu Deus. O Senhor, seu Deus, os escolheu, para que, de todos os povos que há sobre a terra, vocês fossem o seu povo próprio. 7 O Senhor os amou e os escolheu, não porque vocês eram mais numerosos do que outros povos, pois vocês eram o menor de todos os povos. 8 Mas porque o Senhor os amava e, para cumprir o juramento que tinha feito aos pais de vocês, o Senhor os tirou com mão poderosa e os resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito”.
Agora, eles estão passando por um novo Êxodo, o Êxodo da Babilônia, onde o Senhor os livrou com mão forte, por causa do Seu amor por eles. Ou seja, o fundamento da gratidão do povo é o amor eterno e leal de Deus por eles.
Hoje, essa verdade continua valendo. Nós somos libertos da escravidão do pecado e da condenação porque Deus manifesta o Seu amor em Cristo Jesus, enviando o Seu Filho, por amor, para morrer no nosso lugar e pagar o preço da condenação que estava sobre nós. Deus envia o Salvador por amor.
A gratidão não é fruto do nosso esforço, da nossa vontade, não é porque nós amamos a Deus, mas é porque Ele nos amou primeiro, porque Ele é fiel à Sua aliança e enviou a nós a salvação.
Somente um Deus eterno poderia pagar com efeito eterno o preço da condenação eterna e nos dar a vida eterna. E Ele fez isso por causa do Seu amor eterno.
Por isso temos a necessidade de meditar diariamente no amor de Deus por nós.
Nós sofremos muito de falta de memória. Nos esquecemos rápido de quem Cristo é e do que Ele fez por nós. Isso nos faz cair no pecado da murmuração, da indiferença, da insatisfação, da ira, da preguiça. Somos tentados a olhar para os nossos interesses e preferências. Vemos mais problemas nos outros do que em nós mesmos.
Mas precisamos voltar os nossos olhos para a cruz de Jesus e nos lembrar que não éramos merecedores do Seu amor e, mesmo assim, Ele manifestou a Sua graça e “nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz”.
Quanto mais olharmos para o amor de Deus estampado na cruz de Cristo, mais gratidão fluirá do nosso coração. As nossas palavras, as nossas ações serão mais santas e demonstrarão o caráter amoroso e misericordioso de Deus.
O fundamento da salvação de onde flui a gratidão é o amor de Deus.
2. O ENCORAJAMENTO DA SALVAÇÃO (vv. 5-21)
Receber o amor de Deus não é garantia de que não haverá sofrimento.
Eu não quero te enganar ou iludir, dizendo que o evangelho de Jesus exclui a possibilidade de sofrimento. Pelo contrário, é possível que as lutas aumentem.
Mas isso não deve ser motivo para desanimarmos nem mesmo de recusarmos a mensagem da cruz.
Olhe o verso 5: “Na angústia, invoquei o Senhor”.
Essa angústia que o povo vivia era o exílio, fruto da confiança em si mesmos, de acharem que não precisavam obedecer a Deus e andar com Ele.
É como se estivessem dizendo: “Nós podemos resolver os nossos problemas”, “nada acontecerá com a gente”.
E quantas vezes nós somos como eles, e dizemos as mesmas coisas, que não precisamos de Deus, que não precisamos uns dos outros. Pensamos que sozinhos temos a capacidade de solucionar os problemas que estamos vivendo. Confiamos na nossa própria força.
Mas é justamente nesses momentos que o Senhor tira todas as nossas forças; nos vemos sem chão, não sabemos onde nos apoiar.
Foi o que o salmista viu:
V.10: “Todas as nações me cercaram”;
V.11: “Elas me cercaram, sim, me cercaram de todos os lados”;
V.12: “Como abelhas me cercaram”;
V.13: “Empurraram-me violentamente para me fazer cair”.
Mas (volte para o versículo 5), “na angústia, invoquei o Senhor; e o Senhor me ouviu e me pôs a salvo”.
V.6: “O Senhor está comigo; não temerei. O que é que alguém pode me fazer? 7 O Senhor está comigo, para me ajudar”.
Se você tem carro, sabe que de tempos em tempos tem que fazer alinhamento e balanceamento dos pneus. Se não fizer, você vai gastar o pneu mais rápido e vai prejudicar outras partes do carro. Alinhar e balancear o carro é uma necessidade para que você tenha segurança de que não acontecerá algum problema enquanto estiver dirigindo.
A angústia é a oficina de Deus para alinhar e balancear a nossa confiança.
A conclusão na qual o salmista chegou na angústia dele, foi (versos 8 e 9):
“Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar nos seres humanos. Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar em príncipes”.
Deus usa o sofrimento para tirar de nós a confiança em nós mesmos e calibrar o nosso coração para colocarmos a confiança e buscarmos refúgio nos dias escuros da nossa vida no lugar certo, Nele. Deus é quem nos sustenta e nos ajuda.
É o que vemos na segunda parte do versículo 13: “porém o Senhor me ajudou”.
Quando Deus libertou o povo do Egito, Ele os liberto “com mão poderosa”, como lemos em Deuteronômio 7.8.
E, agora, com Deus libertando o povo da Babilônia, é usada a mesma figura (versos 15 e 16):
“Nas tendas dos justos há voz de júbilo e de salvação; a mão do Senhor faz proezas. A mão do Senhor se eleva, a mão do Senhor faz proezas”.
É no meio das lutas onde vemos com mais clareza a mão do Senhor fazendo proezas.
V.14: “O Senhor é a minha força e o meu cântico, porque ele me salvou”.
Você pode louvar a Deus no meio do sofrimento, porque a mão de Deus te salvou.
No meio das dificuldades, você tem a garantia de que está acolhido pelo amor de Deus. Você não está sozinho, Deus não abandona os Seus filhos.
Como diz no verso 18: “O Senhor me castigou severamente, mas não me entregou à morte”. Você pode sofrer, e sofrer muito, mas o amor de Deus, por meio de Cristo, te garante que você nunca será esquecido ou abandonado por Ele, porque o Seu amor dura para sempre.
E, se você está aqui hoje e não confia nesse Deus, se você está vivendo longe do Senhor, tentando viver pelos seus próprios esforços, se você acha que não precisa Dele, se você está vivendo momentos de angústia, a boa notícia para você hoje é que a mão do Senhor está estendida para te salvar.
Um dia essas mãos foram pregadas numa cruz para que os seus pecados fossem perdoados e você pudesse ser salvo.
Você pode clamar a esse Deus para que manifeste o Seu amor por você e ter a garantia de que os ouvidos Dele estão atentos ao seu clamor.
No versículo 21, o salmista relata essa experiência maravilhosa:
“Graças te dou porque me escutaste e foste a minha salvação”.
Você pode clamar a Ele: “Senhor, sê a minha salvação. Estende a tua mão para mim e me salva dos meus pecados”.
Quando o povo de Israel voltou da Babilônia, a alegria deles foi poder entrar pelas portas do templo.
Vv.19-20: “Abram as portas da justiça para mim; entrarei por elas e darei graças ao Senhor. Esta é a porta do Senhor; por ela entrarão os justos”.
Para você ter alegria hoje, você precisa entrar pela porta que se chama Jesus Cristo.
Em João 10.7,9, diz: “Então Jesus disse mais uma vez: - Em verdade, em verdade lhes digo que eu sou a porta das ovelhas. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, sairá e achará pastagem”.
A tua salvação é Jesus Cristo. Coloque a tua confiança Nele. Arrependa-se dos seus pecados e olhe para Jesus, colocando a tua fé Naquele que morreu para te salvar.
Povo de Deus, o sofrimento é um encorajamento para buscarmos a Deus. É no sofrimento que o Senhor aperfeiçoa Seus filhos. Nesses momentos, precisamos nos lembrar sempre: Ele me salvou com mão poderosa.
A salvação é maior que a dor. O amor de Deus é a garantia de estarmos protegidos quando somos afligidos.
O encorajamento de que Deus é uma Torre Forte, uma Rocha firme que não se abala e que podemos confiar Nele e nos apoiarmos no Seu amor é o que faz florescer a alegria no nosso coração.
3. O FORTALECIMENTO DA SALVAÇÃO (vv. 22-28)
Nessa última parte, vemos uma explosão de alegria do povo de Deus pela salvação que receberam.
V.24: “Este é o dia que o Senhor fez; exultemos e alegremo-nos nele”.
Depois de tantos anos no exílio, chegou o dia da libertação. Agora eles estão em casa, voltaram para sua terra.
Uma das primeiras coisas que eles pensaram em fazer foi uma festa (v.27: “O Senhor é Deus, ele é a nossa luz; adornem a festa com ramos até as pontas do altar”).
Se faz festa quando se tem motivo para festejar, quando se está alegre.
Agora, olhe comigo o versículo 22:
“A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular”.
Quando o povo foi levado cativo para a Babilônia, tudo o que eles tinham foi tirado deles ou destruído. O templo havia sido destruído.
Quando eles voltaram do exílio babilônico, a preocupação deles era reconstruir o templo para que pudessem adorar a Deus e estar na presença Dele novamente (pois era no templo que o Senhor tinha dito que manifestaria a Sua presença).
A pedra angular era uma pedra colocada como alicerce e servia de base e alinhamento para toda a estrutura que fosse colocada sobre ela. Era a pedra mais importante da obra, essencial para a estabilidade de toda a construção.
Quando essa pedra foi colocada, o povo cantou ao Senhor.
Ed 3.10-11: “Quando os construtores lançaram os alicerces do templo do Senhor, apresentaram-se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos, para louvarem o Senhor, segundo as instruções deixadas por Davi, rei de Israel. 11 Cantavam responsivamente, louvando e dando graças ao Senhor, com estas palavras: Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando o Senhor por terem sido lançados os alicerces da Casa do Senhor”.
A alegria do povo, o motivo da festa deles, foi poder ter o alicerce do templo para que pudessem estar diante de Deus novamente.
Os inimigos rejeitaram o povo de Deus, fizeram o povo sofrer, mas o amor de Deus não falha e os trouxe de volta para a Sua presença. O louvor deles foi: “a sua misericórdia (seu amor leal e eterno, a sua aliança) dura para sempre”.
Em Marcos 12, o Senhor Jesus usa o Salmo 118.22 para concluir a parábola que Ele contou sobre os lavradores maus, que rejeitam os servos do dono da vinha e que matam o filho do dono da vinha. O ponto é que Jesus estava falando sobre Ele mesmo. Ele era a pedra que os construtores rejeitaram.
Então, o que Jesus estava fazendo era mostrar que Ele era a pedra angular, a pedra fundamental. Mas, também, estava se colocando no lugar de Israel.
- Israel foi rejeitado pelos seus inimigos; Jesus foi rejeitado pelos homens.
- Israel sofreu nas mãos dos seus inimigos; Jesus sofreu na mão dos homens.
- Israel experimentou no exílio uma morte; Jesus também passou por um exílio, estando sozinho na cruz e sendo abandonado por todos e, também, pelo Pai.
- Mas Israel experimentou uma espécie de ressurreição, quando voltou para Jerusalém; Jesus ressuscitou dos mortos e vive para todo o sempre.
Hoje, nós podemos desfrutar da vida por meio de Cristo, porque Ele é a pedra angular, o alicerce firme das nossas vidas, Ele é a Rocha inabalável.
Como já foi lido hoje em 1 Pedro 2, nós somos edificados casa espiritual, como povo eleito de Deus, sobre a pedra angular, a pedra que vive, para com Deus eleita e preciosa, Jesus Cristo.
Jesus é a pedra angular do templo, e hoje, o templo somos nós, habitação do Espírito Santo, edificados casa espiritual.
Salmo 40.2, diz: “Tirou-me de um poço de perdição, de um atoleiro de lama; colocou os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos”. Essa rocha é Jesus.
Nós também somos fracos em nós mesmos, como Israel era, mas somos fortalecidos quando nossa fé é colocada em Jesus.
Ele nos sustenta nas nossas fraquezas; Ele sustenta a nossa fé; Ele sustenta a nossa salvação e garante que chegaremos na vida eterna.
Isso é certo porque foi Ele mesmo, Jesus, quem colocou os nossos pés sobre a rocha e firmou os nossos passos.
Por isso o fraco pode dizer: “eu sou forte no Senhor”.
Nos nossos dias mais fracos somos encorajados a confiar no Senhor, mas, também, somos fortalecidos sabendo que podemos nos apoiar inteiramente Nele e no Seu amor.
Nós também somos fortalecidos pelas promessas de Deus.
V.25: “Oh! Salva-nos, Senhor, nós te pedimos”.
V.26: “Bendito o que vem em nome do Senhor”.
Esses dois trechos correspondem a duas expressões que o povo cantava nessa festa que estavam fazendo: no verso 25 eles cantavam “Hosana!” (Salva, pedimos) e, no 26, eles cantavam “Benedictus!” (Bendito o que vem).
A expressão de gratidão do povo de Israel demonstrava a sua confiança no Messias que haveria de vir e salvar, definitivamente, aqueles que cressem Nele.
Esse Messias veio. Quando Jesus estava entrando em Jerusalém, o colocaram sobre um jumentinho e cantaram para Ele: “Hosana! Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor!”.
Jesus é o bendito Rei que veio para salvar. A promessa foi cumprida.
Mas existe uma outra promessa, que também será cumprida.
A promessa é: esse Jesus irá voltar para buscar aqueles que Ele salvou com o Seu sangue para morar eternamente com Ele.
Haverá um dia, chamado de o “Dia do Senhor”. Nesse dia, Jesus Cristo voltará com poder e glória para buscar aqueles que depositaram a sua confiança Nele, que creram que Ele é o Salvador, que suportaram as aflições desse mundo olhando para Ele. Nesse dia, todo o povo de Deus, de todas as eras, estará junto exultando e se alegrando Nele.
Nós o adoraremos pelo tão grande amor com que Ele nos amou.
Nós cantaremos como o salmista cantou no versículo 28: “Tu és o meu Deus”.
Saber que ele cumprirá a Sua promessa de nos levar para junto Dele fortalece o nosso ânimo enquanto vivemos desse lado do céu.
CONCLUSÃO (v.29)
O salmista conclui chamando o povo a dar graças ao Senhor porque o Seu amor é firme, é leal, é eterno.
O fundamento da nossa salvação é o amor de Deus.
O encorajamento para confiarmos Nele é porque Ele nos ama.
Somos fortalecidos Nele porque causa do Seu amor por nós.
O Senhor cumprirá a Sua promessa porque Ele nos ama.
Se você não tem vivido uma vida de gratidão, eu quero te chamar a meditar no amor de Deus por você.
Todas as vezes que você pensar em murmurar, em se isolar, em agir de forma dura, em não amar, em não perdoar, em não reconciliar; ou se isso não é apenas um pensamento, mas algo que já foi feito, você precisa parar e meditar na humilhação de Jesus, no quanto Ele sofreu, quanta blasfêmia Ele suportou pacientemente, meditar na sua morte, sendo crucificado injustamente, para que você pudesse ser salvo por meio Dele e pelo que Ele fez.
Você precisa meditar no fato de ter sido amado “de tal maneira”, e que esse amor foi manifestado na humilhação e sofrimento de Cristo, para que fosse possível você ser liberto da escravidão dos seus pecados, liberto da condenação eterna, da ira de Deus, e viver em alegria, sabendo que o seu lar celestial e a vida eterna com Deus estão garantidos.
Que tenhamos o hábito de dar graças a Deus continuamente, de agradecer de maneira específica pelas bênçãos materiais e espirituais que Ele nos dá.
Que a salvação que temos em Cristo faça florescer gratidão no nosso coração; uma verdadeira gratidão que nos faça sempre cantar:
“Por tudo o que tens feito
Por tudo o que vais fazer
Por Tuas promessas e tudo o que és
Eu quero te agradecer com todo o meu ser
Te agradeço, meu Senhor
Te agradeço por me libertar e salvar
Por ter morrido em meu lugar
Eu te agradeço”
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