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Lucas 23:13-35: De Fato, O Senhor Ressuscitou!

  • Foto do escritor: Pastor Caique Resende
    Pastor Caique Resende
  • há 1 minuto
  • 25 min de leitura

20 de abril de 2025 – IBJM




A palavra Evangelho significa boas novas. Boas Notícias.

O Evangelho sem dúvida é uma boa notícia.

 

Na verdade, ele não é uma boa notícia.

Ele é A BOA NOTÍCIA.

É a notícia mais importante do Universo.

A notícia que o ser humano mais precisa!

 

A nossa expectativa por uma notícia é proporcional à importância dessa notícia.

E a importância da notícia é proporcional à necessidade em volta da notícia.

 

Vou tentar ilustrar essa realidade com alguns exemplos.

 

Um homem que gosta de futebol ouve dizer que um grande jogador está sendo especulado para jogar no time que ele torce.

Isso gera uma expectativa sobre a notícia dessa contratação. Esse homem fica esperando para saber se o jogador será contratado para jogar no seu time ou não.

 

Agora imagina, esse mesmo homem, se ele é um pai de família e está desempregado e fez uma entrevista concorrendo a uma vaga de emprego.

E agora ele tem expectativa, ele espera a notícia sobre o resultado da entrevista.

Se ele será contratado ou não.

Se ele terá um meio de prover para sua família ou não.

 

Agora, imagina que esse mesmo homem, esteja passando por uma situação de um problema grave de saúde do seu filho. E que o seu filho tenha passado por exames que trarão respostas sobre a saúde dele e a real gravidade do problema...

Se você pegar esse homem e perguntar qual das três situações gerou mais expectativa sobre a notícia a ser recebida, eu não tenho dúvida de que ele vai responder que é essa última. Ele quer saber sobre a saúde do seu filho!

 

Por quê?

Por que a notícia do emprego gera uma expectativa maior que a notícia da contratação do seu time de futebol?

E por que a notícia sobre a saúde do seu filho gera maior expectativa do que ambas?

 

Porque a expectativa é proporcional a importância da notícia!

Quanto maior é a importância da notícia na nossa vida, maior é a nossa expectativa.

E a importância ganha peso conforme a necessidade da situação!

 

E por que eu estou falando tudo isso?

Porque eu comecei dizendo que o Evangelho não é uma boa notícia, mas é A BOA NOTÍCIA.

A mais importante do Universo.

 

E o Evangelho é essa boa notícia, justamente porque ela responde à maior necessidade que temos em toda a nossa vida.

E qual é essa necessidade?

É a necessidade que temos de SALVAÇÃO!

 

Mais do que um emprego.

Mais do que saúde das pessoas que amamos.

Mais do que a nossa própria saúde.

 

A Bíblia diz que a nossa maior necessidade é que precisamos de salvação!

Não de bens materiais, não de sucesso na carreira... de salvação!

 

Precisamos de salvação porque somos pecadores, e porque Deus é santo!

O nosso pecado nos traz condenação.

E nós precisamos de salvação para essa condenação que está sobre nós!

 

Essa é a maior necessidade da sua vida!

E ela afeta todas as outras.

 

Ou Deus nos salva dessa condição de condenação...

Ou nós sofreremos eternamente muito mais do que qualquer sofrimento que a gente possa experimentar nessa vida presente.

 

Por isso, eu quero te dar uma boa notícia: Deus proveu esse caminho de salvação!

 

Deus proveu salvação para pecadores serem livrados do sofrimento eterno, e mais do que isso, poderem desfrutar da sua doce e gloriosa presença para todo o sempre!
Ter comunhão com ele para sempre.

 

É disso que se trata a mensagem do Evangelho.

É disso que se trata a Páscoa comemorada no calendário cristão.

É disso que se trata Lucas 24.

  

A narrativa que acabamos de ler em Lucas 24 acontece no ponto alto do cumprimento da mensagem do Evangelho.

O Senhor Jesus havia acabado de passar pelo mais terrível sofrimento da cruz, sendo esmagado pela ira de Deus por causa dos nossos pecados, passando pela morte que era nossa.

 

Mas a mensagem do Evangelho não acaba na cruz!

O Evangelho diz que Jesus passou pela morte, sim.

Mas a boa notícia consiste em que Jesus venceu a morte!

 

O propósito de Lucas no capítulo 24 é mostrar de forma concreta e comprovada que Cristo, sim, ressuscitou segundo as Escrituras.

 

Ele faz isso relatando três narrativas sobre homens e mulheres que seguiram Jesus, e que tal como atestaram a sua morte na cruz, também atestaram a sua ressurreição. Eles o viram com os próprios olhos!

 

O nosso trecho de hoje se trata da segunda narrativa dentre essas três.

Quando dois discípulos tiveram esse encontro pessoal com Cristo ressuscitado.

 

Eu quero expor essa maravilhosa história dividindo-a em 5 capítulos.

 

1.     A Tristeza dos Discípulos antes da Ressurreição

2.     As Convicções dos Discípulos antes da Ressurreição

3.     As Palavras de Cristo aos Discípulos depois da Ressurreição

4.     A Visão dos Discípulos sendo aberta para a Ressurreição

5.     A Reação dos Discípulos depois da Ressurreição

 

Vamos começar pela tristeza dos discípulos antes da ressurreição de Cristo.

Temos dois discípulos, entristecidos e incrédulos sobre a morte do seu Senhor.

 

1.   A TRISTEZA DOS DISCÍPULOS [vv. 13-18]


[verso 13] Naquele mesmo dia, dois discípulos estavam indo para uma aldeia chamada Emaús, que ficava a uns dez quilômetros de Jerusalém.

[14] E iam conversando a respeito de tudo o que tinha acontecido. 

 

Lucas começa nos relatar aqui uma história.

E Lucas nos dará muitas informações do que aconteceu nessa história.

Mas ele também não nos dará algumas informações dessa história.

 

• QUANDO: naquele mesmo dia

Ele começa dizendo quando aquele fato ocorreu: naquele mesmo dia.

Que dia? Mesmo dia do que?

 

O mesmo dia que aconteceu o fato anteriormente narrado, nos versículos 1 ao 12.

 

[verso 1] Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, as mulheres foram ao túmulo, levando os óleos aromáticos que haviam preparado. 

 

A nossa história se passa no domingo da ressurreição de Jesus.

Que aconteceu no primeiro dia da semana, domingo.

 

Nesse dia algumas mulheres tinham ido ao túmulo de Jesus levando óleos aromáticos, imaginando que ali estaria o corpo de Jesus que havia sido morto.

Mas ao chegarem ao túmulo, elas não encontram o corpo.

Elas encontram um anjo que lhes anunciou que Jesus havia ressuscitado, conforme ele tinha dito que aconteceria (vs. 6).

 

Isso foi a informação do QUANDO aconteceu a história.

Agora, Lucas informa:

 

• ONDE: a história se passou em algum ponto do percurso de Jerusalém para uma aldeia chamada Emaús.

 

E Lucas também nos dá a informação do:

 

• QUEM: Quem estava naquele mesmo dia a caminho de Emaús? Dois discípulos.

Discípulo era o termo usado para aqueles que seguiram Jesus durante o seu ministério terreno, que se colocaram debaixo de seu ensino.

  

Então Lucas nos dá muitas informações da nossa história relatada:

Quando aconteceu, onde aconteceu e com quem aconteceu.

 

Mas Lucas não nos dá algumas informações.

 

1.     Quem exatamente eram esses discípulos?

A princípio Lucas não diz quem era nenhum dos dois.

E depois ele só diz quem era um deles.

No verso 18 ele diz que um deles era: Cleopas.

 

2.     Mas quem era esse tal Cleopas?

Lucas não diz. Ele nunca foi apresentado em nenhum texto dos evangelhos.

 

3.     E quem era o outro que estava com Cleopas?

Lucas também não diz.

 

4.     Por que eles estavam indo para Emaús?

Lucas também não diz.

 

Muitas informações são dadas.

Algumas não.

Isso vai acontecer algumas vezes nessa e em outras narrativas.

 

E por que? Por que algumas informações são dadas e outras não?

É uma boa pergunta.

 

E uma boa resposta é que: Lucas nos dá as informações que precisamos saber.

E não foi Lucas que jugou o que precisávamos saber.

Mas o próprio Deus, que inspirou o texto, que jugou isso.

 

E as informações que nos SÃO dadas, e a ausência daquelas que NÃO nos são dadas, nos ajudam a entender qual é o foco do texto, qual é o seu ponto central.

 

Neste caso, nos ajuda a perceber que: apesar de ser uma narrativa dos dois discípulos, o foco não é os discípulos.

O ponto não está em contar uma biografia de um homem chamado Cleopas.

Ou o relato de uma grande viagem de Cleopas e seu companheiro.

 

O foco estava em outro quem.

Não nos dois discípulos, mas em QUEM ESTAVA COM os discípulos.

E quem era?

Jesus! O mestre deles!

 

• OUTRO QUEM: JESUS


[15] Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles.

 

Pronto, agora temos o protagonista presente!

Literalmente presente! Literalmente em carne e osso!

Essa expressão nunca teve tanto poder quanto nessas narrativas da presença de Jesus ressuscitado.

 

Sim, aquele Jesus que havia padecido numa cruz... agora estava ali, ressuscitado!

Tão vivo quanto os dois discípulos, tão real quanto eles, tão corporalmente presente quanto eles.

Ele, Jesus, é o protagonista dessa história!

A história se trata dele e da sua ressurreição!

 

Os discípulos foram usados como instrumentos para confirmarem o que era mais importante nesse enredo: a notícia que Cristo ressuscitou.

 

E essa é a mesma realidade sobre a nossa história.

Nós não somos protagonistas.

Você não é o protagonista da sua história.

 

A sua vida encontrará propósito real à medida que você entende que você vive para a glória de outro!
Para a glória do único digno de receber glória: Deus!

 

O nosso trabalho não é sobre nós.

A nossa família não é sobre nós.

As nossas conquistas, as nossas lutas e dificuldades...

 

Não se trata de nós!

É tudo sobre ele! Uma vida para a glória dele!

Um canal para que Cristo seja proclamado, e glorificado!

 

E é assim que devemos viver.

Que as pessoas nem saibam o nosso nome...

Mas que elas saibam o nome daquele em quem nós cremos!

Não saibam que somos. Mas saibam quem nos salvou.

 

Lucas está relatando, com informações e ausência de informações, de uma forma intencional com que a situação não esteja focada nos discípulos.

Mas em Cristo!

 

• Impedidos de o Reconhecer

E os discípulos, que eram chamados assim porque seguiram Jesus, caminharam com Jesus... não reconheceram Jesus.

 

[16] Porém os olhos deles estavam como que impedidos de o reconhecer.

 

E como que impedidos de o reconhecer, eles ouvem uma pergunta de Jesus, que os faz expressar o que estava no seu coração: tristeza!

 

[17] Então ele lhes perguntou:

  — O que é que vocês estão discutindo pelo caminho?

  E eles pararam entristecidos.  

 

Lucas novamente está nos dando muitas informações da história.

 

• O QUE

Agora ele nos diz o que os discípulos faziam: conversavam, iam conversando.

E Lucas ainda nos diz o que conversavam: sobre tudo o que tinha acontecido.

Ele nos diz até o que estava no coração daqueles discípulos: tristeza. Estavam entristecidos.

 

Mas novamente, Lucas não nos dá algumas informações:

 

1.     Por que Jesus se encontrou exatamente com esses dois discípulos? Que até então são desconhecidos aos leitores do Novo Testamento?

Lucas não diz.

 

2.     E a pergunta que, para mim, é a mais intrigante: por que esses discípulos não puderam reconhecer o próprio mestre deles?

 

3.     E mais especificamente, por que eles foram “como que impedidos de o reconhecer”?Essa expressão mostra que foi algo externo aos discípulos que fez com que eles não reconhecessem Jesus. Eles foram como que impedidos!

 

Bom, Lucas não nos dá essas informações. Pelo menos não diretamente.

 

Mas novamente: as informações que Lucas dá, e a ausência das informações que ele NÃO dá, quer nos mostrar o que é mais importante!

 

Nesse trecho, a informação importante é que os discípulos estavam entristecidos!

 

Se o coração dos discípulos fosse expresso por uma estação do ano, certamente seria o inverno.

O coração deles estava gelado de tristeza.

 

Mas por que eles estavam entristecidos?

 

Esse o próximo capítulo da nossa história.

A tristeza dos discípulos tinha a ver com as convicções dos discípulos!

 

2.   AS CONVICÇÕES DOS DISCÍPULOS [vv. 18-24]

Os discípulos pararam entristecidos quando Jesus fez uma pergunta: o que eles estavam discutindo no caminho.

 

E Lucas continua relatando a história no verso 18:


[18] Um, porém, chamado Cleopas, respondeu:

  — Será que você é o único que esteve em Jerusalém e não sabe o que aconteceu lá, nestes últimos dias?

 

A resposta desse irmão amado chamado Cleopas, nos mostra que ele realmente não reconhecia que era Jesus!

 

Cleopas, meu irmão, como você fala assim com o Rei do Universo?

Como você fala assim com quem havia acabado de morrer numa cruz justamente por você, para perdoar os seus pecados?

 

Se tem alguém que realmente sabe o que aconteceu em Jerusalém nos últimos dias era ele, Jesus!

O protagonista de tudo o que aconteceu em Jerusalém e de tudo que acontece no Universo!

 

Mas Cleopas estava impedido de ver com quem ele conversava.

 

E Jesus vai questioná-lo, justamente para ouvir a sua resposta sobre o que havia acontecido.

Jesus está conduzindo esse diálogo e essa história.

 

E na resposta dos discípulos, podemos ver suas convicções!

Que eram também a causa de sua tristeza.

 

Veremos na resposta deles, três categorias de convicções que eles tinham:

 

1.     Convicções sobre quem era Jesus

2.     Convicções sobre o que envolveu a crucificação de Jesus

3.     Convicções sobre a ressurreição de Jesus [ou falta de convicção sobre isso]

 

Vejam o que eles acreditavam sobre Jesus.

 

• SOBRE JESUS


[verso 19] Ele lhes perguntou:

  — Do que se trata [o que aconteceu nos últimos dias em Jerusalém]?

  Eles explicaram:

— Aquilo que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que era profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo

 

Percebam, esses homens de fato seguiram Jesus, de fato eram discípulos!

Eles acreditavam que Jesus tinha um ministério profético.

Eles acreditavam que Jesus era poderoso!

Tanto em obras: ele fez maravilhas, multiplicando alimento, transformando água em vinho; fez milagres, curando enfermos, ressuscitando mortos, ele expulsou demônios e perdoou pecados.

Quanto em palavras: o seu ensino tinha autoridade, tinha poder!

E tudo isso tanto diante de Deus, quanto dos homens!

  

Mas Jesus não era somente profeta.
E nem somente alguém poderoso.
Jesus era o Salvador prometido! O Messias!

 

E parece que os discípulos acreditaram nisso também.

Pelo menos em algum sentido.

 

[verso 21] Nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir Israel.

 

Eles disseram que esperavam algum tipo de redenção em Jesus!

 

Talvez a sua convicção sobre o papel messiânico de Jesus poderia estar um pouco nebulosa com expectativas terrenas, de redenção política a Israel que estava sendo dominado por Roma naqueles dias.

Mas Lucas não nos dá essa informação com clareza.

 

A informação que Lucas nos dá é que os discípulos acreditavam em muitas verdades sobre Jesus.

Eles tinham convicções sobre quem Jesus era.

 

E eles também tinham convicções sobre o que aconteceu na sua crucificação.

 

• SOBRE A CRUCIFICAÇÃO


[20] e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.

 

Jesus foi crucificado na mão de Pôncio Pilatos, autoridade do governo de Roma.

Em um sentido, foram os Romanos que executaram Jesus.

 

Mas esses dois discípulos tinha uma perspectiva mais apurada sobre a crucificação: Jesus foi morto pelo seu próprio povo!

 

Lucas diz que foram “os sacerdotes e as nossas autoridades”, que o entregaram e o crucificaram.

Jesus foi entregue aos romanos pelo seu próprio povo, que clamava para que ele fosse crucificado.

 

Essa é a mesma abordagem usada por Pedro em seu sermão em Atos 2:

 

[Atos 2:22] — Israelitas, escutem o que vou dizer: Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus diante de vocês com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou entre vocês por meio dele, como vocês mesmos sabem,

[23] a este, conforme o plano determinado e a presciência de Deus, vocês [israelitas] mataram, crucificando-o por meio de homens maus. 

 

Em Atos 3 Pedro repete isso no templo.

E Paulo dá a mesma ênfase quando prega na sinagoga em Antioquia, em Atos 13.

 

Portanto, a perspectiva desses dois discípulos sobre a crucificação de Jesus estava alinhada com a perspectiva dos apóstolos, e da Bíblia.

 

Os Romanos não são inocentes, Pilatos não foi inocente.

Mas Jesus foi rejeitado e traído pelo seu próprio povo.

 

Portanto, os discípulos tinham boas convicções sobre Cristo.

E tinham convicções ajustadas sobre questões que envolviam a crucificação.

 

Mas seguindo o relato, veremos que eles tinham dilemas graves sobre a morte de Jesus e a sua ressurreição.

 

• SOBRE A RESSURREIÇÃO


[21] Nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir Israel. Mas, depois de tudo isto, já estamos no terceiro dia desde que essas coisas aconteceram.

[22] É verdade também que algumas mulheres do nosso grupo nos surpreenderam. Indo de madrugada ao túmulo [23] e não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo que tinham tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. [24] De fato, alguns dos nossos foram ao túmulo e verificaram a exatidão do que as mulheres disseram; mas não o viram.

 

Já estava no terceiro dia desde que aquelas coisas tinham acontecido.

E isso já demonstrava uma frustração no coração dos discípulos.

 

Eles esperavam que Jesus era quem havia de redimir Israel.

MAS.

Já estava no terceiro dia e nada havia acontecido.

 

O relato dos discípulos mostra que apesar de boas convicções, eles tinham dilemas problemáticos sobre o que tinha acontecido!

 

Eles sabiam quem havia matado Jesus – o seu próprio povo.

Mas eles tinham problemas de fé para entender a sua morte e a sua ressurreição.

 

Eles atestavam que Jesus não estava morto no túmulo.

Mas ainda não criam que Jesus estava vivo fora do túmulo.

Porque ninguém tinha o visto.

 

E por isso, por causa dessa incredulidade, depois de ouvir, Jesus agora vai FALAR aos discípulos!

Ele tinha uma palavra para eles.

 

E a sua palavra consistia em repreensão e exposição.

Esse é o terceiro capítulo dessa história.

 

3.   A PALAVRA AOS DISCÍPULOS [vv. 25-28]


• A REPREENSÃO

[25] Então ele lhes disse:

  — Como vocês são insensatos e demoram para crer em tudo o que os profetas disseram!

[26] Não é verdade que o Cristo tinha de sofrer e entrar na sua glória?

 

Meus irmãos, Jesus começa os respondendo com uma palavra de repreensão.

E a repreensão de Jesus está à altura da gravidade dos problemas teológicos dos dois discípulos!

 

Se eles não cressem no que de fato aconteceu na cruz, e no que Jesus havia dito sobre a ressurreição, a salvação deles estaria comprometida!

 

O que nós cremos sobre Cristo é fundamental sobre a nossa salvação.

Não tem espaço para imprecisões fundamentais sobre quem Cristo é e a sua obra.

Essas convicções precisam estar claras e precisas em nossos corações!

 

Por isso, Jesus os repreende por insensatez.

A forma como eles estavam enxergando os fatos não era sensata!

Mais do que isso: a forma como eles estavam CRENDO não era sensata!

 

Jesus os repreende mostrando qual era o problema na insensatez deles:


[25] Como vocês demoram para crer em tudo o que os profetas disseram!

 

O problema dos discípulos não estava na demora dos três dias!

O problema dos discípulos estava na demora deles em crer!

 

O problema dos discípulos não estava no fato de Jesus não ter sido visto pelos homens que foram verificar o túmulo.

O problema dos discípulos estavam em não ver o que as Escrituras já tinham dito sobre a morte e ressurreição de Cristo!

 

E esse contexto traz luz ao fato de os discípulos serem impedidos de reconhecer Jesus!

 

Antes de reconhecer Jesus pelos olhos do corpo, aqueles homens deveriam reconhecer Jesus pelos olhos da fé!

 

Eles deveriam CRER que Jesus ressuscitou pelo que a Bíblia dizia, e não somente porque eles viram com os olhos.

 

O que Jesus respondeu a Tomé depois dele ter crido na ressureição somente após tocar o corpo físico de Jesus?

 

[João 20:29] Jesus lhe disse: — Você creu porque me viu? Bem-aventurados são os que não viram e creram.

 

Os discípulos deveriam crer na ressurreição antes de ver que era Jesus ali ressuscitado!

 

Pergunta: E qual é o caminho para alguém crer na ressurreição?

Resposta: No caminho de Emaús, Jesus mostrou o caminho: É PELA PALAVRA!

 

[Romanos 10:17] E, assim, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo. 

 

Jesus na repreensão diz que eles demoraram para crer em tudo que OS PROFETAS disseram.

 

Por isso, após a palavra de repreensão, vem a palavra de exposição do Senhor.

Ou melhor ainda, a exposição da Palavra!

 

• A EXPOSIÇÃO


[27] E, começando por Moisés e todos os Profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras.

 

Meus irmãos amados... eu tenho ouvido comentários maravilhosos sobre as aulas do Pr. Brian Pate na sala de estudos bíblicos sobre o Pentateuco e agora os Livros Históricos.

 

Irmãos dizendo como têm aprendido a ver Jesus em cada livro do Antigo Testamento.

Eu sei bem como é esse sentimento, porque eu também já aprendi muito com o Brian sobre isso.

 

Agora, eu sei que o Brian vai concordar comigo: você pode imaginar ter uma aula dessa com o próprio Senhor Jesus?!

 

Jesus está com esses dois homens, que criam nele, que seguiram ele, que estavam com problemas teológicos sérios e com falta de fé...

E ele abre A BÍBLIA, e mostra para os discípulos na BÍBLIA como tudo na BÍBLIA dizia a respeito dele!!!

 

Meus irmãos, Jesus estava dando a melhor aula de Teologia Bíblica que nenhum seminário jamais teve!

E ainda depois teve parte 2 dessa aula!

 

Logo depois de toda essa história com os dois discípulos no caminho de Emaús.

Jesus se encontra com eles e com os onze apóstolos e outros discípulos que estavam todos reunidos.

Ele mostra suas mãos, seus pés, fala para tocarem nele e ver que era real.

Ele come com eles.

E em seguida, o que acontece?

 

[44] A seguir, Jesus lhes disse:

  — São estas as palavras que eu lhes falei, estando ainda com vocês: era necessário que se cumprisse tudo o que está escrito a respeito de mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.

[45] Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. 

 

Percebam as semelhanças nas duas narrativas!

1.     Jesus se apresenta diante de seus discípulos.

2.     Os discípulos não reconhecem Jesus.

No caso dessa segunda narrativa, Jesus ainda colocou diante deles a materialidade do seu corpo! Falou para tocarem, e ainda comeu com eles!

Era Jesus em carne e osso!

 

Mas Jesus não mostrou somente a prova física.

3.     Jesus os levou à Palavra!

 

E lhes abriu o entendimento para que compreendessem que as Escrituras, especialmente nesse contexto, o Antigo Testamento, se tratava dele!

Toda a Bíblia se trata de Jesus!

 

A Bíblia hebraica, o Antigo Testamento, era categorizada nesses três maiores grupos:

- A Lei de Moisés: que incluía os cinco primeiros livros, o chamado também de Pentateuco.

- Os Profetas: que incluíam os livros dos Profetas Maiores, os Profetas Menores e os Livros Históricos.

- e Os Salmos: que além dos 150 salmos do saltério, incluía também os livros de sabedoria da Bíblia.

 

Ou seja, Jesus estava dizendo que toda a Bíblia se tratava dele!

 

Imagino Jesus passando por Isaías 52 e 53 com aqueles homens.

Passando por Gênesis 3:15.

Por cada aliança instituída pelo Senhor.

Por cada narrativa que mostrava um padrão messiânico.

Por cada livro das Escrituras, mostrando que elas se trata de Jesus!

 

E você pode ser perguntar: o que a Bíblia diz a respeito de Jesus?

Por um lado, muitas coisas.

 

Por outro lado, Jesus faz um resumo aqui!

 

[26] Não é verdade que o Cristo tinha de SOFRER e ENTRAR NA SUA GLÓRIA?

 

[46] — Assim está escrito que o Cristo tinha de SOFRER, RESSUSCITAR dentre os mortos no terceiro dia, [47] e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando em Jerusalém.

 

Jesus mostrou que o que as Escrituras diziam a seu respeito é que: ELE ERA O SALVADOR QUE PECADORES PRECISAVAM!

 

Jesus estava mostrando que as Escrituras anunciam uma grande notícia!

Anunciam A BOA NOTÍCIA!

QUE EXISTE SALVAÇÃO PARA PECADORES NECESSITADOS DE REDENÇÃO!

Existe salvação para uma humanidade caída e debaixo da condenação.

 

E essa salvação viria por meio de sofrimento, de morte, de cruz.

Mas seguida de triunfo, de glória.

Na ressurreição e na ascensão de Jesus.

 

Cristo TINHA de sofrer e entrar na sua glória!

Isso tinha a ver exatamente com o termo que os discípulos usaram: REDIMIR.

 

Os dois discípulos no caminho de Emaús diziam que esperavam que Jesus havia de redimir Israel.

REDENÇÃO é o termo usado para falar sobre livramento por meio de pagamento de um preço.

Um escravo era redimido, quando ele era liberto por determinado preço que havia sido pago por sua liberdade.

 

Os discípulos que esperavam por redenção de Israel mostraram que não havia entendido exatamente qual seria a redenção de Israel!

Eles não entenderam, ou não creram, exatamente no preço que era necessário para que o povo de Deus fosse liberto.

 

E Cristo mostrou na Bíblia que o preço era o sofrimento do próprio filho de Deus.

O Messias viria para resgatar o seu povo não por meio de revolução política.

Ele viria para resgatar o seu povo pagando o preço da condenação de morte.

Ele morreria no lugar de pecadores, sendo esmagado pela ira santa de Deus que estava em direção a pecadores.

 

E assim, não somente Israel, mas todo aquele que cresse, de toda a nação, seria liberto da condenação do pecado!

 

Na morte de Jesus, onde os discípulos estavam perdendo a esperança de redenção, foi exatamente onde Jesus conquistou a redenção.

 

Na cruz o Filho de Deus se fez sacrifício diante do Pai, para que a condenação dos nossos pecados fosse paga.

 

E na ressurreição, temos a certeza de que o Pai recebeu o sacrifício do Filho, mostrando que a dívida realmente havia sido paga.

 

Os discípulos ainda não enxergavam tudo isso, e esperavam por uma boa notícia!

 

E depois de ver nas Escrituras a verdade na qual o coração deles deviam crer sobre a sua ressurreição, agora eles estavam prontos para reconhecer com os próprios olhos, que era o seu Mestre que estava ali diante deles ressuscitado.

 

E esse é o quarto capítulo da nossa história.

Jesus não deixaria seus discípulos amados impedidos de o reconhecer!

Ele abriria a sua visão.

 

4.   A VISÃO DOS DISCÍPULOS [vv. 28-32]


[28] Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, ele fez menção de passar adiante.

[29] Mas eles o convenceram a ficar, dizendo:

  — Fique conosco, porque é tarde, e o dia já está chegando ao fim.

E entrou para ficar com eles.

 

Depois das aulas de Teologia Bíblia, os três estavam chegando a Emaús.

E Jesus então faz menção de passar adiante da aldeia.

 

Lucas nos dá muitas informações nas narrativas.

Mas ele não nos dá algumas informações.

 

Ele não diz o porquê que Jesus passaria adiante.

Mas ele diz que os discípulos o convenceram a ficar.

Dizendo acerca do fim do dia, o que significava que não era um horário seguro para seguir viagem.

 

A ideia aqui não é que Jesus foi contrariado, foi convencido a fazer algo que não queria.

 

Se Jesus é o Rei do Universo, poderoso em obras e palavras, então podemos saber que Jesus PERMITIU SER CONVENCIDO a ficar!

 

Ninguém pode convencer o Rei a fazer algo que ele não queira.

E não tem nenhum perigo da estrada que teria poder sobre aquele quem criou a estrada, os seres, e todo o Universo.

 

O ponto de Lucas é mostrar que o coração dos discípulos que no início da jornada estava entristecido, agora já no final estava desejoso de passar mais tempo com aquele quem os ensinou tanto a respeito do Salvador deles, por meio das Escrituras.

 

E Jesus ficou, porque Jesus ainda tinha mais a fazer na vida daqueles dois homens.

 

Lucas continua nos contando.

 

[30] E aconteceu que, quando estavam à mesa, ele pegou o pão e o abençoou; depois, partiu o pão e o deu a eles.

[31] Então os olhos deles se abriram, e eles reconheceram Jesus; mas ele desapareceu da presença deles.

 

Lucas não nos diz o porquê Jesus passaria adiante da aldeia.

Mas aqui ele nos mostra o porquê Jesus FICOU na aldeia.

Jesus ficou na aldeia porque ele amava aqueles dois homens.

 

Depois de expor a Palavra para eles, e pregar a boa notícia a eles, agora Jesus os chamava para a COMUNHÃO com ele!

 

Quando estavam à mesa, lugar de comunhão, Jesus pega o pão, abençoa, parte e dá aos discípulos.

Linguagem semelhante à usada por Lucas para descrever o que Jesus fez na última ceia com os discípulos.

 

Existe intencionalidade na linguagem!

 

Não parece que Jesus estava celebrando a Ceia, já que o vinho não é mencionado.

 

Mas a mesma linguagem da Ceia certamente lembrou os discípulos novamente do que Jesus já havia dito sobre o seu sacrifício naquela ocasião dos últimos momentos com os onze, na Ceia!

 

O sacrifício de Jesus foi o que possibilitou comunhão de pecadores com o Deus Santo.

 

E a comunhão acontece com os olhos abertos!

No partir do pão, a visão dos discípulos foi aberta!

 

E eles reconheceram Jesus.

O seu Mestre, o seu Redentor, o seu Salvador, ressuscitado diante deles, conforme havia sido escrito por Moisés, em todos os Profetas, e em todas as Escrituras.

Eles estavam com Jesus, que sofreu a morte, mas triunfou sobre ela!

 

Meus irmãos, é triste como a nossa visão pode ficar turva com a nossa fé imperfeita.

 

É triste como podemos ser lentos na estrada da nossa vida, em crermos em tudo o que a Bíblia diz respeito a Cristo e a forma que devemos viver digna do Evangelho.

 

Mas como é esperançoso saber que Jesus não deixa suas ovelhas ficarem perdidas.

O Senhor repreende.

O Senhor expõe pela Palavra.

O Senhor nos traz à comunhão.

 

Por isso, eu quero te encorajar a ouvir a repreensão do Senhor com alegria!

Abra sua Bíblia em Hebreus 12!

Ouça o que o Senhor tem a dizer sobre a repreensão, sobre disciplina:

 

[Hebreus 12:4] Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o sangue.

[5] E vocês se esqueceram da exortação que lhes é dirigida, como a filhos:

  "Filho meu, não despreze a correção que vem do Senhor, nem desanime quando você é repreendido por ele; [6] porque o Senhor corrige a quem ama e castiga todo filho a quem aceita."

[7] É para disciplina que vocês perseveram. Deus os trata como filhos. E qual é o filho a quem o pai não corrige?

[8] Mas, se estão sem essa correção, da qual todos se tornaram participantes, então vocês são bastardos e não filhos.

[9] Além disso, tínhamos os nossos pais humanos, que nos corrigiam, e nós os respeitávamos. Será que, então, não nos sujeitaremos muito mais ao Pai espiritual, para vivermos?

[10] Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para o nosso próprio bem, a fim de sermos participantes da sua santidade.

[11] Na verdade, toda disciplina, ao ser aplicada, não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza. Porém, mais tarde, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.

[12] Por isso, levantem as mãos cansadas e fortaleçam os joelhos vacilantes.

[13] Façam caminhos retos para os seus pés, para que o manco não se desvie, mas seja curado.

 

Os dois discípulos no caminho de Emaús eram filhos amados por Deus.

Eles estavam mancos, em um momento muito específico da história da redenção.

Sua lentidão em crer foi repreendida, corrigida, por Jesus.

E o propósito da sua correção foi levá-los a comunhão!

 

Os nossos pais terrenos nos corrigem por pouco tempo, segundo melhor lhes parece.

Mas o nosso Pai Eterno nos disciplina a fim de sermos participantes da sua santidade!

 

Meu irmão, receba a correção do Senhor com alegria!
Mesmo que no momento que é aplicada lhe pareça motivo de tristeza, ela trará fruto pacífico e fruto de justiça.

  

Os dois discípulos colhiam tais frutos da repreensão de Jesus.

Agora, à mesa, eles desfrutavam da comunhão com o Cristo ressurreto.

 

Mas voltem para Lucas 24.

Voltem especialmente para o versículo 31.

 

[Lucas 24:31] Então os olhos deles se abriram, e eles reconheceram Jesus; mas ele desapareceu da presença deles.

 

Você olha para o final desse versículo e deve estar pensando:

 

Lucas nos dá muitas informações sobre a história.

Mas ele não nos dá algumas informações...

 

Logo após terem tido os olhos abertos, Lucas nos conta que Jesus desapareceu da presença dos dois discípulos.

Por que? Por que Jesus desapareceu repentinamente?

Ele não diz.

 

Mas ele nos conta qual foi a reação dos discípulos depois de toda aquela experiência que eles tinham vivido.

 

Esse é o último capítulo da nossa história.

 

5.   A REAÇÃO DOS DISCÍPULOS [vv. 32-35]

A primeira reação dos discípulos é, novamente, sobre os seus corações!

O sentimento que estava em seus corações!

 

• O CORAÇÃO: MARAVILHAMENTO E CALOR


[32] E disseram um ao outro:

  — Não é verdade que o coração nos ardia no peito, quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras? 

 

Quando os discípulos olhavam para trás, para toda a jornada no caminho de Emaús, o que eles enxergavam não era mais a fria tristeza das incertezas sobre Cristo.

E sim as chamas da verdade de Cristo!

 

O coração lhes ardia no peito enquanto ouviam Jesus explicar as Escrituras!

 

Meus irmãos, não é essa a nossa experiência?

Quando ouvimos a palavra do Senhor, por meio das Escrituras, não é assim que fica o nosso coração?

 

Seja no culto diante do sermão.

Seja no seu quarto lendo em devoção.

 

O discípulo de Cristo tem o seu coração em chamas quando ouve a voz do seu Mestre!

Mesmo que seja em meio à repreensão!

Ele ama ouvir a voz do seu pastor lhe trazendo para perto!

 

O crente louva como o salmista:

 

[Salmo 119:72] Para mim vale mais a lei que procede da tua boca do que milhares de peças de ouro ou de prata.

 

[103] Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca.

 

O coração dos discípulos queimava, ardia, ao ouvir a Palavra do Senhor.

 

Mas a sua reação não parou só em olhar para trás, para o que havia acontecido.

Eles foram para frente!

 

A reação não ficou somente no coração!

Ela externalizou em suas mãos.

Ou melhor, em suas pernas, ao se levantarem, e em sua boca, ao anunciarem!

 

• PERNAS E BOCA: ANUNCIANDO O SALVADOR 


[33] E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles, [34] os quais diziam:

  — De fato, o Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão!

[35] Então os dois contaram o que lhes tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido o Senhor no partir do pão. 

 

Lucas não nos informou o porquê Jesus desapareceu da presença dos dois discípulos repentinamente.

Mas aqui ele nos mostra uma inferência importante:

 

Não era hora deles ficarem em casa!

 

O Senhor Jesus apareceu a eles, os mostrou a verdade das Escrituras, os trouxe a comunhão, e como fica claro: agora eles deveriam ir!

 

E anunciar Cristo Ressurreto!

 

Na mesma hora que Jesus desapareceu, eles também desapareceram daquela casa...

Levantaram-se, pegaram a estrada de volta, agora em direção a Jerusalém.

 

Lucas não nos dá a informação.

Mas eu posso imaginar que com o coração em chamas do jeito que estavam, esses discípulos devem ter feito a viagem de volta na metade do tempo da viagem de ida!

 

E quando eles chegaram e encontraram os onze apóstolos, e outros que estavam com eles, eles não poderiam ouvir uma notícia melhor:

DE FATO, O SENHOR RESSUSCITOU!

 

O que eles foram entregar, eles também receberam!

A maravilhosa notícia da ressureição!

 

A notícia que responde a maior necessidade do ser humano!

CRISTO ESTÁ VIVO!

CRISTO VENCEU A MORTE!

CRISTO PAGOU O PREÇO!

CRISTO CONQUISTOU O PERDÃO!

CRISTOU TRIUNFOU EM GLÓRIA!

SIM, CRISTO RESSUSCITOU!

 

Crente, essa é a mensagem que te alcançou.

E essa é a mensagem que você deve sair a proclamar!

 

Estamos hoje aqui celebrando a Páscoa para anunciar a mensagem que tem ecoado a mais de 2.000 anos:

 

DE FATO, O SENHOR RESSUSCITOU!!!!

O túmulo está vazio!!!
A morte ele venceu!!!
Cristo ressuscitou, para a glória de Deus Pai!

 

Escuta isso, meu irmão, e viva para proclamar essa mensagem que Pedro proclamou [Atos 2:23,24,36]:

 

Jesus, conforme o plano determinado e a presciência de Deus, foi morto, crucificado por meio de homens maus.

Porém Deus o ressuscitou, livrando-o da agonia da morte, porque não era possível que fosse retido por ela. 

Portanto, que todos estejam absolutamente certos de que este Jesus, que foi crucificado, Deus o fez Senhor e Cristo.

 

Para sempre e amem!

 

Essa é a boa notícia que a nossa alma precisa!

Essa era a boa notícia que os dois discípulos levaram aos onze e os demais que estavam lá.

Contaram a eles o que tinha acontecido no caminho, e como reconheceram Jesus no partir do pão.

E também ouviram que Jesus também havia aparecido a Simão.

 

E em seguida, Jesus, que havia desaparecido diante deles em Emaús, apareceu, novamente, diante deles e dos outros em Jerusalém.

Trazendo a paz que eles precisavam!

 

“Que a paz esteja com vocês.” - disse o Salvador quando os encontrou todos juntos.

 

CONCLUSÃO

Meus irmãos, os nossos irmãos do passado, os dois discípulos na estrada de Emaús, as mulheres que foram ao túmulo de Jesus, os onze e todo o grupo que estava reunido em Jerusalém... eles estavam aflitos esperando pela notícia da ressureição.

 

Nós estamos aqui, muitos anos depois, com essa notícia estampada e comprovada diante de nós nas Escrituras!

 

Nós não temos mais que aguardar boas novas de ressurreição, elas já vieram!

Cristo já ressuscitou!

Nós já temos a esperança da ressurreição!

Ele já passou pelo sofrimento, e já entrou na glória em sua ascensão!

 

Jesus mostrou para os discípulos na Palavra sobre as promessas que haviam sido feitas no passado e estavam se cumprindo.

Hoje o seu Espírito nos mostra, na Palavra, como tudo foi cumprido!

 

O que cabe a nós agora é ter os nossos corações queimando em chama acesa diante da Palavra.

E ter nossas mãos cansadas levantadas; nossos joelhos vacilantes fortalecidos, e os caminhos retos feitos para os nossos pés.

E assim avançarmos anunciando a mensagem que, DE FATO, O SENHOR RESSUSCITOU.

 

Assim como foi escrito que ele viria, ele veio.

Assim como foi escrito que ele sofreria, ele sofreu.

Assim como foi escrito que ele ressuscitaria, ele ressuscitou.

Assim também está escrito que ele voltará para buscar o seu povo.

E ele vai voltar!

Como ele foi ao caminho de Emaús, como ele foi a Jerusalém, ele voltará com poder e glória para buscar o seu povo, e com eles ter comunhão para todo o sempre!

Essa é agora a expectativa, a certeza que carregamos!

Ele voltará.

 

Amém.


 

Igreja Batista Jardim Minesota

Rua Clotildes Barbosa de Souza, 144

Jardim Santa Maria (Nova Veneza) Sumaré - São Paulo

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