top of page

Posts List

Série: Domínio e Esperança 15 de setembro de 2024 – IBJM INTRODUÇÃO Existem momentos em nossa vida em que a melhor coisa que pode acontecer conosco é comermos capim. Comer capim pode salvar a sua vida. Às vezes, literalmente. Nabucodonosor mudou quando ele começou a andar de quatro no pasto ao ar livre e se alimentar de grama. Foi humilhante, mas foi salvador. Esse tipo de humilhação é a nossa salvação. Essa humilhação nos salva porque ela produz dois tipos de conhecimento em nós: o conhecimento de Deus e o conhecimento do homem. Você quer ser uma pessoa sábia? Você quer ser uma pessoa feliz? A Bíblia diz que o fundamento de toda a nossa sabedoria e alegria está, primeiro, em conhecer a Deus. Provérbios 9:10—O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; conhecer o Santo é ter entendimento. Essa passagem tem uma mistura santa de conhecimento de quem Deus é e de quem nós somos. A ordem é importante: Deus e você. Quanto mais você entende quem Deus é, mais você entende quem você  realmente é—o que Deus criou você para ser. Vamos ver algumas verdades sobre esses dois conhecimentos ao longo do texto e como eles podem nos dar sabedoria e salvação e santidade. Essa passagem está dividida em duas partes: A primeira parte, até o versículo 18, Nabucodonosor está contando o sonho que ele teve. A segunda parte, do versículo 19 até o fim, Daniel interpreta o sonho e o sonho se realiza—para o mal e para o bem de Nabucodonosor. 
 PARTE 1: O TESTEMUNHO DE CONVERSÃO DO REI Qual é o tipo de gênero literário dessa passagem: Poesia? Narrativa? Carta? Eu classifico esse capítulo como um TESTEMUNHO DE CONVERSÃO, como os testemunhos dos candidatos à membresia que colocamos no mural da igreja. Nabucodonosor quis compartilhar com o mundo o que Deus fez com ele. E Deus quis deixar o testemunho dele registrado na Bíblia. [1] O rei Nabucodonosor às pessoas de todos os povos, nações e línguas, que habitam em toda a terra: “Que a paz lhes seja multiplicada! [2] Pareceu-me bem tornar conhecidos os sinais e as maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.” No capítulo anterior, Nabucodonosor ordenou que as pessoas de todos os “povos, nações e línguas” adorassem a imagem dele e quem não adorasse seria morto. Nabucodonosor mudou. Como aconteceu com o apóstolo Paulo, ele foi de PERSEGUIDOR da fé para PROCLAMADOR da fé, como Caique mostrou em Atos 9 algumas semanas atrás. E como o apóstolo Paulo, quando Nabucodonosor pensa na salvação dele, ele fica com vontade de adorar a Deus. [3] “Como são grandes os seus sinais, e como são poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino eterno, e o seu domínio se estende de geração em geração.” Finalmente Nabucodonosor entendeu quem Deus é e quem ele é. Ele mudou. Mas como ele vai contar, o processo foi doloroso. Como geralmente é conosco quando o Senhor precisa nos ensinar alguma coisa. Nós somos, geralmente, lentos para entender e duros para aceitar. Mas Deus é  “compassivo e bondoso, tardio em irar-se e grande em misericórdia e fidelidade” (Êxodo 33:6). Nossa lentidão e nossa dureza não são suficientes para segurar o braço forte de Deus quando ele quer nos resgatar. Aqui começa oficialmente o testemunho que Nabucodonosor escreve para ficar no mural da Palavra de Deus. “Ó rei da Babilônia, por favor, compartilhe como o Senhor transformou sua vida”: [4] — Eu, Nabucodonosor, estava tranquilo em minha casa e feliz no meu palácio. Ele admite que estava “tranquilo e feliz”. Nabucodonosor não estava s sentindo um miserável porque não tinha o Senhor. Ele não estava se sentindo culpado. Ele deveria, mas ele não estava. VERDADE # 1 : O HOMEM LONGE DE DEUS É UM HOMEM CEGO Ele é como um homem que atravessou um pântano à noite. Ele está imundo de lama e folha e insetos mortos na roupa, mas porque está tudo escuro, ele não consegue ver a própria sujeira. A falta de conhecimento de Deus gera em nós a falta de conhecimento próprio. Nós não conseguimos perceber o nosso próprio pecado. Isso mostra que nem toda tranquilidade e felicidade vem do céu. Essa tranquilidade que o rei estava experimentando é mundana. Ela é superficial. Ele evapora rápido. Essa tranquilidade não é transportada para a outra vida, como é o caso da paz dos crentes. Quando tudo está bem em nossa vida, isso não é necessariamente um bem para nós. Falta de grandes problemas pode ser um grande problema para nós. Eu arrisco dizer que nossos períodos de maior frieza espiritual são, geralmente, os momentos de maior calmaria terrena. Você que está passando por uma tempestade—muita provação: lembre-se, por mais difícil que seja, essa tempestade está fazendo você se refugiar debaixo das asas do seu Deus. E isso é bom para você. Calmarias facilmente se tornam armadilhas. Essa é a VERDADE # 2: CALMARIA PODE SER UMA ARMADILHA Mas Deus, por seu grande amor, tinha outros planos para Nabucodonosor. Planos de fazer o bem com um homem que fez tanto mal. Deus escolheu despertar Nabucodonosor com um sonho. Deus sacudiu o espírito do rei com um pesadelo. [5] Tive um sonho que me espantou. Quando eu estava na minha cama, os pensamentos e as visões que passaram diante dos meus olhos me perturbaram. Esse é o segundo sonho que Deus dá para o rei. No primeiro sonho, no capítulo 2, o efeito não foi bom. Nabucodonosor ficou ainda mais duro e construiu uma estátua de ouro de 27 metros para ser adorada. Mas Deus não desiste quando ele quer salvar. Com esse segundo sonho será diferente. O rei, de novo, chama os magos e feiticeiros para interpretar o sonho, mas ninguém consegue. Até que ele se lembra que ele tem um funcionário cristão no governo. [8] Por fim, apresentou-se Daniel, que é chamado de Beltessazar, em honra ao nome do meu deus. Ele tem o espírito dos santos deuses, e eu lhe contei o sonho, dizendo: [9] “Beltessazar, chefe dos magos, eu sei que você tem o espírito dos santos deuses e que não há mistério que você não possa explicar. Vou lhe contar o sonho que eu tive, para que você me diga o que ele significa. De novo, Nabucodonosor insiste em usar o plural quando ele deveria usar o singular. Ele fez isso com a quarta pessoa que estava na fornalha ardente. Ele disse que era um filho “dos deuses” (plural) quando, na verdade, era “O filho de DEUS” (singular). Agora, ele fala que Daniel tem a sabedoria do espírito dos “santos deuses”. Não. Não existem deuses, e eles não são santos. Daniel tem a sabedoria do Espírito Santo de Deus (singular). Nesse ponto, ele ainda não conhecia nenhum das 3 Pessoas da Trindade: nem o Pai, nem o Filho, nem o Espírito Santo. Nabucodonosor vai mudar. Mas o processo é lento e doloroso. Mas Deus é paciente e misericordioso. Essa combinação, no final, é poderosa para produzir salvação. Nabucodonosor conta o sonho: ele viu uma árvore enorme no meio da terra. Essa árvore cresceu tanto que chegou até o céu. Ela se tornou tão grande e com tanto fruto, que todo o mundo era sustentado por ela— todas as nações e todos os animais. Logo depois aparece um anjo vindo do céu. O anjo manda derrubar a árvore, mas não arrancar a árvore. Ainda fica um toco. Esse toco é amarrado com correntes e fica no campo junto com os animais por “sete tempos”, ele diz no final do versículo 16. Nabucodonosor não sabe o que o sonho significa. Deus precisa revelar. [18] — Este foi o sonho que eu, rei Nabucodonosor, tive. Você, Beltessazar, diga a interpretação, porque todos os sábios do meu reino não puderam me revelar a interpretação. Mas eu sei que você pode, porque você tem o espírito dos santos deuses. Nesse ponto, Nabucodonosor reconhece que só Daniel pode revelar, não porque Daniel tem sabedoria nele mesmo, mas por causa do Deus de Daniel. O rei ainda está dizendo que Daniel tem “o espírito dos santos deuses”. Ele ainda não aprendeu a falar no singular: “Santo Deus”. Mas ele vai aprender. Mas como nós, ele precisa antes se humilhar na presença de Deus. PARTE 2: A HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO DO REI Entramos na segunda parte. A interpretação e a execução do sonho. Daniel vai falar, e quando ele abre a boca, sai sabedoria e santidade. Olha como Daniel lida com o chefe pagão que ele tem: [19] Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, ficou perplexo por algum tempo, e os seus pensamentos o perturbavam. Então o rei lhe disse: — Beltessazar, não deixe que o sonho ou a sua interpretação o perturbem. Beltessazar respondeu: — Meu senhor, quem dera o sonho fosse a respeito daqueles que o odeiam, e a sua interpretação se aplicasse aos seus inimigos! Quando Deus revelou para Daniel a interpretação do sonho e ele entendeu que era uma mensagem de julgamento contra Nabucodonosor, ele não celebrou. Daniel queria ver Nabucodonosor se arrependendo e reconhecendo quem é Deus. Não existe um espírito de vingança no coração de Daniel. Ele rejeita completamente a idolatria do rei da Babilônia, mas ele deseja profundamente ver o rei tendo fé em Deus. Essa tem sido a nossa atitude, povo de Deus? Sim, nós queremos que Deus faça justiça. E ele fará. Mas nós também desejamos profundamente que os perdidos sejam salvos? Nós temos chorado na presença de Deus pelas pessoas que nós amamos e ainda não conhecem o Senhor? Nós ficamos, como Daniel, perplexos diante da realidade do inferno? Do castigo eterno que as pessoas que rejeitam a Cristo vão experimentar? O pensamento de que pessoas como nós, feitas à imagem de Deus, irão viver atormentadas por trilhões de anos e nunca vão sair de lá—esse pensamento deve nos perturbar. Como fez com Daniel. E essa perplexidade e perturbação com aqueles que estão longe de Deus precisa se manifestar em nossa vida. Nós temos o privilégio de sermos usados pelo Senhor para mostrar para outros orgulhosos como nós que existe um Deus que perdoa orgulho—se eles colocaram a fé em Cristo. Nós precisamos encontrar espaço no nosso coração para rejeitar completamente o estilo de vida das pessoas desse mundo (a Babilônia) e, ao mesmo tempo, desejar profundamente que elas sejam salvas. A INTERPRETAÇÃO DO SONHO Agora Daniel revela a interpretação do sonho. Só o Deus de Daniel (e o nosso Deus!) pode fazer isso. (...) [22] aquela árvore é o senhor, ó rei, que cresceu e veio a ser forte. A sua grandeza, ó rei, cresceu e chega até o céu, e o seu domínio se estende até a extremidade da terra. A árvore grande e poderosa representa o grande e poderoso rei da Babilônia com o seu grande e poderoso Império. Essa história de um objeto da terra querendo chegar até o céu já aconteceu antes. Gênesis 11:4—[Eles] disseram: — Venham, vamos construir uma cidade e uma torre cujo topo chegue até os céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. Torre de Babel e Nabucodonosor da Babilônia. A história do orgulho e da rebelião da humanidade contra Deus se repete. E se repete até hoje. É nessa hora que o sonho do rei se torna um pesadelo. Daniel vai explicar o que significa aquela árvore gigante sendo cortada e derrubada e ficando só o toco amarrado com correntes de ferro. (...) [24] esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto do Altíssimo, que virá contra meu senhor, o rei: [25] o senhor será expulso do meio das pessoas, e a sua morada será com os animais selvagens; o senhor comerá capim como os bois, e será molhado pelo orvalho do céu; e passarão sete tempos... Esses “sete tempos” representam o período de julgamento completo dele. O número 7 representa plenitude. E “tempos” aqui funciona como um “ano”. A mensagem de julgamento é: “Nabucodonosor, você pensa que é Deus, mas você não passa de um homem. Por isso, você será rebaixado abaixo de um homem: você viverá por 7 anos como um animal”. Eu disse no início que essa é uma passagem sobre o conhecimento de Deus e o conhecimento do homem. A interpretação do sonho que Daniel dá tem o propósito de revelar o conhecimento de Deus—mostrar quem Deus é—e como esse conhecimento deve produzir uma reação em nós: Continuação do v. 25 (segunda parte)—[25] (...) e passarão sete tempos, até que o senhor, ó rei, reconheça que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos do mundo e os dá a quem ele quer. [26] Quanto ao que foi dito, que se deixasse o toco da árvore com as suas raízes, isto significa que o seu reino voltará a ser seu, depois que o senhor tiver reconhecido que o Céu domina. [32] Você será expulso do meio das pessoas, e a sua morada será com os animais selvagens; você comerá capim como os bois, e passarão sete tempos, até que você reconheça que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos do mundo e os dá a quem ele quer. Essa é a terceira verdade para nós nesse texto. Ela é repetida várias vezes para ser impressa com força em nosso coração: VERDADE # 3: RECONHEÇA QUE DEUS DOMINA Era isso que Nabucodonosor deveria fazer. E que nós devemos fazer. Todos os dias. Em todas as situações. Reconhecer. Reconhecer que Deus tem domínio completo sobre a nossa vida. Assim Deus é honrado com um Deus grande e nós somos acalmados porque temos um Deus grande. O conhecimento do domínio—do reinado supremo—de Deus deve gerar em nós reconhecimento. Reconhecimento é essa atitude de submissão a Deus, confiando que ele governa minha vida. Essa atitude de reconhecer o domínio de Deus é resumida na palavra HUMILDADE. ORGULHO X HUMILDADE A nossa relação com o domínio de Deus revela o que está acontecendo no nosso coração: orgulho ou humildade. Uma pessoa humilde é uma pessoa contente. Ela reconhece que Deus domina, então ela sabe que tudo o que ela tem, foi Deus quem deu, mesmo sem ela merecer. Pessoas humildes são pessoas gratas. Não pessoas que têm muitas coisas. São pessoas que estão gratas pelo que Deus deu—seja muito, seja pouco. Já o orgulho nos torna pessoas descontentes. Ingratas. Sempre achando que a vida deveria ser diferente. Pessoas que estão frequentemente reclamando estão sendo dominadas pelo orgulho, não por Deus. Nos momentos difíceis, o orgulho nos faz pensar: “Por que Deus está fazendo isso comigo depois de tudo o que eu fiz para ele?” Nos momentos difíceis, a humildade nos faz pensar: “Senhor, obrigado por usar essas provações para me aproximar mais do Senhor”. A humildade real nos faz acreditar que realmente  “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8:28). Nos momentos de abundância, o orgulho nos faz pensar (como Nabucodonosor): “Fui eu. Eu me esforcei muito”. Nos momentos de abundância, a humildade nos faz pensar (como Daniel): “Foi Deus. Eu não mereço nada disso. Como Deus é tão bom comigo”. A pessoa humilde reconhece que Deus domina, então, se os planos dela são frustrados, ela não fica com raiva ou de “mau humor” ou deprimida ou com pena de si própria. Essas são coisas que o orgulho faz conosco. Uma pessoa humilde vê seus planos indo embora pelo ralo e pensa (mesmo que às vezes triste): “Eu confio no Senhor. O Senhor sabe o que é melhor e o que eu realmente preciso”. Se Deus resiste aos soberbos e dá graça aos humildes (1 Pedro 5:5), então a humildade é nossa maior amiga—porque nós queremos a graça de Deus—e o orgulho nosso maior inimigo—porque nós não queremos a resistência de Deus. Boa parte do nosso bom combate da fé está nessa batalha do orgulho versus humildade no nosso coração. E uma parte essencial dessa luta é reconhecer que Deus domina. Próxima verdade. VERDADE # 4: CHAME AS PESSOAS AO ARREPENDIMENTO COM FERVOR E AMOR Como Daniel fez. Dá para perceber a voz dele dentro dessas letras: [27] Portanto, ó rei, aceite o meu conselho: abandone os seus pecados, praticando a justiça, e acabe com as suas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres; assim talvez a sua tranquilidade se prolongue. Chamar as pessoas ao arrependimento foi o que os profetas fizeram. E foi o que os apóstolos fizeram. “Arrependam-se e voltem-se para Deus” era a mensagem deles. Foi o que João Batista fez. E foi o que Jesus fez: “Arrependam-se, porque está próximo o Reino dos Céus”. Foi o que Pedro fez no Pentecostes. E foi o que Paulo fez com os Coríntios. E Tiago com os judeus. Homens de Deus chamaram as pessoas para se arrepender. Talvez você se sinta desconfortável para chamar as pessoas para se arrepender. Parece um pouco rude. Até arrogante. “Quem sou eu para fazer isso?” Nós precisamos deixar a Bíblia definir o que é amor. Se João Batista e Daniel e Jesus e os profetas e apóstolos chamaram as pessoas para se arrepender, então isso é o amor se manifestando. Deixar as pessoas irem em uma direção que irá levá-las ao julgamento de Deus e não falar nada não é amor. Chamar ao arrependimento é oferecer vida. É chamar as pessoas, com amor e fervor, para entrarem pela porta estreita e pelo caminho apertado conduz para a vida. Isso é amor! Você não precisa ser perfeito para chamar as pessoas ao arrependimento. Porque os profetas e os apóstolos não eram. Nós precisamos estar andando em arrependimento. Andando com o Senhor. Como Pedro, Paulo e Daniel andavam. Povo de Deus, nós precisamos uns dos outros, na igreja, nos chamando a abandonar os pecados e crer em Cristo. Nós precisamos de ensino, repreensão, correção e educação na justiça para sermos perfeitamente habilitados para toda boa obra. E se nós, a igreja, não chamarmos as pessoas do mundo ao arrependimento, quem irá chamar? Não tinha nenhum mago na Babilônia chamando Nabucodonosor para se arrepender. Só Daniel, o único crente, com seus 3 amigos. Com amor e com fervor, chamem as pessoas ao arrependimento. Mas o coração de Nabucodonosor é duro como uma pedra. [28] Tudo isso, de fato, aconteceu com o rei Nabucodonosor. [29] Passados doze meses, quando estava passeando no terraço do palácio real da cidade da Babilônia, [30] o rei disse: — Não é esta a grande Babilônia que eu construí para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade? A vista do palácio real era a coisa mais linda do mundo. Provavelmente, literalmente a coisa mais linda do mundo. Nabucodonosor conseguia ver os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das 7 Maravilhas do Mundo Antigo. Ele conseguia ver as muralhas da Babilônia, que de tão largas uma carroça com 4 cavalos conseguia andar por cima dela. Ele viu as conquistas dele em vez de entrar no coração dele louvor e gratidão a Deus, entrou orgulho e vanglória, mesmo diante de tudo o que Daniel falou 12 meses antes. Veja como Deus é realmente tardio em irar-se. Quanta paciência o Senhor tem conosco e como ele espera para nos arrependermos antes de nos disciplinar. Aqui vem mais uma verdade sobre o conhecimento de Deus e de nós mesmos nessa reação do rei da Babilônia. VERDADE # 5: ACEITE A REPREENSÃO DE UM IRMÃO Nós devemos chamar as pessoas ao arrependimento, com amor e fervor. Mas e quando eu sou chamado para me arrepender? Como eu reajo? Você é o tipo de pessoa que nunca está errada? Você é o tipo de pessoa que nunca pede perdão? Quando o Senhor envia um irmão para nos repreender, que nós sejamos humildes para reconhecer o pecado, confessar, pedir perdão e receber o perdão e continuar caminhando pela porta estreita e o caminho apertado que leva a vida. O orgulho é muitas vezes como maionese no seu bigode. Todo mundo está vendo, menos você. O orgulho é como o alface no seu dente. Todo mundo vê, mas você não consegue. É por isso que nós precisamos de um Daniel, de um profeta Natã, de um Paulo em nossa vida—homens e mulheres que nos amam o suficiente para falar, com amor, que nós devemos nos arrepender e mudar. Essa é a benção da igreja. Essa é uma das enormes bençãos das amizades espirituais na igreja. Provérbios 9:8—Não repreenda o zombador, para que ele não odeie você; repreenda o sábio, e ele o amará. Não sejamos zombadores. Não seja um Nabucodonosor: orgulhoso que não aceita ser repreendido. Que nós sejamos sábios—aquele tipo de pessoa que é fácil de ser corrigida e aprende e cresce e se torna ainda mais sábia. Provérbios 9:9—Dê instrução ao sábio, e ele se tornará mais sábio ainda; ensine o justo, e ele crescerá na prudência. Sejamos humildes: aceitemos a repreensão de um irmão. AINDA DURO COMO AÇO Mas até esse ponto, Nabucodonosor é duro como uma porta. O coração dele parece feito de titânio. Um coração de aço inoxidável. Ele não quebra de jeito nenhum. Então Deus dá um jeito de quebrá-lo. [31] Enquanto o rei ainda falava [da grandeza e da glória dele], veio uma voz do céu, que disse: — A você, rei Nabucodonosor, se anuncia o seguinte: Este reino lhe foi tirado. [32] Você será expulso do meio das pessoas, e a sua morada será com os animais selvagens; você comerá capim como os bois, e passarão sete tempos, até que você reconheça que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos do mundo e os dá a quem ele quer. No mesmo instante, a palavra do Senhor se cumpre. Nabucodonosor escolheu ser orgulhoso. Ele escolheu endurecer o coração. Então Deus trocou o coração dele. Deus fez o homem mais poderoso do mundo ficar louco e viver como um animal. Ele foi comer capim, deixar a unha crescer como se fosse uma ave e ficar anos andando de quatro junto com o gado da Babilônia. Charles Spurgeon, um pastor batista, disse bem: “Eu creio que todo cristão tem duas escolhas diante dele: ser humilde ou ser humilhado”. VERDADE # 6: SEJA HUMILDE OU SEJA HUMILHADO Essa é a escolha diante de todos nós. Nabucodonosor preferiu o caminho mais difícil e dolorido: ser humilhado. Ser envergonhado e ter seus ídolos tirados. Onde está agora glória da majestade dele? Fé começa com nossa humilhação diante de Deus. O reconhecimento da nossa pobreza. Não é por acaso que a primeira bem-aventurança que o Senhor Jesus pregou foi: — Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus (Mateus 5:3). Reconhecer que Deus tem o domínio e que nós temos a necessidade: a necessidade de sermos perdoados. Reconhecer que se Cristo não pagar o que eu devo, eu não tenho como pagar. Eu sou pobre. Mas quando você oferece a Deus a sua miséria, Deus oferece a você a misericórdia dele. Essa é a troca da graça. A troca do evangelho. Nós entramos com a miséria, ele entra com misericórdia. O que fez Deus humilhar Nabucodonosor foi o amor: a misericórdia de Deus. Quando Deus nos leva ao lugar em que nós somos humilhados com a nossa fraqueza, ele faz isso para retirar nosso orgulho. Se Paulo precisou de um espinho na carne para não se orgulhar, quantos espinhos nós precisamos? UM MOVIMENTO Mas com um movimento de olhos, nós podemos mudar. Um movimento. Um movimento é capaz de movimentar nossa alma para Deus. Veja o que aconteceu com Nabucodonosor: [34] — Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, e recuperei o entendimento. Esse é o movimento: “Levantei os olhos aos céus”. Quando você olha para quem Deus é—o Deus do Céu, o Deus que domina, e conhecimento de Deus entra pelos seus olhos e desce para o coração, nossa alma é movimentada para a direção correta. O orgulho começa a ser abandonado e a humildade da fé começa a surgir. Veja o testemunho de conversão desse homem no mural da Palavra de Deus: [34] (...) Então eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei aquele que vive para sempre: “O seu domínio é eterno, e o seu reino se estende de geração em geração. [35] Todos os moradores da terra são considerados como nada, e o Altíssimo faz o que quer com o exército do céu e com os moradores da terra. Não há quem possa deter a sua mão, nem questionar o que ele faz.” Finalmente! Ele entendeu quem Deus é e quem ele é. O domínio do Deus dos céus é eterno. Mas nós somos simples moradores da terra. Deus trouxe Nabucodonosor para onde ele queria. Para baixo. E depois que ele foi humilhado, ele foi libertado. Libertado das correntes do orgulho e livre para adorar a Deus. O Senhor restaurou a sanidade dele, restaurou o reino dele e injetou fé no coração mais duro da Babilônia. Olha como ele termina o testemunho de conversão dele. Essa é a voz de um adorador: [37] Agora [agora!] eu, Nabucodonosor, louvo, engrandeço e glorifico o Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos são justos. Ele tem poder para humilhar os orgulhosos. Finalmente! O homem mais poderoso e mais duro do mundo, no final da vida, se tornou um louvador, engrandecedor e glorificador do Rei do Céu. Finalmente! Esse evento da vida de Nabucodonosor está no final da vida dele. Nós temos duas pistas para isso. Primeiro, pela maneira como ele fala das conquistas deles—essas conquistas aconteceram mais para o final do reino. Segundo: o próximo capítulo (Daniel 5) é sobre um outro rei da Babilônia, Belsazar. A conversão de Nabucodonosor foi uma experiência no final do reinado dele. E ele reinou por 43 anos. 43 anos. Isso significa que Daniel, como um crente fiel que ele era, ele testemunhou e chamou o rei ao  arrependimento e a fé por cerca de 40 anos. 40 anos falando de Deus, e nada. Até que tudo mudou. Até que Deus mudou o coração do rei, e ele foi salvo. Você tem testemunhado do evangelho de Cristo para alguém por muito tempo? Você tem tentado ser fiel e falado de Cristo e nada. Você não deve perder a esperança. Não com um Deus como o nosso Deus. Veja o que ele fez com o rei da Babilônia. Ele pode mudar tudo com um movimento—uma levantada de olhos para o céu. Porque para Deus, nada é impossível, como disse o anjo Gabriel para Maria. Deus faz uma jovem virgem ter um filho—ter O filho. Deus faz o mar se abrir, como ele fez no Êxodo. Ele faz as muralhas de Jericó caírem com usando gritos e trombetas. Ele faz o Sol parar um dia inteiro, como ele fez com Josué. Ele faz chuva cair depois 3 anos, como ele fez com Elias. Para ele, nada é impossível. Ele anda sobre o mar, ele alimenta milhares de pessoas com 5 pães e 2 peixinhos, ele faz paralíticos andarem e mudos falarem e surdos ouvirem e cegos verem. Ele é o Deus que ressuscita os mortos. Esse Deus tem poder para salvar. Para ele, nada é impossível. Mas, às vezes, nós testemunhamos por um tempo—por anos—e nada muda naquela pessoa, e nossa esperança começa a mudar. Ela começa a diminuir. Você que tem orado e testemunhado de Cristo para alguém que você ama: você também precisa levantar os olhos para o céu e se lembrar quem é Deus. Povo de Deus, esperança. Nós temos um Deus que domina. Se ele quiser, ele irá salvar. Se ele não quiser, ele não irá salvar. Mas você pode ter certeza de que: [37] (...) todas as obras dele são verdadeiras, e os caminhos dele são justos. Ele tem poder para humilhar os orgulhosos. Continue a testemunhar e orar e chamar as pessoas a se arrependerem e crerem em Cristo. Com amor e com fervor. Daniel fez isso por 40 anos, e Deus finalmente respondeu com poder. Para ele, nada é impossível. Mas pode ser que a sua falta de esperança não é com a salvação dos outros. O seu problema seja sua falta de esperança com a sua salvação. Ou falta de esperança com a sua santificação. Você pensa: “Eu sou muito orgulhoso. Eu estou preso nesse pecado há muitos anos. Eu sou um caso perdido”. E sua esperança de mudar está evaporando. Levante os olhos para o céu. Levante os olhos para o céu e veja Cristo— o Cordeiro no trono. Veja o Rei humilde, o único que poderia dizer: “Meu grandioso poder e [a] glória da minha majestade”. E seria verdade. Mas em vez disso, ele veio dizer: “Eu vim ser humilhado para que vocês sejam exaltados. Eu vim para morrer, para que vocês tenham vida. Eu vim buscar e salvar o perdido”. E foi o que ele fez. Jesus não usa o grandioso poder dele para se vangloriar e nos destruir, como Nabucodonosor fazia. Ele usa o grandioso poder dele para se humilhar e destruir a morte no nosso lugar. Crentes e não-crentes, olhem para Cristo com fé, como aquele que foi humilhado por causa do seu orgulho, e você será salvo. E você será santificado. E você será levado para o reino dos reinos—o reino de Cristo. Se Deus está humilhando você, mostrando seus pecados e sua fraqueza. Esperança. Quando Deus está nos humilhando, Deus está nos salvando. VERDADE # 7: SUA HUMILHAÇÃO É A SUA SALVAÇÃO ESPERANÇA: NENHUM CORAÇÃO É DURO DEMAIS PARA UM DEUS QUE DOMINA Deus continua dominando e salvando nesse mundo. Esses dias o Jean compartilhou um pouco da história da Dona Aparecida, a avó da Iane. Dona Aparecida foi uma Nabucodonosora. Ela viveu uma vida inteira atribuindo poder à imagens. Ela viveu uma vida inteira de medo. Medo de sair de casa. Medo de morrer. Muitos medos. Durante uma tempestade, ela ficava sentada na cama e tirava todos os grampos da cabeça com medo do arame do grampo atrair um raio e matá-la. E, durante a vida inteira dela, pessoas da família dela foram sendo salvase ficaram testemunhando para ela, como Daniel fez com o rei da Babilônia. O marido dela, depois filhas, netas. Mas Dona Aparecida tinha uma coração de pedra—de aço inoxidável. Difícil de se dobrar. Mas ao longo de décadas, ela ouvia o evangelho. O Senhor colocou testemunhas de Cristo para falar de Cristo. Incluindo Jean e Iane. Oferecendo perdão e esperança e chamando Dona Aparecida ao arrependimento e a fé. Por décadas. Até que Dona Aparecida levantou os olhos para o céu e reconheceu. Ela reconheceu que o Altíssimo reina e o Rei do céu é o único que pode salvar. Dia 24 de agosto de 2024, 3 semanas atrás, Dona Aparecida foi batizada aos 98 anos de idade. Para Deus, nada é impossível. A fé entrou no coração, o medo parece que está saindo. No último final de semana, ela saiu de casa e pegou um Uber para ir à igreja. Com um Deus assim, nós não devemos perder a esperança. CONCLUSÃO Comer capim não é agradável. O gosto é ruim. Mas muitas vezes é o que nós precisamos para ter nosso orgulho retirado de nós e a fé em Cristo injetada em nós. Muitas vezes é o que nós precisamos para reconhecer. Reconhecer que Deus domina. A verdadeira tranquilidade e a verdadeira felicidade não está em ter domínio sobre a sua vida. Você só pode experimentar tranquilidade e felicidade reconhecendo que Deus domina. Essa é a verdade que dá esperança para você continuar pela porta estreita e o caminho apertado que conduz a vida. Porque: Quem se exaltar será humilhado; e quem se humilhar será exaltado (Mateus 23:12). Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Daniel 4: Quando Sua Humilhação é Sua Salvação

Existem momentos em nossa vida em que a melhor coisa que pode acontecer conosco é comermos capim. Comer capim pode salvar a sua vida.

Série: Domínio e Esperança 8 de setembro de 2024 – IBJM INTRODUÇÃO   Essa é uma passagem movimentada. Tem muita coisa acontecendo nesse capítulo. Nabucodonosor—o homem mais poderoso do mundo—usa muito dinheiro do Império para construir uma estátua dele mesmo. Muita música também. E muitas pessoas adorando uma imagem. E o rei muito irado com os 3 jovens. E uma fornalha muito quente. E uma salvação muito espetacular. Muita coisa acontecendo.   Mas esse capítulo é sobre um assunto. Um assunto: ADORAÇÃO. A atividade mais sublime que um ser humano pode fazer. O exercício mais glorioso que você pode se envolver. O propósito maior para o qual nós fomos criados.   Daniel 3 é um texto sobre adoração. Só nos primeiros 15 versículos, adoração aparece 7 vezes. Por exemplo:   •  [6] Quem não se prostrar  e não a adorar  será, no mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente. •  Segunda frase do v.[12] (...) Esses homens fizeram pouco caso do senhor, ó rei; não prestam culto  aos deuses do rei, nem adoram  a imagem de ouro que o senhor levantou. •  [14] Nabucodonosor lhes disse: — Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, é verdade que vocês não prestam culto  aos meus deuses, nem adoram  a imagem de ouro que levantei?   Por que Daniel repete tantas vezes: “prestar culto” e “adorar”? Porque ele quer ter certeza de que nós não vamos perder de vista o que realmente está em jogo aqui: adoração.   Se Deus realmente existe e se ele é quem a Bíblia diz que ele é—santo, soberano, o único Deus Salvador, então nós devemos adorá-lo de todo o nosso coração , de toda a nossa alma  e de todo o nosso entendimento . E nós não devemos dividir nossa devoção a ele com nada nem ninguém nesse mundo.   O Senhor está usando 3 jovens adoradores durante o exílio na Babilônia para nos ensinar sobre adoração.   Esse texto tem 5 lições sobre adoração para você continuar confiando no Deus que é digno de ser adorado:   PRIMEIRA LIÇÃO: TODO SER HUMANO É UM ADORADOR (VV. 1-7)   Sem exceção. Todo ser humano adora. Adorar é tão natural para nós quanto respirar.   Muitas coisas na Babilônia eram diferentes para Sadraque, Mesaque e Abede-Nego: língua diferente, lugar diferente, clima diferente, comida diferente, governo diferente.   Mas o que era mais diferente na Babilônia era o deus deles. E o culto  deles. Não é que não existia adoração na Babilônia. Existia! Mas era uma adoração diferente. Errada. Uma adoração falsa.   É por isso que Nabucodonosor manda fazer uma estátua enorme:   [1] O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que tinha vinte e sete metros de altura e dois metros e setenta de largura, que ele levantou na planície de Dura, na província da Babilônia.   27 metros—a altura de um prédio de 9 andares. É uma estátua gigante. Do tamanho do ego de Nabucodonosor.   No capítulo 2, Daniel tinha revelado o sonho que Nabucodonosor teve. O sonho foi sobre uma imagem imensa e de extraordinário esplendor (Daniel 2:31). E Nabucodonosor era a cabeça de ouro dessa imagem.    Ainda assim, Nabucodonosor não se dobrou a Deus. Pelo contrário! Ele resolveu fazer uma imagem imensa dele, toda de ouro, para que mostrar a grandeza e o esplendor e a majestade pertencem a ele.  Daniel falou que o reino dele seria destruído e que um outro reino (que é o reino de Cristo) dominaria toda a terra. Ele convoca os chefes de estado e políticos e funcionários do governo de todo o Império. Mas eles não foram para uma reunião de negócios. Eles foram para um culto. Um culto pagão.   [4] Nisto, o arauto proclamou em alta voz: — Ordena-se a vocês, pessoas de todos os povos, nações e línguas, [5] que, no momento em que ouvirem o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, da lira, da gaita de foles e de todo tipo de música, vocês se prostrem e adorem a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou. [6] Quem não se prostrar e não a adorar será, no mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente.   Não existe liberdade religiosa. Não existe tolerância. Quem não se prostrar à imagem, morre.   Nabucodonosor deixou a Orquestra Sinfônica da Babilônia preparada—os melhores músicos do mundo com seus instrumentos. O representante do rei (o arauto) faz o chamado à adoração e adoração acontece.   [7] Assim, quando ouviram o som da trombeta, da flauta, da harpa, da cítara, da lira e de todo tipo de música, pessoas de todos os povos, nações e línguas se prostraram e adoraram  a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado.   Essa cena nos lembra que o homem sem Deus não é um homem sem adoração. Um homem sem Deus é um homem com adoração errada—adoração falsa.   O ser humano é um ser religioso. Os deuses variam de forma, de tamanho, de tipo de material—madeira, prata, ouro. Variam de nome. Os rituais de adoração mudam, mas uma coisa que nunca sai do coração humano é adoração. Adorar é tão natural para nós quanto respirar.   Mas nós podemos pensar: “Eu não estou adorando nenhuma imagem na minha casa. Eu não tenho esse problema. Pode ir para o próximo ponto, pastor. Obrigado”.   Vamos mais devagar. Ver o homem mais poderoso do mundo construindo uma imagem de ouro de 27 metros tem implicações para nós.   ÍDOLOS INVISÍVEIS   Mesmo que nós não estejamos adorando imagens nas nossas casas ou na igreja, nós podemos estar sendo controlados e confiando em algo que não seja o Deus verdadeiro. Nós podemos buscar satisfação e segurança em alguma coisa da criação em vez de buscar satisfação e segurança no Criador. Isso é também adoração errada.   Fazer exercício físico é bom e importante. Faz bem para a nossa saúde. Mas se uma pessoa gasta dezenas de horas em uma academia por semana, mas não é capaz de gastar algumas dezenas de minutos nas coisas de Deus, nós temos adoração errada.   Eu digo para vocês que, nesse caso, a academia se tornou um templo, e a série de exercícios é o culto. É uma adoração ao deus chamado aparência física.   Milhões e milhões de pessoas buscam satisfação e segurança nos bens que elas têm. Elas gastam tudo o que tem e mais um pouco para comprar e comprar e depois comprar mais. Eu digo que, nesses casos, o shopping center se tornou o templo, o cartão de crédito na maquininha se tornou o ritual religioso e as roupas e carro e celular e as compras se tornaram o deus em quem elas buscam satisfação.   Trabalhar é bom. Deus criou o trabalho. Mas se eu trabalho mais que o necessário e negligencio minha família e minha igreja e meu relacionamento com o Senhor, eu digo que, nesses casos, o trabalho se tornou um culto pagão, a carreira se tornou o meu deus.   Comer é bom. Comer dá prazer. É maravilhoso comer. Mas se quando eu estou ansioso eu vou para a comida para acalmar meu coração em vez de ir para Deus, eu digo que, nesses casos, eu transformei a comida—que é uma coisa boa—em um ídolo.   Esse tipo de idolatria pode ser menos aparente que se dobrar diante de uma estátua enorme, mas não é menos perigoso.   Nós precisamos de uma dose de honestidade e nos examinarmos e ver que ídolos estão sendo levantados no meu coração. E, como no caso do sonho do rei no capítulo 2, nós precisamos pedir para Cristo, nossa Rocha, quebrar esses ídolos. Só nele você pode ter satisfação real. Só nele você pode ter segurança. Só ele é digno da sua adoração.   A MENTALIDADE DO “EU”   Existe ainda uma segunda implicação para nós nessa estátua de ouro de 27 metros de Nabucodonosor. Nós não estamos exigindo que as pessoas adorarem uma imagem nossa, mas nós podemos ter a mesma mentalidade do ego inchado do rei da Babilônia.   Nós podemos sofrer da Síndrome de Nabucodonosor. Viver como se o mundo inteiro tivesse que me servir porque eu sou o centro do Universo. Para a nossa tristeza, essa é a maneira em que nossa carne fala para vivermos.   Francis Schaeffer coloca esse perigo muito bem em um sermão. Schaeffer foi por muitos anos um missionário na Suíça. Ele fala da estátua famosa que fizeram de Napoleão, o grande comandante do exército francês com muitas conquistas.   Na estátua, Napoleão está com a mão por dentro da roupa dele, na altura do peito. O escultor capturou o ar de confiança. Essa atitude de “eu sou grande”. “Eu quero, eu posso”, uma mensagem que o mundo prega em quase todos os comerciais e anúncios.   Essa é a mentalidade do “eu”. Essa mentalidade da carne. Essa é a Síndrome de Napoleão. A Síndrome de Nabucodonosor. A mentalidade de que as pessoas têm que me servir. Essa é a mentalidade oposta a maneira como o nosso Senhor Jesus viveu.   No Jardim do Getsêmani, Jesus—o Filho de Deus—estava prostrado, orando a Deus:  “Pai, seja feita a tua vontade” . Que diferença de atitude. O verdadeiro Rei do Universo prostrado para nos salvar. Isso é viver no Espírito, e não na carne.   Povo de Deus, o maior perigo para a nossa igreja não é o crescimento do Islamismo. Nem o liberalismo. Nem o progressismo. Nem o Catolicismo. Nem mesmo o secularismo. O maior perigo para a nossa igreja é outro “-ismo”. O maior perigo para a nossa igreja é o egocentrismo. Como nós ouvimos na reunião de oração na quinta-feira: ou nossa vida será cristo-cêntrica ou ego-cêntrica.   O maior perigo para as nossas famílias e para a nossa igreja e todas as igrejas evangélicas nesse mundo é a religião chamada “ egocentrismo ”—uma espécie de síndrome de Nabucodonosor que todos nós precisamos rejeitar. Como Francis Schaeffer disso: o maior perigo é vivermos na carne, e não no Espírito.   Quando nós vivemos com a expectativa de sermos servidos—como Nabucodonosor—e não com a atitude de servirmos em casa, na igreja, no mundo—como Jesus, nós precisamos nos arrepender, pedir perdão ao Senhor, e pedir para ele nos dar a mente de Cristo: a mentalidade de servo.   Que o Senhor nos ajude a reconhecermos os falsos ídolos, as imagens de ouro de 27 metros no nosso coração para destruirmos cada uma delas.   Segunda verdade para nós durante o nosso tempo de exílio.   SEGUNDA LIÇÃO: VOCÊ SERÁ ODIADO NESSE MUNDO (VV. 8-15)   Nós precisamos ter uma expectativa correta dos nossos anos na Babilônia, antes de irmos para a nossa Terra Prometido nos Céus. E uma expectativa bíblica e correta para essa vida é: você será acusado, ameaçado e odiado pelo mundo.   [8] No mesmo instante, alguns homens caldeus [os mágicos e encantadores da Babilônia] se aproximaram e acusaram  os judeus.   Eles vão até o rei para fofocar:   [12] Há uns homens judeus, que o senhor, ó rei, pôs como administradores da província da Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Esses homens fizeram pouco caso do senhor, ó rei; não prestam culto aos deuses do rei, nem adoram a imagem de ouro que o senhor levantou.   Nabucodonosor fica com ódio. Versículo 13 fala que ele ficou “irado e furioso”. Ele manda chamar os 3 jovens judeus e dá uma segunda chance para eles. Repare que a fidelidade deles não fez a pressão da cultura contra eles diminuir. Pelo contrário! A pressão aumentou. É o que geralmente acontece quando você não desiste de andar com o Senhor. O mundo também não desiste de tentar seduzir você.   [15] Agora, pois, se vocês estão prontos, quando ouvirem o som da trombeta, da flauta, da cítara, da harpa, da lira, da gaita de foles, prostrem-se e adorem a imagem que eu fiz. Mas, se não a adorarem, serão, no mesmo instante, lançados na fornalha de fogo ardente.   Nós não devemos viver com a expectativa de sermos servidos. Mas nós devermos ter a expectativa de sermos acusados e ameaçados por aqueles que não conhecem o Deus verdadeiro.   Quando você é fiel ao Senhor onde você estuda e no seu trabalho e na sua casa, você pode esperar acusação e ameaça. Quando você não se prostra aos ídolos da ideologia de gênero; quando você rejeita os esquemas desonestos no trabalho e decide fazer somente o que é correto; quando você for firme sobre as suas convicções, mesmo sendo educado e amoroso, você será perseguido.   OUTRA MOEDA   Da parte deles em relação a nós, povo de Deus, haverá ódio. A grande questão para nós é: e da nossa parte? Como nós vamos responder ao que eles fazem? O Senhor Jesus nos chama a responder com amor. Não com ódio, nem se juntando a devassidão, mas servindo e amando e orando e oferecendo perdão, de graça, em Cristo Jesus.   Se trataram o nosso rei daquele jeito, se fizeram tudo o que fizeram com ele, nós não podemos esperar um tratamento diferente. Se nós nos identificamos com Cristo, nossa expectativa deve ser receber o mal. E nossa resposta deve ser devolver com bem.   Parece impossível, mas não é. É possível, se nós nos lembrarmos que foi assim que o Senhor Jesus respondeu ao nosso mal. Ele não respondeu com ódio. Ele respondeu com amor. Tanto amor que fez ele morrer uma morte de cruz para nós não termos que ser destruídos.   Quando seus parentes não-convertidos tratarem você mal; quando seu chefe for injusto com você porque ele sabe que você é cristão; quando pessoas onde você estuda e trabalho debocharem de vocês, você pode, no poder do Espírito Santo, não devolver com a mesma moeda. Você pode trocar de moeda e dar como troco o amor.   Em alguns casos, eles vão consertar a adoração deles. Eles vão abandonar os ídolos desse mundo e vão correr para os braços daquele que nos amou também.   Romanos 12:21—Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem.   UMA PERGUNTA FÁCIL   Nabucodonosor termina seu discurso de ódio com uma pergunta:   [15] (...) E quem é o deus que os poderá livrar das minhas mãos?   Isso é o que eu chamo de “deixar a bola na marca do pênalti”. Não tinha uma pergunta mais fácil?   “E quem é o deus que os poderá livrar das minhas mãos?”   Deus. Deus com “D” maiúsculo. Nosso Deus. O Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.   TERCEIRA LIÇÃO sobre ADORAÇÃO: NÃO IMPORTA O QUE ACONTEÇA, ADORE A DEUS SOMENTE (VV. 16-18)   A coragem desses jovens nos inspira. Olha como eles começam a resposta:   [16] Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: — Ó Nabucodonosor, quanto a isto não precisamos nem responder.   Eu não falei que a pergunta era fácil. Eles também acham:  “Não precisamos nem responder”.   Agora, veja como a teologia deles afeta como eles respondem às provações. Eles sabem que Deus tem poder para fazer o que ele quiser:   [17] Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das suas mãos, ó rei.   Sadraque, Mesaque e Abede-Nego são reformados. Eles creem na absoluta soberania de Deus sobre a vida deles. “Se o nosso Deus... quiser livrar-nos, ele nos livrará”. Eles faz o que ele quer. Ele é Deus!   Que convicção! Que coragem! Que teologia! Na mente desses 3 homens, não existe uma gota de dúvida sobre quem Deus é.   Ele é o Deus que controla tudo o que acontece. Eles sabem que, no final das contas, eles não estão nas mãos de Nabucodonosor. Eles estão nas mãos de Deus.   Use boa teologia para o seu bem e a glória de Deus. Você pode pregar para você mesmo:   “Eu não estou nas mãos das pessoas que me ameaçam. Eu não estou nas mãos do meu chefe no trabalho. Eu não estou nas mãos de professores ateus. Eu não estou nas mãos dos governantes ímpios do meu país. Eu estou nas mãos do meu soberano Deus”.   Boa teologia gera força para nos fazer enfrentar o homem mais poderoso do mundo, como esses 3 meninos fizeram.   A segunda parte da resposta deles mostra que eles tinham uma forte convicção, não só na completa soberania de Deus. Eles tinham uma forte convicção também no completo amor de Deus.   [18] E mesmo que ele não nos livre, fique sabendo, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que o senhor levantou.   Veja como a teologia desses meninos afeta a vida deles. Eles não definem o amor de Deus por eles baseado nas circunstâncias . “Se a vida está fácil, Deus me ama. Se a vida está difícil, Deus não me ama”.   Não! Eles entendem que o amor de Deus não é definido pelo que está acontecendo em volta deles. Eles entendem que o amor de Deus é baseado no que Deus prometeu  fazer com aqueles que confiam nele. E Deus prometeu amá-los por toda a eternidade.   Para eles é claro: com fornalha ou sem fornalha, se nós vivermos ou se nós morrermos, nosso Deus é soberano. Nosso Deus nos ama. A boa teologia tem poder!   Para [eles] o viver é Cristo, e o morrer é lucro (cf. Filipenses 1:23).   Não meça amor de Deus pela quantidade de fornalhas ardentes que você passa. Não meça o amor de Deus pela temperatura das provações que você passa. Meça o amor de Deus pela cruz de Jesus. Meça o amor de Deus pela cruz de Jesus.  Quando você tiver confuso e com medo diante da fornalha da aflição na sua frente, traga à sua mente o amor soberano de Deus. Você olha para a cruz e veja o amor de Cristo por você. Ele quis livrar você do julgamento e por isso ele quis morrer no seu lugar. Ele já livrou você do fogo eterno do juízo de Deus.   Se ele quiser livrar você, ele vai livrar da fornalha da aflição. Ele é Deus! Se ele tiver outro plano, você passará por sofrimento. Mas uma coisa você não precisa ter uma gota de dúvida: do amor soberano de Deus em Cristo Jesus, nosso Senhor.   Jovens, vocês podem viver como Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Vocês não precisam se dobrar aos ídolos desse mundo. Você não precisa fazer o que todo mundo faz. Com a ajuda de Deus, você pode ser diferente. Abençoadamente diferente.   O mundo diz que você pode beber à vontade, que você ter relacionamento sexual antes do casamento, que você pode mentir, que você pode ser desonesto no trabalho, e que você pode ser desonesto nas provas da faculdade. Eles dizem que você pode usar uma linguagem indecente, ouvir músicas com frases indecentes e assistir coisas indecentes.   Como um adorador de Cristo, você pode dizer “não”. No poder do Espírito, você pode e deve dizer: “Não!” Não, porque a santidade é linda, e o pecado é feito. Porque a santidade é limpa, e o pecado é sujo. A santidade traz felicidade. O pecado traz culpa e vergonha.   Agarre-se no amor soberano de Deus, agarre a mão daquele que teve a mão perfurada no Calvário, e com a ajuda dele, você diz “não!” para os ídolos para dizer “sim!” para ele.   Essa é a terceira lição que aprendemos com esses jovens piedosos: não importa o que aconteça, adore a Deus somente.   QUARTA LIÇÃO: QUANDO VOCÊ ESTIVER NA FORNALHA, CRISTO ESTARÁ COM VOCÊ (VV. 19-26)   Nossas provações não são provas de que Deus não nos ama. Nossas provações são, na verdade, os lugares onde nós experimentarmos mais da presença e do amor de Deus.   Nabucodonosor fica com ainda mais raiva quando ele vê a fidelidade dos 3 homens a Deus. O versículo 19 fala que ele “se encheu de fúria”. Imagine o homem mais poderoso do mundo com raiva.   Ele manda aquecer a fornalha na maior temperatura possível. Ele escolhe os soldados mais fortes do Exército Imperial da Babilônia. Os brutamontes amarram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego com a maior força possível e eles jogam os 3 jovens no fogo.   O fogo estava tão forte que os soldados acabaram morrendo queimados.   [23] E os três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, caíram amarrados dentro da fornalha de fogo ardente.
   A ironia santa é que, enquanto Nabucodonosor é incapaz de proteger seus soldados, Deus é totalmente capaz de proteger seus servos fieis.   [24] Em seguida, o rei Nabucodonosor, muito espantado, se levantou depressa e perguntou aos seus conselheiros: — Não eram três os homens que amarramos e jogamos no fogo? Eles responderam: — É verdade, ó rei. [25] Mas o rei disse: — Eu, porém, estou vendo quatro homens soltos [não mais amarrados], andando no meio do fogo! Não sofreram nenhum dano! E o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses.   Nabucodonosor disse que viu “um filho dos deuses”. Ele não sabe o que ele está falando. Essa quarta pessoa que estava junto com os jovens, na fornalha, não era “UM filho dos DEUSES”. Era O Filho de DEUS.   Geralmente, nas aparições de Jesus no Antigo Testamento, antes da encarnação, ele aparece como o Anjo do Senhor, agindo e falando e salvando em nome de Deus.   Mais para frente (no versículo 28), Nabucodonosor fala da quarta pessoa na fornalha como o anjo de Deus. Os 3 jovens na fornalha estava na companhia de Deus.   Jesus com eles na fornalha é o cumprimento de:   Isaías 43:2—Quando você passar pelas águas, eu estarei com você; quando passar pelos rios, eles não o submergirão; quando passar pelo fogo, você não se queimará; as chamas não o atingirão . Porque eu sou o Senhor, seu Deus, o Santo de Israel, o seu Salvador.   Deus não promete que você não vai passar pela fornalha da aflição. Ele também não promete que você sempre será livrado do sofrimento no final. A grande promessa de Daniel 3 é que dentro da fornalha—durante a fornalha da aflição—você sempre terá companhia. O Deus que salvou você é o Deus que estará com você. Cristo, o Emanuel, “o Deus conosco”.   Sua aflição não é prova de que Deus não está presente. Pelo contrário! É na nossa aflição que a comunhão com Deus se torna mais profunda. Quando o fogo da provação queima o nosso desejo pelas coisas dessa vida e purifica a nossa fé nas promessas de Deus.   Nas mãos do Senhor, a fornalha da aflição se torna um lugar de encontro para desfrutarmos da presença de Deus. A fornalha se torna um lugar de culto—um lugar de adoração mais intensa, mais doce, mais fervorosa.   QUANDO VOCÊ ESTIVER NA FORNALHA, CRISTO ESTARÁ COM VOCÊ.   QUINTA LIÇÃO: CONFIE NO SENHOR, E ELE SALVARÁ VOCÊ (VV. 27-30)   Os 3 jovens judeus saíram da fornalha exatamente como entraram. A única diferença é que, em vez de amarrados, eles saíram soltos—livres.   [27] Os sátrapas, os prefeitos, os governadores e conselheiros do rei chegaram perto deles e viram que o fogo não teve poder algum sobre o corpo desses homens. Os cabelos da cabeça não foram chamuscados, os mantos não sofreram mudança, e eles não estavam com cheiro de fumaça.   Nem cheiro de fumaça. Deus não salvou mais ou menos. Deus não salvou em boa parte. Eles foram completamente, inteiramente, totalmente salvos.   Hebreus 7:25—Por isso, também pode salvar totalmente  os que por ele se aproximam de Deus, vivendo sempre para interceder por eles.   Quando Deus resolve salvar, ele salva de verdade. Quando você coloca a fé em Cristo, você não é meio salvo. Deus não faz a parte dele e agora você faz a sua. Deus não faz 50% e você completa com os outros 50%. Deus não dá uma vida quase eterna, se você não pisar na bola.   Cristo salva totalmente os que se aproximam dele com fé: cabelo não chamuscados, mantos não queimados; nem com a pele defumada eles ficaram—sem cheiro de fumaça.   Só Deus pode salvar totalmente. O rei da Babilônia reconhece:   [28] Nabucodonosor disse: — Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo [Cristo] e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo a servir e adorar um deus que não era o Deus deles. [29] Portanto, faço um decreto, ordenando que todo povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaçado, e que as suas casas sejam reduzidas a ruínas. Porque não há outro deus que possa livrar como este.   E no versículo 30 ele fez o trio de Judá prosperar.   Nabucodonosor ainda não foi convertido. Aguarde cenas dos próximos capítulos. Mas diante do que ele viu, ele foi convencido de que “não há outro deus que possa livrar como este”.   A grande lição de Daniel 3 é que só Deus deve ser adorado. Se ele quiser, ele irá nos livrar. Se ele não quiser, nós iremos sofrer. Mas que fique claro para o mundo que nós não iremos nos dobrar aos falsos deuses.   E assim nós experimentaremos a doce comunhão com o Senhor. Uma comunhão que começa já aqui na Babilônia. E que dentro da fornalha da provação, fica ainda mais intensa.   ONDE ESTÁ DANIEL?   Eu tenho uma pergunta: onde está Daniel? Os 3 amigos dele aparecem o tempo todo. Mas o nome de Daniel não aparece nenhuma vez. Onde está Daniel nessa história?   Ele não quis contar. Nós não sabemos onde Daniel estava. Nós sabemos o que Daniel estava fazendo. Ele estava adorando. Não aquela estátua ridícula, feita por mãos humanas. Ele estava adorando o Deus vivo e verdadeiro.   Mas Daniel não quis aparecer nesse capítulo. E com isso, ele quis enviar uma mensagem para nós.   Esse livro é sobre a presença de Deus com aquele que confiam no amor soberano dele. Deus salvou Daniel. Deus salvou os amigos de Daniel. E Deus salva você também.   Ele salva totalmente todos aqueles que se aproximam dele com fé em Cristo e se recusam a adorar os deuses desse mundo.   Mas talvez você se pergunte: “Ah, mas será que eu seria fiel também? Esses jovens eram corajosos. Policarpo era corajoso. Mas será que eu não abandonaria a Deus?”   Não. Se você está em Cristo, eles podem tirar a sua vida, mas o que o mundo não vai conseguir fazer é tirar a adoração a Deus do seu coração.   Fidelidade é um dom que Deus distribui para todo o seu povo. Para jovens judeus na Babilônia e para homens e mulheres que foram comprados com o sangue de Cristo em Sumaré. Ele dá coragem e fidelidade para meninas cristãs na Índia.   MAHI: JESUS OU ALDEIA? Fonte: https://portasabertas.org.br/noticias/cristaos-perseguidos/a-menina-de-jesus   Essa semana eu li a história de Mahi. Quando ela ainda era pequena, a mãe dela foi convertida e Mahi e irmã acabaram sendo salvas também. Mas elas viviam em uma aldeia hindu na Índia. Elas eram as únicas cristãs em toda a aldeia. Mahi ficou conhecia como a menina de Jesus. Um título que os perseguidores deram para ela. Mas que título de honra!   Elas começaram a ser perseguidas, inclusive pelo próprio pai hindu. A saúde da mãe da Mahi acabou piorando diante de um tratamento tão ruim em casa e ela acabou morrendo.   O pai ficou furioso e proibiu as filhas de irem à igreja. Ele era alcoólatra e depois de 6 meses da morte da mãe, o pai morreu também. A irmã se mudou para outra cidade e Mahi ficou sozinha. Mas não sozinha. Ela tinha a companhia do Salvador dela. Mas a perseguição não parou.   Ela ia buscar água no moço, e os vizinhos jogavam os baldes dela fora. Ela ia para a escola, e os meninos assediavam a ela. O chefe da aldeia determinou que se alguém ajudasse ou falasse com a Mahi, seria excluído da comunidade.   Até que um dia o pastor foi junto com uns 10 irmãos da igreja para a casa dela. Os hindus cercaram a casa e disseram: “Vamos trancar vocês e colocar fogo na casa”. Mas Deus preservou a eles. Eles conseguiram escapar com vida.   No dia seguinte, o conselho da aldeia convocou uma reunião com representantes de aldeias vizinhas. Julgaram a Mahi e disseram:   “Ou você deixa Jesus ou sai desta aldeia”.   A pergunta foi fácil. As consequências são difíceis, mas Mahi não teve dúvida o que ela deveria fazer. Mahi escolheu a melhor parte. Ela foi embora da aldeia só com o que ela podia carregar. Ela disse:   “Quando meus pais morreram, perdi tudo. Mas por meio de Cristo tenho uma grande família—a igreja. Estou muito feliz com isso. Assim como Jesus me salvou, quero alcançar outros jovens para Jesus. Quero empenhar a minha vida nisso”.   Amor soberano. Ela entendeu que ser a menina de Jesus é ser amada pelo Rei do Universo. E agora ela quer ver pessoas de todos os povos, nações e línguas se prostrando, não as falsos deuses do hinduísmo ou falsos deuses do mundanismo. Ela quer ver as pessoas se prostrando com alegria em adoração ao Rei Jesus.   Nós precisamos continuar espalhando a mensagem do amor soberano de Deus em Cristo para as nações.   CONCLUSÃO   Os reinos desse mundo vão tentar seduzir você. Os reinos desse mundo vão tentar destruir  você.   Na provação, agarre-se ao amor soberano de Deus em Cristo Jesus. E você será salvo. Não se prostre aos deuses desse mundo. Não faça o que todo mundo faz.   Adore a Deus somente, porque nada, nada, nada na criação poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Daniel 3: Na Fornalha Ardente

Adoração: a atividade mais sublime que um ser humano pode fazer. O exercício mais glorioso que você pode se envolver.

Domingo, 10h30 Acompanhar série no Youtube Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Série em Daniel: Domínio e Esperança

Domingo, 10h30 Acompanhar série no Youtube Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 Sumaré - São Paulo

2 Coríntios 4 01 de setembro de 2024 – IBJM Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Tesouros em Vasos de Barro

2 Coríntios 4 01 de setembro de 2024 – IBJM Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 Sumaré - São Paulo

Marcos 10:32-45 25 de agosto de 2024 – IBJM Não se engane: seguir Jesus significa entregar toda a sua vida e tudo o que você tem para Ele, para que Ele use você e tudo o que você tem para a glória Dele. Significa viver para imitá-lo continuamente.   O evangelho não é uma promessa de solução de problemas pessoais; é a promessa de uma cruz para carregar e uma vida para gastar. O evangelho não é uma filosofia para exercício intelectual e desenvolvimento moral; é a renovação da mente para viver não mais a sua própria vida, e sim, a vida de Cristo. O evangelho não é um passaporte para se viver uma vida melhor e mais confortável; é o passaporte para viver como peregrino em terra estranha debaixo do bombardeio do inimigo. O evangelho não é um pacote de entretenimento e lazer; é o pacote de verdades gloriosas para se deleitar em Deus. O evangelho inclui, obrigatoriamente, a relação perda-e-ganho: você perde a sua vida e ganha a vida eterna, Jesus, como Ele mesmo disse: “... quem perder a sua vida por minha causa, esse a achará”  (Mt 16.25).   Jesus está revelando aos discípulos o que significa eles O seguirem e quais são as implicações na vida de alguém que segue os Seus passos. Jesus está terminando seu ministério público. Os capítulos restantes de Marcos vão tratar dos eventos da última Ceia, crucificação e ressurreição de Cristo. O “caminho para Jerusalém” tem três pontos que podemos destacar: 1) o prenúncio do sofrimento de Cristo; 2) o fracasso dos discípulos; e 3) o chamado do discipulado (Jesus chamando os seus discípulos a andarem com Ele no mesmo caminho de serviço e sofrimento). Com o texto dividido nessas três partes, vamos ao primeiro ponto.   1°: O PRENÚNCIO DO SOFRIMENTO DE CRISTO   V.32 “Estavam a caminho, subindo para Jerusalém...” . Jesus estava a caminho do matadouro. Jerusalém era a cidade onde Ele haveria de fazer expiação pelo Seu povo por meio do Seu sacrifício na cruz. E o texto diz que “Jesus ia adiante  dos seus discípulos” , como se estivesse antevendo o que Ele vai ensinar nos versos 43 e 44 sobre os discípulos seguirem o mesmo caminho do sofrimento. O crente não define o seu próprio caminho; é Cristo quem define o caminho que os cristãos seguem. E o fato de Jesus ir adiante deles, justamente nessa ocasião, de estar indo para Jerusalém para ser morto, nos instrui nessa verdade. Essa firmeza e determinação de Jesus em ir adiante deles, faz com que eles se admirem. Isso chama a atenção dos discípulos. É como se eles estivessem pensando: “Ele está querendo nos ensinar alguma coisa com isso”. Lucas 9.51 diz que “Jesus manifestou, no seu semblante, a firme resolução de ir para Jerusalém” ; verso 53: “... o aspecto dele era de quem, decisivamente, ia para Jerusalém” .   V.33 Então, Ele chama os doze discípulos para perto e começa a dizer a respeito do seu sofrimento, que o “Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas” . Essa é a terceira vez que Jesus prediz a Sua morte aos discípulos. Ele já havia feito isso em 8.31 e 9.31. Mas aqui é diferente, pois Ele dá detalhes do que vai acontecer, o que não havia feito nas outras duas vezes.   V.34 “Vão zombar  dele, cuspir  nele, açoitá-lo  e matá-lo ” . Esse roteiro que os romanos fariam com Jesus já havia sido dito pelo profeta Isaías. Isaías 50.6: “Ofereci as costas aos que me batiam e o rosto aos que me arrancavam a barba; não escondi o rosto dos que me afrontavam e cuspiam em mim” . E, também em Isaías 53: Verso 3: “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores e que sabe o que é padecer. E, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso” . Verso 5: “Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades” . Verso 12: “... derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores. Contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” .   2°: O FRACASSO DOS DISCÍPULOS   Vv. 35-37             “Então, se aproximaram dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: - Mestre, queremos que o senhor nos conceda o que vamos pedir. (Tiago e João eram dois dos três discípulos que faziam parte do círculo menor de Jesus, eram mais chegados de Jesus. Talvez, isso tenha dado a eles coragem para fazer o pedido que fizeram) . 36  E Jesus lhes perguntou: - O que querem que eu lhes faça? 37  Eles responderam: - Permite-nos que, na sua glória, nos assentemos um à sua direita e o outro à sua esquerda” . Sabe o que Tiago e João entenderam do que Jesus tinha acabado de falar para eles? NADA! Eles não entenderam nada! Jesus já vinha dando indicativos do que isso significava. Intercalando com os relatos da Sua morte, Jesus falava sobre servir e sofrer. Na transfiguração de Jesus, os discípulos ouviram Deus Pai falar: “Este é o meu Filho amado; escutem o que ele diz”  (Mc 9.7). Em Mc 9.35, Jesus diz que “se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos” . Depois, em Mc 10.17-22, na história do jovem rico, Jesus diz que esse jovem tinha que vender e dar tudo o que possuía e segui-lo. Depois, em Mc 10.31, Jesus diz que “os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros” . Tudo isso intercalando com os seus discursos sobre a sua morte. Isso não é por acaso. Os discípulos tinham tudo isso em mente quando, indo para Jerusalém com Cristo, viam Ele indo à frente deles, decidido a ser entregue, sofrer e morrer. E Jesus, tendo dito todas essas coisas, sabe o que foi que os discípulos ouviram? Final do verso 34: “... mas, depois de três dias, ressuscitará” . Olha o pedido deles: “Permite-nos que, na sua glória...” . Eles só prestaram atenção no final da mensagem. Eles ansiavam por grandeza, por prestígio. “Ótimo, Senhor, quando o senhor ressuscitar, queremos reinar contigo”. Olhe a diferença entre a mentalidade de Jesus e dos discípulos:  Jesus havia acabado de dizer que ia morrer, e os discípulos estavam preocupados com glória, poder. Eles se atentaram apenas sobre a ressurreição e a glória de Cristo. Eles tinham entendido quem Jesus era (o Messias prometido, o Filho do Homem), mas não compreenderam o porquê Ele veio e qual era a participação deles nessa vinda de Cristo. A mentalidade que o evangelho nos dá não nos ajuda somente saber quem é Jesus, mas, também, saber por que Ele veio e qual é a nossa participação em tudo isso. O Deus em carne, Jesus Cristo, veio para morrer. Todos os milagres não eram o propósito final da Sua vinda. Morrer era o propósito da Sua vinda. E a nossa participação nesse reino em que nós estamos agora, vivendo agora, é: morrer e dar a nossa vida por Aquele que morreu e deu a vida por nós. Se tivéssemos que resumir isso em uma palavra, seria: servir. APLICAÇÃO Jovens: como vocês pensam em usar o vigor de vocês na obra de Deus? Vocês pensam sobre isso? Onde eu posso servir na igreja e usar mais os dons que o Senhor me deu? Se você tem carro, quem na igreja não tem e sempre precisa de ajuda para ir à igreja, ao mercado, fazer um exame médico? Uber é a primeira opção? Se você nota alguém sobrecarregado, o quanto você se dispõe a ajudá-lo com as atividades de rotina (limpar uma casa, fazer um almoço, cuidar dos filhos de um casal). Mais velhos:  se aproximar de casais mais jovens e ajudá-los nas suas dificuldades do casamento, na criação de filho, no trabalho (experiência). O quanto todos nós temos investido nas pessoas ao nosso lado?   V.38 A resposta de Jesus é justamente nesses pontos: “Mas Jesus lhes disse: - Vocês não sabem o que estão pedindo. Será que podem beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado?” . Jesus sabia que eles não haviam entendido. O que Jesus está dizendo, é: o sofrimento e o sacrifício formam o caminho para a glória. Os discípulos queriam receber a recompensa sem pagar o preço. Qual era o preço a ser pago para receber a recompensa da glória? Beber o cálice  e receber o batismo . Jesus está usando duas metáforas aqui, do cálice e do batismo. O cálice que Jesus ia beber era o cálice da ira de Deus, derramado sobre Ele na cruz, bebendo toda essa ira de Deus no lugar de pecadores. O batismo é uma referência para calamidade na vida de uma pessoa. No caso de Jesus, o Seu batismo era o Seu sofrimento e Sua morte; o juízo de Deus sobre Ele, como o Senhor fez juízo no dilúvio, matando toda a humanidade, com exceção de uma família, por causa do pecado do homem.             V.39 Mas Tiago e João respondem a Jesus: “Podemos” . Eles disseram que podiam beber o cálice e receber o batismo que Jesus receberia. Como na cabeça deles se passava toda a glória de uma realeza que eles estavam imaginando receber, talvez eles tenham pensado que o cálice era um cálice de ouro; que o batismo fosse uma forma de unção para um cargo mais elevado. Então Jesus responde a eles: “Vocês beberão o cálice que eu bebo e receberão o batismo com que sou batizado” . Os discípulos não iam beber o cálice da ira de Deus nem receber o batismo do juízo de Deus sobre eles. Isso só Jesus podia fazer. Cristo é o Cordeiro perfeito, o Substituto perfeito. O que Jesus quis dizer com isso, então? O que Ele ensina aos discípulos é que eles iam ser submetidos a uma forma de sofrimento. O sofrimento é inevitável. E esse sofrimento teria o propósito de purificar, de santificar cada um deles, para a glória de Deus. Jesus está ajustando a expectativa dos discípulos.   V.40 Jesus deu a eles a certeza de que passariam pelo sofrimento, mas disse que não competia a Ele conceder se assentarem um à sua direita e outro à sua esquerda. Jesus é o Deus-Homem. 100% Deus e 100% Homem. Em várias passagens, vemos Jesus exercendo a Sua divindade (curando, perdoando pecados), mas também, vemos Jesus se sujeitando ao Pai, tendo necessidades físicas, humanas, por conta das limitações de sua encarnação, que são inerentes a um ser humano. Aqui, vemos Jesus se sujeitando ao Pai novamente. Somente Deus decide a quem será dado esse privilégio. E esses lugares serão dados não somente a duas pessoas, mas a todos “aqueles a quem está preparado”  (são os “muitos” que Jesus veio resgatar – v.45).   V.41 Essa segunda parte termina com os outros discípulos mostrando as suas cartas. “Quando os outros discípulos ouviram isso, começaram a ficar indignados com Tiago e João” . Essa indignação muito provavelmente era por ciúmes ou por alguma ambição que eles tinham de receber a mesma honraria que Tiago e João pediram. O que nos ajuda a entender o texto dessa forma é o verso 42: “Mas Jesus, chamando todos  para junto de si...” . Quer dizer, um problema generalizado estava prestes a acontecer. Mas o Senhor acalma os ânimos de todos e diz qual é o lugar deles. Jesus está novamente ajustando a expectativa dos discípulos, mas agora de todos eles, não apenas de Tiago e João. Uma expectativa desequilibrada nos faz ver as coisas de maneira deturpada. APLICAÇÃO Homens : qual é a sua expectativa em relação às suas esposas? Que, diante de um conflito, ela venha pedir perdão a você? Que ela faça tudo para você e somente a sua vontade? Mulheres : qual é a sua expectativa em relação ao seu marido? Que ele tenha dinheiro para você poder gastar com unha, cabelo, roupa, toda semana ? Você espera que a sua rotina semanal funcione perfeitamente? E se não sair como você planejou? Crianças : qual é a sua expectativa com os seus pais? Que seus pais comprem tudo o que vocês pedem? Que seus pais não vão ficar chateados se tirarem nota baixa na escola? Para todos : qual é a nossa expectativa em relação à igreja? Que a igreja seja responsável pela educação dos nossos filhos? Nós ficamos chateados se os pastores não nos visitarem? Ou que eles são os nossos “solucionadores de problemas”? Que tenha um estilo de música ou instrumentos que você goste? Qual é a nossa expectativa em relação ao governo? O problema é o político A. Se for o B, resolve tudo. Precisamos ter nossas expectativas ajustadas pela Palavra de Deus. Que não esperemos ser servidos, mas parta de nós servirmos e colocarmos os interesses dos outros acima dos nossos próprios interesses. Precisamos entender quem Jesus é e o que é andar com Ele. Isso influencia tudo em todos os aspectos da nossa vida.   1° O prenúncio do sofrimento de Cristo 2° O fracasso dos discípulos   3°: O CHAMADO DO DISCIPULADO   V.42 No meio de tanto ciúme e fúria, Jesus chama os doze e diz a eles que “os governadores dos povos os dominam” , ou seja, eles buscam essa ambição egoísta que vocês estão querendo; são eles que agem desprezando os outros; são eles que buscam importância e prestígio e que acham que isso é autoridade absoluta, dominando os outros.   V.43 “ Mas  entre vocês não é assim; pelo contrário ...” . Jesus está discipulando os discípulos. Está ensinando o caminho que ele mesmo, Jesus, está trilhando. É o contrário do que aqueles fazem. Vocês não são como eles. Vocês querem ser grandes? SIRVAM! Não é domínio, é serviço! “... quem quiser tornar-se grande entre vocês, que se coloque a serviço   dos outros ; 44  e quem quiser ser o primeiro entre vocês, que seja servo   de todos ” . Os discípulos tinham que considerar que a liderança deles era um privilégio humilde, e não egoísta, de servir o povo que Deus estava para dar a eles. Exatamente o contrário dos ímpios. O que Jesus estava ensinando para eles era: vocês só podem alcançar a grandeza quando se colocarem na posição mais baixa, mais insignificante, mais inútil, se humilhando. Abra comigo em Fp 2.3-11, e veja se não é o que Jesus fez: Fp 2.3-11: “Não façam nada por interesse pessoal ou vaidade, mas por humildade , cada um considerando os outros superiores a si mesmo, 4  não tendo em vista somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros . 5  Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar (ou de agir) de Cristo Jesus, 6  que, mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo. 7   Pelo contrário , ele se esvaziou, assumindo a forma de servo , tornando-se semelhante aos seres humanos. E, reconhecido em figura humana, 8  ele se humilhou , tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9   Por isso  também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10  para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11  e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai ” .   V.45 É exatamente assim que Jesus conclui no versículo 45: “ Pois  o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas  para servir e  dar a sua vida em resgate por muitos” . Jesus é o modelo máximo de uma vida de serviço. Ele se humilhou, sofreu e deu a Sua vida por pecadores como nós, para resgatar um povo escolhido, que estava afundado no pecado, nas trevas, mas que agora pode ver a luz de Cristo brilhar forte, e seguir os passos do Servo Sofredor, sabendo que o final desse caminho é a exaltação e a glorificação com o Rei Vencedor. Jesus nos chama a sofrer com Ele e a servir como Ele. Jesus veio comprar a nossa salvação com a sua morte. Jesus veio nos servir dando a Sua vida, pois esse era o único meio de sermos salvos. Agora, nós servimos a Deus e aos outros, pois esse é o único meio de exercitarmos a nossa salvação.   CONCLUSÃO  Nós entregamos toda a nossa vida e tudo o que nós temos em benefício do evangelho, por amor de Cristo, porque foi exatamente o que Cristo fez por nós: Ele entregou a Sua própria vida no nosso lugar, para pagar a nossa dívida com Deus e nos deu tudo o que é Dele como herança eterna: uma vida de obediência perfeita diante do Pai, santidade, o céu, a vida eterna, o trono. Nós nos assentaremos no trono.  Em Hebreus 12 diz que Jesus, o Autor e Consumador da nossa fé, por causa da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, a vergonha, mas ressuscitou e está assentado à direita do trono de Deus.  Agora, preste atenção no que diz em Apocalipse 3.21 (como diz o meu pai, esse é um dos versículos que você só acredita no que está escrito porque está escrito): “Ao vencedor, darei o direito de sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com o meu Pai no seu trono” . Todo o caminho que Jesus percorreu, é o mesmo que nós percorremos. Ele foi à frente em todo  o caminho, não somente em uma parte dele, porque Jesus é o próprio Caminho. Ele nos leva ao Pai, e para chegar lá, o caminho começa pelo sofrimento, pela dor. Mas o próprio Deus é a garantia que não termina com sofrimento e dor, termina com glória, exaltação, glorificação.   Povo de Deus, o sofrimento nessa vida é normal. Nunca diga que você está passando por alguma tribulação como punição de Deus pelo seu pecado. Não! Nós passamos pelas dores porque esse é o caminho de Cristo. É a única estrada dos que já venceram pelo sangue do Cordeiro.   Esse é o preço do serviço, que vale cada lágrima dos nossos olhos; vale cada segundo lendo, meditando e orando as Escrituras; vale cada minuto aconselhando alguém, vale cada nota cantada pelas nossas vozes; vale cada momento da nossa comunhão como povo escolhido de Deus; vale cada sorriso de gratidão ao Senhor por tudo o que Ele tem feito por nós. Num esforço dependente do Espírito Santo de Deus, nós pagamos o preço de sermos um só com o Senhor. E mesmo diante das trevas militando contra nós, nos tentando separar do nosso Salvador, nós continuamos com os nossos olhos Nele, Jesus Cristo, e continuamos andando unidos, juntos, como um corpo, até o Dia Final, quando estaremos diante Dele, contemplando a Sua glória.   Vale a pena seguir Jesus. Vale a pena dar a sua vida e tudo o que você tem a Jesus. Na verdade, é a única coisa que podemos fazer na vida que valha a pena. E vale porque o fim desse caminho é vermos o nosso Criador face a face; é vermos o próprio Deus. Nós iremos ver Deus! Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Um Chamado ao Serviço e ao Sofrimento

Marcos 10:32-45 25 de agosto de 2024 – IBJM Não se engane: seguir Jesus significa entregar toda a sua vida e tudo o que você tem para...

Série: Domínio e Esperança 18 de agosto de 2024 – IBJM Eu tenho algumas perguntas para vocês: • Você já ficou com medo do que poderia acontecer com seu filho ou sua filha quando eles saíram sozinhos para andar de bicicleta ou para estudar ou saíram para trabalhar? • E quando seu marido precisa viajar, você fica preocupada? • E você, marido: quando você viaja ou precisa ficar fora por um tempo, você fica preocupado com a sua família enquanto você está longe? • Você já ficou preocupado com uma reunião no trabalho? Quando o seu chefe pede para conversar com você depois de um problema que aconteceu na empresa, você fica ansioso? • Vocês que estão estudando: vocês ficam preocupados quando vocês precisam apresentar um trabalho na frente de toda classe? Vocês ficam preocupados quando vocês têm uma prova? Sua mão fica suando?  Dá um pouco de dor na barriga? O coração bate um pouco mais rápido? Você fica pensando naquilo o tempo todo? Se você respondeu “sim” para alguma das perguntas acima  (ou se você respondeu “sim” para todas as perguntas acima), provavelmente você é um ser humano. E nós humanos somos seres preocupados. Mas, e se, assim que o seu filho saiu de casa ou assim seu marido saiu para viajar ou assim que o seu chefe mandou mensagem dizendo que queria conversar ou assim que você pegou a prova na mão, assim que começou essa situação que deixou você ansioso... e se Deus desse a você uma visão em que um anjo fala: “O seu filho irá voltar para casa bem”; “Você vai tirar uma nota excelente nessa prova”; “Sua família ficará segura”; “Sua reunião com o chefe será tranquila.” Se você tivesse absoluta certeza do que iria acontecer, o que aconteceria com o seu coração? O seu coração se aquietaria. Nós ficamos ansiosos porque nós não sabemos o futuro. Nós temos medo do que pode acontecer. E essa incerteza gera insegurança. E essa insegurança gera noites mal dormidas, mãos suadas, mente mais distraída durante o dia e um coração batendo mais rápido. Daniel 2 é o calmante mais forte que existe nesse mundo. E o mais eficiente. Deus está revelando o futuro em Daniel 2. E Deus está fazendo isso para aquietar nosso coração e nos lembrar que ele é Deus e que ele será exaltado na terra e que nós estamos em boas mãos. Nesse capítulo, Deus revela o futuro através do sonho do homem mais poderoso na época—o rei da Babilônia, o Império que dominava o mundo. CONTEXTO: O SONHO DE NABUCODONOSOR (VV. 1-13) NABUCODONOSOR SONHA (VV. 1-4) Daniel começa o capítulo 2 exatamente da mesma maneira  em que ele começou o capítulo 1: nos localizando no tempo. [ 1] No segundo ano do seu reinado, Nabucodonosor teve uns sonhos que o deixaram perturbado e sem poder dormir. Daniel e seus amigos tinham acabado de terminar o curso  de 3 anos da Cultura e Língua dos Caldeus na Universidade Federal da Babilônia. Agora eles estão com 17 anos. Mas eles não entram na história ainda. O rei convoca os astrólogos, videntes—os grandes magos do mundo— para explicar o sonho para ele. Os babilônios acreditavam que os sonhos de um rei determinavam a maneira em que ele deveria governar. O procedimento comum era: o rei conta o sonho para os magos, e os magos contam para o rei o que o sonho significa. [4] Os caldeus disseram ao rei em aramaico: — Que o rei viva eternamente! Conte o sonho a estes seus servos, e daremos a interpretação. Mas Nabucodonosor foi absurdamente mais exigente: ele exigiu que os magos adivinhassem o que ele sonhou e depois dessem a interpretação. E ele ainda faz uma ameaça. NABUCODONOSOR AMEAÇA (VV. 5-11) [5] Mas o rei respondeu aos caldeus: — Uma coisa é certa: se não me contarem o sonho e a sua interpretação, vocês serão despedaçados, e as casas de vocês serão reduzidas a ruínas. [6] Mas, se me contarem o sonho e a sua interpretação, vocês receberão de mim dádivas, prêmios e grandes honras. Portanto, contem-me o sonho e a sua interpretação. Nabucodonosor não estava ameaçando de brincadeira. Ele era conhecido por seu comportamento brutal. No livro de 2 Reis, nós temos registrado o que ele fez com Zedequias, o rei de Judá. Ele colocou os filhos de Zedequias na frente dele, matou todos os filhos para ser a última coisa que ele veria nessa vida, furou os olhos de Zedequias, amarrou-o com correntes de bronze e levou ele para a Babilônia. Outros dois judeus se rebelaram contra ele, e ele assou no forno—como ele tentou fazer com os 3 amigos de Daniel. Nabucodonosor estava falando sério. Ele iria realmente matar todos os magos. Nabucodonosor é fácil de irritar, mas é difícil de enganar. [7] Os caldeus responderam pela segunda vez: — Que o rei conte o sonho a estes seus servos, e nós lhe daremos a interpretação. [8] O rei respondeu: — Bem percebo que vocês estão querendo ganhar tempo, porque sabem que o que eu disse está resolvido, [9] isto é, se não me contarem o sonho, todos vocês receberão a mesma sentença. Vocês combinaram dizer palavras mentirosas e perversas na minha presença, esperando que a situação mude. Portanto, contem-me o sonho, e saberei que vocês podem me dar a interpretação. Os astrólogos da Babilônia jogam a toalha: [10] Os caldeus responderam na presença do rei: — Não há nenhum mortal sobre a face da terra que possa fazer o que o rei exige. Nunca houve um rei, por maior e mais poderoso que fosse, que tenha exigido semelhante coisa de um mago, encantador ou caldeu. [11] Isso que o rei exige é difícil, e não há ninguém que o possa revelar diante do rei, a não ser os deuses, e estes não moram entre os mortais. Os magos desistiram. Eles eram famosos por usar a astrologia—a posição das estrelas e dos astros—para tentar adivinhar o futuro. Mas o rei da Babilônia expôs a fraqueza da astrologia com um só golpe: nem o que já aconteceu no sonho do rei os magos conseguem saber. Eu li uma pesquisa essa semana que dizia que 21% dos brasileiros  acham importante ler o horóscopo regularmente. Isso significa que 40 milhões de pessoas no Brasil tomam decisões, hoje, usando as práticas pagãs da Babilônia de milhares de anos atrás. Que tristeza, que perda de tempo e que ofensa ao Deus soberano: atribuir poder à posição das estrelas enquanto ignoram a Palavra do Criador das estrelas. A teologia ruim dos magos da Babilônia (e dos astrólogos do Brasil)  faz eles viverem uma vida ruim—uma vida sem esperança. A TEOLOGIA RUIM DA BABILÔNIA O versículo 11 mostra 2 problemas sérios da teologia da Babilônia (que ainda é praticada no nosso país): [11] Isso que o rei exige é difícil, e não há ninguém que o possa revelar diante do rei, a não ser os deuses ... Primeiro problema: “deuses”. Não existem “deuses”. Só existe um Deus— no singular. O Deus que criou o mundo pela Palavra dele. Deus que sustenta o Universo através da Palavra dele. O Deus que salva pela Palavra dele. O Deus e Pai do nosso Senhor Jesus. Não existem deuses. Esse é o primeiro problema da teologia babilônia. O segundo problema está na continuação do versículo 11: [11] (...) a não ser os deuses, e estes não moram entre os mortais . A TEOLOGIA DOCE DA BÍBLIA É aqui que a sua teologia brilha, crente no Senhor Jesus! E muda a sua vida! Nós temos uma notícia maravilhosa: o nosso Deus, o Deus vivo e verdadeiro, diferente dos falsos deuses da Babilônia, ele mora entre os mortais. O nosso Deus imortal mora entre nós, mortais: Isaías 57:15—Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade e cujo nome é Santo: “ Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos. Você está muito perturbado, ansioso, preocupado?  Eu tenho uma notícia maravilhosa: Deus habita com o contrito. Deus vivifica o espírito do abatido. Essa teologia é melhor. Mas calma que tem mais: João 1:14—E o Verbo [a Palavra] se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. Jesus veio habitar entre nós para nos resgatar. Para nos vivificar. Foi por isso que ele morreu naquela cruz. Nosso Deus é diferente dos deuses da Babilônia. Ele habitou e morreu naquela cruz para pagar pelo nosso pecado e nos fazer habitar com ele para sempre. Essa teologia é melhor. Ela é mais doce. Mas calma. Tem mais: João 14:16-17—é o Espírito da verdade , que o mundo não pode receber, porque não o vê,  nem o conhece. Vocês o conhecem, porque ele habita com vocês e estará em vocês. E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Consolador , a fim de que esteja com vocês para sempre. Nosso Deus habita conosco: Pai. Filho e Espírito. Ele habita em nós. Você está abatido? Preocupado? Ansioso? Com medo do que pode acontecer? Jesus nos deu um Consolador que está mais perto de você do que a sua pele. Boa teologia gera uma boa vida. Uma vida que pode não ter a ausência de sofrimento, mas é uma vida que tem a presença de Deus. Essa calmante dá esperança para sua alma. Mas Nabucodonosor ainda está nervoso e angustiado. Ele não conhece esse Deus. E uma teologia errada leva a uma vida errada. Ele sonhou, ameaçou e por fim, ele decretou. NABUCODONOSOR DECRETA (VV. 12-13) [12] Ao ouvir isto, o rei ficou tão irado e furioso, que mandou matar todos os sábios da Babilônia. [13] Saiu o decreto, segundo o qual os sábios deviam ser mortos. Foram buscar também Daniel e os seus companheiros, para que fossem mortos. O versículo 13 é o último versículo que dá o contexto do capítulo: o SONHO de NABUCODONOSOR. É no versículo 13 também que Daniel entra na história. E junto com Daniel, entra na história também o Deus de Daniel e nosso Deus. E ele entra para mudar a história. O resto do capítulo está dividido em 3 partes: A ORAÇÃO de Daniel, a INTERPRETAÇÃO de Daniel e a PROMOÇÃO de Daniel. 1. A ORAÇÃO DE DANIEL (VV. 14-23) A primeira coisa que Daniel faz é: DANIEL PEDE PARA O REI ESPERAR (VV. 14-16) Que jovem piedoso é esse Daniel! [14] Então Daniel, com cautela e prudência , foi falar com Arioque, chefe da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios da Babilônia. [15] Daniel perguntou a Arioque, encarregado do rei: — Por que esse decreto do rei é tão urgente? Então Arioque explicou o caso a Daniel. [16] Daniel foi falar com o rei, para pedir que lhe desse tempo, e ele revelaria ao rei a interpretação. Que jovem piedoso é esse Daniel. 17 anos! É realmente possível ter uma fé madura antes de ter idade para dirigir um carro. Jesus disse: Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra (Mateus 5:5). Daniel é manso. Ele tem um decreto para ser morto assinado contra ele. A espada está apertando o pescoço dele, e o versículo 14 diz: [14] Então Daniel, com cautela e prudência . Eu imagino que Daniel tinha memorizado o Salmo 46: Aquietem-se e saibam que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio (Salmo 46:10-11). De onde vem essa cautela e prudência?  De Deus. E da Palavra de Deus. Enquanto o rei está queimando de raiva, Daniel está vivendo pela fé. Que diferença enorme existe entre um tolo e um sábio! Que diferença enorme existe entre um homem furioso e um jovem piedoso. O tolo furioso está preocupado com vontade dele, e se ela não é feita, ele explode. O sábio piedoso está preocupado com a vontade de Deus, e se ela não é feita, ele espera. Ele espera no Senhor. Ele ora. Depois de pedir para o rei esperar, DANIEL PEDE PARA DEUS REVELAR (VV. 17-18) Daniel dobra os joelhos. Mas ele não faz isso sozinho. Ele marca uma reunião de oração: [17] Então Daniel foi para casa e explicou a situação a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, [18] para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério [o sonho], a fim de que Daniel e os seus companheiros não fossem mortos com o resto dos sábios da Babilônia. Diante de uma situação de grande preocupação—como no caso de Daniel, uma situação de vida ou morte—que nossa inclinação seja inclinar nossas cabeças em oração ao Deus do céu. Quantas vezes, povo de Deus, nossa primeira reação é tentarmos resolver na força do nosso braço—na carne—e na agitação. Nós viveríamos vidas menos ansiosas, se nós nos sentássemos mais aos pés de Jesus e dobrássemos nossos joelhos diante de Deus e pedíssemos para ele resolver—para ele nos guiar e nos guardar. Nossa vida fica muito pesada porque nós tentamos carregar coisas demais nas costas. Nós ficamos exaustos. Cansados. INSTINTO DE PEDIR AJUDA Que o Senhor nos dê esse instinto: o instinto de pedir misericórdia ao Deus do céu. E que esse instinto seja coletivo também. Daniel poderia ficar no quarto sozinho orando. Ele poderia. Mas ele abriu o pedido para os seus companheiros. Eu tenho amigos com esse instinto. De vez em quando eles me mandam uma mensagem: “Eu estou muito preocupado sobre o que vai acontecer amanhã, você pode orar por mim?” (Que mensagem maravilhosa!) Às vezes, alguém me liga: “Você pode orar comigo? Eu não estou bem”. Povo de Deus, vamos orar mais juntos. Nós somos uma família. Nós podemos compartilhar nossas ansiedades uns com os outros e depois, juntos, pegar essa ansiedade e lançar para o céu—para o nosso Deus do céu que cuida de nós. Deus recebe glória quando você ora sozinho, ele responde e você agradece. Mas muitas vezes, Deus quer ser glorificado mostrando o poder dele para mais pessoas: ele quer agir na frente de mais gente para aumentar a fé de mais gente e ver mais gente dando glória a ele. Daniel pediu. E Deus ouviu. DEUS REVELA E DANIEL LOUVA (VV. 19-23) Uma oração centrada nos atributos de Deus: [19] Então o mistério foi revelado a Daniel numa visão de noite. Daniel bendisse o Deus do céu, [20] dizendo: “Bendito seja o nome de Deus, de eternidade a eternidade [Deus é eterno], porque dele é a sabedoria e o poder [Deus é sábio e poderoso]! [21] É ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis [Deus é soberano]; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes [Deus é generoso, ele dá]”. Boa teologia gera boa oração. Deus ouviu e respondeu Daniel. E Daniel voltou a Deus para agradecer. Esse é mais um lembrete para nós desse jovem piedoso: “não nos esqueçamos de agradecer a Deus quando ele responde a nossa oração”. Veja como ele termina: [23] Ó Deus de meus pais, eu te agradeço e te louvo, porque me deste sabedoria e poder, e agora me revelaste o que te pedimos, porque nos fizeste saber este caso do rei.” Nós não precisamos viver como os tolos  que estão sempre reclamando do que não tem. Nós podemos viver como os sábios e santos—como Daniel—sempre agradecendo o que nós temos: seja muito, seja pouco. Nós podemos aprender a viver contentes em toda e qualquer situação, na fartura e na falta, porque nós podemos confiar no Deus do Céu. Nós podemos confiar nele porque: Final do v.[20] (...) porque dele é a sabedoria e o poder! Ele tem sabedoria para conduzir nossa vida. E ele tem poder para executar o plano sábio dele. Daniel dobrou os joelhos em oração. Agora chegou a hora de Daniel abrir a boca a relevar a interpretação do sonho. 2. A INTERPRETAÇÃO DE DANIEL (VV. 24-45) INTRODUÇÃO AO SONHO (VV. 24-30) Mas antes de falar da interpretação, Daniel tem duas conversas: uma conversa com o exterminador que Nabucodonosor contratou para matar os sábios e logo depois uma conversa com o próprio rei. E toda a vez que Daniel abre a boca, nós ouvimos a piedade que Deus deu a ele. A CONVERSA COM ARIOQUE: MISERICÓRDIA (v. 24) [24] Por isso, Daniel foi falar com Arioque, a quem o rei tinha encarregado de exterminar os sábios da Babilônia. Daniel entrou e lhe disse: — Não mate os sábios da Babilônia! Leve-me à presença do rei, e revelarei ao rei a interpretação. Se a mulher de Provérbios 31 é a sabedoria em forma feminina, Daniel é a piedade em forma masculina. Ele poderia ter dito: “Não me mate, mas pode matar todos esses magos da Babilônia. Eu vou contar para o rei a interpretação”. Mas Daniel age com misericórdia: “— Não mate os sábios da Babilônia!” Daniel nos lembra do Senhor Jesus, a piedade em forma perfeita. Quando ele estava na cruz, em um exílio muito mais difícil—exilado da presença de Deus, Jesus disse cheio de misericórdia: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). IBJM, nós precisamos nos preocupar com as pessoas que estão perecendo sem Cristo. E a única maneira de termos esse sentimento de misericórdia e desejarmos que eles sejam salvos e se nós nos lembramos que foram os nossos pecados que crucificaram Jesus. Ou, tornando mais pessoal: foi o meu pecado que fez com que Jesus tivesse que sofrer e morrer naquela cruz. Jesus teve misericórdia de mim. Nós devemos rejeitar o estilo de vida das pessoas desse mundo, mas nós devemos orar por eles e proclamar Cristo e implorar para eles se refugiarem junto conosco em Cristo. E nós evangelizamos com fé no poder que Deus tem para salvar. No evangelho de Mateus, logo no capítulo 2, o Senhor Jesus, ainda uma criança, recebe a visita de alguns homens que trouxeram presentes: ouro, incenso e mirra. Mateus nos diz quem eram esses homens: eles eram “magos do Oriente” (Mateus 2:1). Eles eram astrólogos da Babilônia que se arrependeram e se prostraram aos pés de Jesus, o Deus-Homem. Eles se tornaram adoradores do Deus vivo. A Palavra de Deus tem poder para trazer as pessoas das trevas  para a luz de Cristo. Ela fez isso conosco, os piores pecadores. Ela pode fazer isso com os outros pecadores também. Não perca a esperança em orar e falar de Cristo para aqueles que você ama. Deus tem poder para fazer até os magos da Babilônia se dobrarem diante dele em adoração. Rejeite o estilo de vida da Babilônia, mas conserve um coração cheio de misericórdia pelos babilônios. Se existe alguma diferença entre nós e eles, foi só porque a graça soberana de Deus nos salvou e nos deu olhos para ver Cristo crucificado no nosso lugar. Se na primeira conversa de Daniel nós vemos a misericórdia dele, na segunda conversa, com Nabucodonosor, nós vemos a humildade desse jovem piedoso. (Eu tinha dito, anos atrás, que se eu tivesse um terceiro filho, o nome dele seria Boaz. Muito bem, hoje eu estou mudando esse decreto. Se eu tiver mais um filho, o nome dele será Daniel). Esse menino é muito abençoado! A CONVERSA COM NABUCODONOSOR: HUMILDADE (vv. 25-30) Arioque quer a glória para ele: [25] Então Arioque depressa levou Daniel à presença do rei e lhe disse: — Achei [eu achei!] um dos filhos dos exilados de Judá, que revelará ao rei a interpretação. E Nabucodonosor pergunta de uma maneira para tentar Daniel e querer glória para ele mesmo: [26] O rei perguntou a Daniel, cujo nome era Beltessazar: — Você é capaz de me contar o que vi no sonho e qual é a sua interpretação? “Você é capaz, Daniel!?” Mas Daniel ama a Deus e a glória de Deus. Que o Senhor nos perdoe por queremos uma glória que não é nossa! Que nos nossos pensamentos e no nosso comportamento e nas nossas palavras, só haja espaço para Deus ser glorificado: [27] Daniel respondeu na presença do rei: — O mistério que o rei exige, nem sábios, nem magos nem encantadores o podem revelar. [28] Mas há um Deus no céu, que revela os mistérios... Versículo: [30] Quanto a mim, este mistério me foi revelado, [veja como ele é humilde!] não porque exista em mim mais sabedoria do que em todos os outros homens, mas para que a interpretação fosse revelada ao rei, e para que ele entenda o que passou pela sua mente.” O rei pergunta: “Você é capaz, Daniel?” A resposta de Daniel é: “Não. Eu não. “Mas há um Deus no céu”. Ele é capaz!” Daniel tinha acabado de dar glória a Deus diante do povo dele no trecho anterior: “Bendito seja o nome de Deus” (v. 20).  E aqui Daniel dá glória a Deus diante dos pagãos. Que nenhum de nós esconda a nossa fé! Nem na escola nem na internet. Que nossos amigos e nossos vizinhos saibam que existe um Deus do céu em que nós confiamos e amamos e seguimos. Que eles saibam que o Filho dele é nosso Senhor e o Rei que nós estamos esperando voltar para nos buscar. Daniel não quer nenhuma glória para ele: “É Deus quem revela mistérios, rei. É Deus quem dá sabedoria. Não, eu”. Deus usou e vai usar você no reino dele para abençoar as pessoas. Se você andar com Deus, Deus irá usar você na vida de outras pessoas. A maior parte das coisas que Deus fizer através de você, você só vai saber no céu. Mas às vezes, ainda aqui na terra, Deus mostra para você algumas coisas que ele fez usando você. Quando Deus nos mostra o que ele fez através de nós, que a nossa reação seja de quebrantamento, não engrandecimento pessoal. Como Davi, quando Deus revelou para ele de que o Messias seria um descendente dele, Davi disse: — Quem sou eu, Senhor Deus, e qual é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui?… Grandioso és tu, ó Senhor Deus, porque não há ninguém semelhante a ti, e não há outro Deus além de ti  (2Samuel 7:18-22). Existe grande liberdade na humildade. É cansativo e escravizador buscar os aplausos das pessoas. É destruidor disputar a glória com Deus. Mas é libertador descansar na nossa insignificância e saber que nós somos amados por Deus e Jesus nos comprou com o sangue dele. É libertador saber que a graça dele realmente nos basta. É difícil viver assim. Mas o Deus do céu é misericordioso—ele perdoa o nosso orgulho e nos disciplina e nos humilha e nos leva de novo para o nosso lugar certo: prostrados em adoração aos pés dele, como os magos de Mateus 2. Depois que Daniel deixou claro que toda a glória vai para o Deus dele, não para ele, Daniel revela tanto o sonho quanto a interpretação do sonho. A REVELAÇÃO DO SONHO (VV. 31-35) Versículo 13: Nabucodonosor sonhou com uma estátua enorme e assustadora de tanto esplendor. Cada parte da estátua era feita de um metal diferente: [32] A cabeça era de ouro puro, o peito e os braços eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze; [33] as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. Até que entra um segundo objeto no sonho: uma pedra que atinge a estátua nos pés e despedaça ela inteira e ela vira palha e não sobra nada. Até que: Final do v.[35]— (...) Mas a pedra que atingiu a estátua se tornou uma grande montanha, que encheu toda a terra. A pedra se torna uma montanha e engloba todo o globo terrestre. Deus revela para Daniel não só o sonho em si, mas a interpretação do sonho— que é ainda mais importante. A INTERPRETAÇÃO DO SONHO (VV. 36-45) O sonho de Nabucodonosor é um resumo da história mundial pelos próximos 600 anos. Deus está revelando o futuro. Essa é a interpretação: cada parte da estátua representa um reino diferente. Final do v.[38]—(...) o senhor, ó rei, é a cabeça de ouro. A cabeça de ouro da estátua é a Babilônia—representada pelo Nabucodonosor. • O segundo reino (inferior, de menos glória) é a Pérsia. Por isso o peito e os braços são de prata, não de ouro. Porque a Pérsia será um reino inferior. • O terceiro reino—representado pelo ventre e quadris de bronze—é a Grécia, de Alexandre, o Grande. • E o quarto reino, as pernas de ferro, é o Império Romano. [39] — Depois do senhor, se levantará outro reino, inferior ao seu [a Pérsia]; e um terceiro reino, de bronze, que terá domínio sobre toda a terra [A Grécia com Alexandre, o Grande]. [40] O quarto reino [o Império Romano] será forte como o ferro; pois o ferro quebra e despedaça tudo; como o ferro quebra todas as coisas, assim esse reino fará em pedaços e destruirá todos os outros. Nós sabemos quem são os próximos reinos comparando com outras visões que Daniel teve e registrou no livro e deu nome aos reinos. Por exemplo: Daniel 8:20-21—Aquele carneiro com dois chifres, que você viu, são os reis da Média e da Pérsia. O bode peludo é o rei da Grécia, e o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei. Séculos antes de alguma coisa acontecer, Deus fala o futuro porque ele escreve e executa a história das nações e a nossa história. Esse é o nosso Deus. O TRIUNFO DA PEDRA Mas a revelação do sonho ainda não acabou. Depois de todos esses reinos: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma, virá um quinto reino. Um reino diferente. Ele não é feito de nenhum metal: nem de ouro, nem prata, nem bronze, nem ferro. Esse quinto reino é a pedra no sonho: [44] Mas, nos dias desses reis [ele está falando do Império Romano], o Deus do céu levantará um reino que jamais será destruído e que não passará a outro povo. Esse reino despedaçará e consumirá todos esses outros reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, [45] assim como o rei viu que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos humanas, e ela despedaçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus revelou ao rei o que vai acontecer no futuro. Certo é o sonho, e fiel é a sua interpretação. Em toda a Bíblia e em toda a história, só existe um reino que se encaixa nessa descrição. É o reino do Rei Jesus . Ele é a Pedra que irá destruir o mal e dominar sobre o mundo para sempre. Jesus disse, falando dele mesmo: — Que quer dizer então o que está escrito: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular”? Todo o que cair sobre esta pedra [ele] ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó (Lucas 20:17-18). Jesus é a pedra . A pedra angular. A pedra rejeitada pelo mundo. A pedra que nos salva. A pedra, como o versículo 45 diz, cortada “sem o auxílio de mãos humanas”. É obra de Deus. Jesus venceu o mundo, o mal e a morte na cruz sem o auxílio de mãos humanas . Foram as mãos dele, sozinhas e suficientes, estendidas naquela cruz, para triunfar sobre todos os reinos desse mundo e estabelecer o reino eterno dele. Cristo é a Pedra da salvação da visão de Daniel. Os reinos desse mundo podem parecer poderosos . Podem até parecer eternos. Eles podem até se achar eternos. Mas quando Jesus voltar, eles serão despedaçados no mesmo instante. Eles virarão palha. Eles serão levados pelo vento, e deles não se verá mais nenhum vestígio (v. 35). E o reino de Cristo—a pedra pequena e desprezada —com seus seguidores desprezados como você—para Deus é eleita e preciosa. O reino se tornará uma grande montanha que vai encher toda a terra com a glória de Deus. E já não existirá mais morte, já não haverá mais luto, nem prato, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram (Apocalipse 21:4). Daniel e seus amigos perseveraram esperando a primeira vinda de Cristo. Nós podemos perseverar esperando a segunda vinda do nosso Rei . Ele cumpriu a promessa inaugurando o reino durante o Império Romano. Ele vai cumprir a promessa voltando para consumar o reino. A Bíblia termina com Jesus dizendo: — Certamente venho sem demora (Apocalipse 22:20). Crente exilado, peregrino, estrangeiro, ele disse que vem sem demora. Você pode confiar nele. O nosso Rei não mente. A preocupação, a ansiedade e o medo  sofrem um golpe forte quando você se lembra do futuro, do final da história—de que você é parte desse reino que nunca terá fim. CORRA PARA A PEDRA DA SALVAÇÃO Se você tem vivido de acordo com os reinos desse mundo e ignorado o reino de Cristo, você que sabe que, se o dia do juízo fosse hoje, você seria destruído junto com esses reinos. Mas há esperança em Cristo, a Rocha da salvação. Confesse seus pecados para ele. Peça para ele perdoar você. Peça para ele lavar você da sujeira do pecado e lhe dar uma vida nova. Foi para isso que Cristo, a Pedra, veio: para salvar. Pedro, pregando em Atos: Este Jesus é a pedra que vocês, os construtores, rejeitaram, mas ele veio a ser a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (Atos 4:11-12). Esse é o final da história para você, crente: salvação no nome de Cristo. Guarde seu coração nessa promessa. Daniel orou. Daniel interpretou. E Nabucodonosor promoveu Daniel como chefe supremo dos sábios. Daniel dobrou os joelhos. Daniel abriu a boca. Agora Daniel sobe de cargo. 3. A PROMOÇÃO DE DANIEL (VV. 46-49) Nabucodonosor não se converteu. Ainda. Aguarde cenas  dos próximos capítulos. Mas ele reconheceu que o Deus de Daniel (e nosso Deus) é supremo, acima de todos os outros deuses de todas as outras nações. [ 47] O rei disse a Daniel: — Certamente o Deus que vocês adoram é o Deus dos deuses e o Senhor dos reis. Ele é quem revela os mistérios, pois você foi capaz de revelar este mistério. Depois da oração de Daniel e da interpretação de Daniel, vem a promoção de Daniel: [48] Então o rei engrandeceu Daniel e lhe deu muitos e grandes presentes. Ele o pôs como governador de toda a província da Babilônia. Também o fez chefe supremo de todos os sábios da Babilônia. Assim como Deus exaltou José e o colocou como o homem mais poderoso debaixo do Faraó para salvar seu povo, agora Deus exalta Daniel—o homem que ele escolheu—em uma posição exaltada para salvar seu povo. Como Deus fez com Cristo—que depois de não só ameaçado de morte, mas morto, foi exaltado à mais alta posição, à direta da Majestade nas alturas, de onde ele governa, e de onde ele virá para nos salvar—seu povo. Daniel é um pequeno reflexo do amor de Cristo. Assim como Jesus nunca se esquece de nós, não é porque Daniel foi promovido que ele irá se esquecer de seus amigos: seus “companheiros” de oração. Eles lutaram juntos clamando a Deus. Eles continuam juntos em serviço e adoração da Deus, mesmo em terras babilônias. [49] A pedido de Daniel, o rei pôs Sadraque, Mesaque e Abede-Nego como administradores da província da Babilônia; mas Daniel permaneceu na corte do rei. Você pode, crente, no seu trabalho, mesmo debaixo de chefes que não temem a Deus, ser fiel a Deus—como esses jovens foram. Você não precisa ceder à tentação e a pressão de viver como alguém que não conhece a Deus. Deus colocou você no lugar que você está para você mostrar que não existe ninguém como o Deus do Céu; para você usar os dons que o Senhor deu a você para abençoar as pessoas. Seja você um estagiário ou um funcionário. Se você trabalha na portaria ou na diretoria. Seja fiel a Cristo. É para ele que você trabalha. Colossenses 3:22-24—Servos, obedeçam em tudo a seus senhores aqui na terra, não servindo apenas quando estão sendo vigiados, visando somente agradar pessoas, mas com sinceridade de coração, temendo o Senhor. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor e não para as pessoas, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo. CONCLUSÃO E que o domínio de Deus sobre o Universo domine nossas preocupações e medos e ansiedades. Não existe calmante mais forte e mais eficaz. Que a promessa do reino eterno do seu Rei aquiete o seu coração e faça você lembrar que ele é Deus. Ele será exaltado entre as nações. Ele será exaltado na terra. Povo de Deus, o Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó [e de Daniel] está conosco. Ele é o nosso Deus e o reino dele será para todo o sempre. Crente exilado, você está em boas mãos. Há um Deus no céu. Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Daniel 2: O Deus que Revela Sonhos

Nabucodonosor reconheceu que o Deus de Daniel (e nosso Deus) é supremo, acima de todos os outros deuses de todas as outras nações.

Série: Domínio e Esperança 11 de agosto de 2024 – IBJM O livro de Daniel é a história de um jovem de 14 anos que, junto com seus 3 amigos, foi tirado da sua casa e tirado da sua família e tirado da sua terra e foi levado para outra terra; e como esses jovens, mesmo debaixo de muita pressão e debaixo de muita perseguição, continuaram sendo fiel ao Deus deles. 
 Daniel é a prova de que é possível vivermos uma vida verdadeiramente cristã, mesmo cercados por influências pagãs. É possível você viver em fidelidade ao seu Deus mesmo em um ambiente de hostilidade a sua fé. Na época de Daniel, o povo de Deus estava debaixo de governantes ímpios e corruptos—como nós estamos. Na época de Daniel, o povo de Deus era perseguido por causa da sua fé, como nós, cristãos, somos em muitos países. Eles precisavam de conforto em meio a tanta maldade nesse mundo, como nós precisamos. Eles precisavam de coragem para viver para Deus, como nós tanto precisamos. E Deus sempre nos dá o que nós precisamos. IBJM, nós podemos, com a ajuda de Deus, ser fieis ao nosso Deus, mesmo sendo pressionados de todos os lados para abandonar o Senhor. Nós não precisamos sucumbir a pressão da cultura e abrirmos mão da nossa fé. É possível e só é possível porque o Deus de Daniel é o nosso Deus. Deus fortaleceu, ajudou e sustentou Daniel com o braço forte dele. Deus irá nos fortalecer, ajudar e sustentar também. Deus cuidou de Daniel na Babilônia. Deus irá cuidar de você no Brasil. Povo de Deus, nós não estamos em casa. Esse mundo não é o nosso lar. O livro do profeta Daniel nos ajuda a vivermos para a glória de Deus enquanto esperamos o dia em que o nosso Deus irá nos levará para o nosso verdadeiro lar. Daniel tem 12 capítulos. E o livro se divide exatamente no meio: • Do capítulo 1 ao 6, Daniel conta uma série de histórias sobre ele e os seus 3 amigos, e algumas dessas histórias são as mais conhecidas na Bíblia e as preferidas das crianças (e dos adultos): no capítulo 3, os 3 amigos de Daniel são jogados na fornalha ardente. No capítulo 6, Daniel é jogado na cova dos leões. A primeira metade do livro está cheia de histórias maravilhosas e poderosas sobre Deus e Daniel. • Na segunda metade, do capítulo 7 ao 12, Daniel registrou uma série de visões sobre o que vai acontecer com o mundo. Uma metade muito mais difícil de entender. Duas metades muito diferentes. A primeira metade são narrativas e quase tudo está escrito em Aramaico, a língua comercial dos babilônios. A segunda metade são visões que se parecem com o livro de Apocalipse, e quase tudo está escrito em Hebraico, a língua dos judeus. Mas essas duas partes do livro são unidas por dois temas: domínio e esperança. Esse é o nome dessa série em Daniel: Domínio e Esperança. O domínio de Deus sobre o mundo em que vivemos e a esperança que temos no Deus em quem nós cremos. Essas duas realidades — domínio e esperança — dão a você, crente exilado, tudo o que nós precisamos para vivermos em fidelidade ao nosso Deus em meio à hostilidade desse mundo.   CAPÍTULO 1: FIDELIDADE NA HOSTILIDADE O capítulo 1 funciona como a introdução e o resumo de todo o livro. Daniel explica como ele e seus 3 amigos foram parar no palácio da Babilônia. Ele divida a história em 4 etapas sucessivas. Exilados, depois resolvidos, depois preservados e por fim preparados. Exilados, resolvidos, preservados e preparados. As primeiras etapas são mais escuras, mas conforme nós avançamos no capítulo, a luz da graça aparece e brilha mais e mais na face de Daniel e seus 3 amigos.   1. EXILADOS (VV. 1-7) Daniel começa nos localizando no tempo e no espaço.   [1] No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou.   O terceiro ano do reinado de Jeoaquim é o ano de 605 AC. Deus tinha enviado muitos profetas chamando a nação de Israel para se arrepender. Por muitos anos—por séculos! O reino do Norte já tinha sido exilado em 722 AC, quando a Assíria invadiu e destruiu Samaria. O reino do Sul, chamado de Judá, em vez de se arrepender e mudar e confiar em Deus, continuaram vivendo como as nações pagãs da época em idolatria. E finalmente, depois de muita paciência por muitos anos, Deus executou o julgamento que ele disse que traria ao seu povo. O versículo 1 fala que Nabucodonosor veio a Jerusalém e a sitiou — a cercou. Mas Nabucodonosor só conquistou porque Deus entregou. Olha como começa o versículo 2:   [2] O Senhor entregou nas mãos dele Jeoaquim, rei de Judá, e alguns dos utensílios da Casa de Deus. Nabucodonosor levou esses utensílios para a terra de Sinar, para o templo do seu deus, e os pôs na casa do tesouro do seu deus.   Logo no início, nós somos lembrados a quem pertence o domínio das nações. Existe um trono mais alto e que está ocupado. Ocupado pelo nosso Deus. Na sua alegria ou na sua tristeza, na sua saúde e na sua doença, na vida e na morte, Deus tem um propósito. E ele quer que nós confiemos nele. Ele governa sobre as coisas que fazem você sorrir. E ele governa sobre as coisas que fazem você chorar. O versículo 2 faria qualquer judeu chorar. Essas palavras são a prova de que o povo de Deus estava sofrendo debaixo do julgamento de Deus. O templo em Jerusalém era o maior símbolo da presença de Deus com o povo. Mas agora os utensílios da Casa de Deus—altar de ouro, mesa de ouro onde ficavam os pães, candelabros de ouro, taças de ouro—os objetos separados para o uso santo no templo de Deus foram roubados e levados para o templo de Marduque, o deus da Babilônia. Deus disse em: Levítico 26:33—Espalharei vocês entre as nações e irei atrás de vocês com a espada na mão; a terra de vocês será assolada, e as cidades ficarão em ruínas. Daniel está nos dando o contexto de todo o livro. Ele está dizendo: “Nós estamos debaixo do julgamento de Deus”. FALTA DE ARREPENDIMENTO TRAZ JULGAMENTO Falta de arrependimento atrai o julgamento de Deus. A população de Judá foi entregue a Babilônia. E a população do mundo que também se rebela contra Deus será entregue aos seus pecados, a menos que haja arrependimento. Haverá um dia do julgamento final. Mas o julgamento de Deus no mundo já começou. Isso explica por que o mundo está do jeito que está. Babilônia de Daniel. Roma do apóstolo Paulo. Paris dos nossos dias com suas Cerimônias de Abertura de Olimpíadas que blasfemam o nome do Senhor. E o Brasil. A história se repete, e a mensagem é a mesma. Jesus começou o ministério dele nesse mundo dizendo: “Arrependam-se, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mateus 2:17). A mensagem de Jesus para nós hoje é a mesma. Ele está dizendo: “Há esperança para vocês se vocês me ouvirem e se arrependerem”. Mas haverá julgamento para aqueles que se mantém rebeldes ao Senhor. A FUMAÇA DO PECADO Se o primeiro princípio que nós vemos é que falta de arrependimento traz julgamento. A segunda lição que nós vemos com a vida de Daniel é que as consequências do pecado se espalham para as pessoas a nossa volta como uma fumaça. Filhos sofrem por causa do pecado dos pais e pais sofrem por causa do pecado dos filhos. O pecado de cada um de nós na igreja afeta a vida de toda a igreja. Daniel e seus amigos sofreram junto com toda a tribo de Judá. [3] Depois, o rei ordenou a Aspenaz, chefe dos seus eunucos [o principal assessor do Rei], que trouxesse alguns dos filhos de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres, [4] jovens sem nenhum defeito, de boa aparência, sábios, instruídos, versados no conhecimento e que fossem competentes para servirem no palácio real. Nabucodonosor matou boa parte dos judeus. Mas ele separou a nata da sociedade—a parte de cima—para treiná-los e usá-los no Império dele. E Daniel estava nesse grupo. Mas além de exilados, eles foram também matriculados na Universidade Federal da Babilônia. Eles foram obrigados a fazer um curso de 3 anos chamado A Cultura e a Língua da Babilônia. Final do v.[4] (...) E que Aspenaz lhes ensinasse a cultura e a língua dos caldeus. [5] O rei determinou que eles recebessem uma alimentação diária tirada das finas iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia. Os jovens deveriam ser educados ao longo de três anos e, ao final desse período, passariam a servir o rei. [6] Entre eles, se achavam Daniel, Hananias, Misael e Azarias, que eram da tribo de Judá. IDENTIDADE TROCADA E para mostrar o domínio sobre esse meninos—esse jovens de menos de 18 anos—os babilônios mudaram os nomes deles: [7] O chefe dos eunucos lhes deu outros nomes, a saber: a Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abede-Nego. Eles receberam outro CPF e outro RG. A ideia é fazer eles se esquecerem da identidade deles como judeus. O propósito é fazer eles se esquecerem que eles são parte do povo de Deus e forçá-los a viver como os babilônios. Aspenaz , o assessor principal de Nabucodonsor, pegou o nome dos 4 jovens judeus, tirou o nome do Deus de Israel deles e colocou o nome dos deuses da Babilônia: • Daniel significa “Deus é Meu Juiz”, mas Beltessazar, o nome babilônico significa: “Bel [que é o principal deus dos babilônios], proteja o rei!”. • Hananias, o nome judeu, significa “Deus (Javé) é Gracioso”, mas Sadraque significa: “Comando de Aku (o deus-lua dos babilônios)”. • Misael significa: “Quem é como Deus?”. Mesaque, o nome babilônico, significa: “Quem é como Aku?” • Azarias significa “Deus é Meu Ajudador”. Mas Abede-Nego é “Servo daquele que brilha, (o deus Nego)”. Jovens, o governo no Brasil não está trocando seu nome. Pelo menos, não ainda. Mas o mundo quer trocar sua identidade também. Eles querem confundir você. Eles querem que você seja definido pelos valores da Babilônia Terrena e em vez dos valores da Jerusalém Celestial. Eles criam filmes e séries para vender a ideia de que é normal dormir com namorado. Eles criam filmes e séries para vender a ideia de que adultério é normal. E que divórcio é bom. Cenas e mais cenas de pessoas mentindo umas para as outras como se fosse normal. Cenas de filhos brigando e gritando com os pais, batendo a porta, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Casais jogando vaso de planta um no outro, jogando copo e prato um no outro, como se fosse normal. Isso é normal para os cidadãos da Babilônia. Mas não é normal para você que é parte do povo de Deus. Não é normal para quem está unido a Cristo pela fé e crê que Jesus morreu naquela cruz para nos livrar do julgamento de Deus. Não é só a Universidade Federal da Babilônia que queria perverter a mente dos jovens. A maioria das escolas e universidades no Brasil têm a mesma agenda. Eles querem nos forçar a concordar e viver como eles acham que é normal. Povo de Deus, nós não vivemos de acordo com a cartilha babilônica. Nossa cartilha é a Palavra de Deus. Nós somos estranhos aqui. Nós nos sentimos estranhos. Nossos pensamentos são estranhos para eles. O que está acontecendo todo domingo aqui é estranho para eles. A maneira como nós usamos o nosso tempo e o nosso dinheiro é estranho para eles. O Senhor Jesus disse que nós estamos no mundo, mas nós não somos do mundo. A grande pergunta para nós—estrangeiros nessa terra—é: como nós devemos viver? A resposta é a segunda etapa da história de Daniel: nós devemos viver RESOLVIDOS. 2. RESOLVIDOS (VV. 8-13) [8] Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. Daniel resolveu. Daniel resolveu não se contaminar. Daniel colocou no coração uma resolução: “Eu não vou ceder a pressão dos babilônios. Eu não vou viver como eles”. Bem-aventurados aqueles que resolvem viver para Deus! Daniel não fala porque a comida e a bebida que eles ofereceriam iria contaminá-lo. Pode ser que elas sido oferecidas para os deuses babilônicos ou que eles iriam contra os leis de Levítico que ainda deveriam ser seguidas na Antiga Aliança, quando Daniel vivia. O mais provável é que ele não queria abraçar a cultura pagã da Babilônia e viver como um filho de Nabucodonosor. Daniel sabia que era um filho de Deus e ele resolveu viver um estilo de vida diferente—um estilo que deixasse claro para ele mesmo e para aqueles que estavam à volta dele que ele confiava em Deus. PIEDADE É POSSÍVEL Que cena linda! Um jovem de 14 anos, sendo oferecido do bom e do melhor da Babilônia, sofrendo a pressão do chefe dos eunucos para viver como um babilônio, vendo todos os outros jovens de outros nações se entregando aos prazeres babilônicos, e ele diz: “Não! Eu não quero essa vida. Eu quero viver para o meu Deus!”. Esse é um jovem resolvido. É difícil viver resolvido nesse mundo. É muita pressão! É muita propaganda pagã entrando pelo seu celular. E mais o medo de: “O que as pessoas vão pensar? O que as pessoas vão falar?” É muito difícil. Mas é possível. Com a graça de Deus do nosso lado—com a força que Deus supre—é possível. Quando vier à nossa mente a pergunta: “O que as pessoas vão pensar?”, nós podemos, rápido, trazer uma pergunta melhor à nossa mente: “O que DEUS vai pensar? O que o meu Deus pensa sobre isso?” Essa é a pergunta maior e mais importante. Crianças, jovens, adultos, idosos, homens e mulheres, é difícil não se contaminar com as ofertas de prazer da Babilônia. Mas é possível. O Deus de Daniel é o nosso Deus. Ele irá nos sustentar. Por isso, de novo, Deus entra na história para ajudar. [9] E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos. Daniel resolveu. E Deus concedeu. Deus abençoa suas resoluções para viver para a glória dele. Deus ama fortalecer você e ajudar você e sustentar você quando você resolve viver para ele. Deus está sempre agindo em nossos pequenos esforços para agradar a ele. Jesus morreu para nos livrar da penalidade do pecado. Mas ele conquistou ainda mais naquela cruz. Ele morreu também para nos livrar do poder do pecado. Ele morreu para nos dar o Espírito Santo que nos santifica. É possível, nessa vida, ainda na Babilônia, você experimentar piedade e pureza e não se contaminar com coisas mundanas que são oferecidas a você. 1Coríntios 10:13—Não sobreveio a vocês nenhuma tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar; pelo contrário, juntamente com a tentação proverá livramento, para que vocês a possam suportar. As tentações virão, mas junto com a tentação, Deus proverá livramento. Nós não temos controle sobre como as pessoas vão reagir quando nós somos fieis a Deus. Mas nós sabemos quem está no controle de tudo. O domínio pertence a Deus. Repare que Daniel resolveu sem saber o resultado. Ele resolveu no versículo 8. Deus concedeu no versículo 9, depois. Tanto que o chefe dos eunucos fica com medo de aceitar a resolução de Daniel e desobedecer a ordem do rei. Então Daniel, confiando em Deus, faz uma proposta para o cozinheiro-chefe. Daniel é firme e gentil ao mesmo tempo: [12] Daniel disse a ele: — Por favor, faça uma experiência com estes seus servos durante dez dias. Dê-nos legumes para comer e água para beber. [13] Depois, compare a nossa aparência com a dos jovens que comem das finas iguarias do rei. Dependendo do que enxergar, o senhor decidirá o que fazer com estes seus servos. Daniel sabe que o domínio não pertence a Nabucodonosor. E nem ao chefe dos eunucos. O domínio pertence a Deus. Então ele faz o que é certo aos olhos de Deus e coloca o resultado nas mãos de Deus. Crianças, vocês não precisam esperar ter 18 anos para andar com Cristo. Jovens, vocês não precisam esperar ter 30 anos para andar com Cristo. Daniel e seus amigos tinham 14 anos e tinham o coração cheio de amor a Deus. Eles resolveram viver para Deus. JONATHAN E SUAS 70 RESOLUÇÕES Alguns anos atrás, um outro jovem cristão chamado Jonathan também ficou conhecido por ter resolvido andar com Cristo e viver para ele. Quando ele tinha só 22 anos, ele fez uma lista de 70 resoluções. Ele começou dizendo: Estando ciente de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem a ajuda de Deus, humildemente lhe peço que, através de sua graça, me capacite a cumprir fielmente estas resoluções, enquanto elas estiverem dentro da sua vontade, em nome de Jesus Cristo. Ele também era um jovem resolvido. A primeiro resolução de Jonathan Edwards foi: Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem... durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas dificuldades ou quão grandes sejam as dificuldades que eu venha a enfrentar. Nós somos incapazes de fazer qualquer coisa sem a ajuda de Deus. Mas com a graça de Deus, você pode resolver viver para ele ainda mais: ler a Bíblia mais, orar mais, praticar mais atos de amor, pensar mais nos outros e se entregar mais para Deus. Daniel e seus 3 amigos (1) foram exilados; (2) eles estavam resolvidos; e (3) foram preservados por Deus. 3. TERCEIRA ETAPA: PRESERVADOS (VV. 14-16) [14] O cozinheiro-chefe concordou e fez a experiência durante dez dias. [15] No fim dos dez dias, a aparência dos quatro jovens era melhor, e eles estavam mais robustos do que todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei. [16] Com isto, o cozinheiro-chefe tirou deles as finas iguarias e o vinho que deviam beber e lhes dava legumes. Com aqueles que não se arrependeram, Deus entregou e julgou. Mas com aqueles que se arrependem e vivem pela fé na Palavra, Deus guarda e preserva. Isso não significa que tudo o que nós fazemos vai dar certo. Mas essa história está aqui para mostrar que Deus vai cuidar de você. Deus vai sustentar você. Você que vive de forma fiel a Deus mesmo em ambiente hostil, Deus irá abençoar você com bençãos espirituais. E às vezes, ele abençoa também de maneira visível e sobrenatural. Os quatro jovens de Judá, resolveram ser fieis a Deus. E o Deus fiel deles fez eles ficarem com uma aparência melhor—mais robustos—mesmo comendo salada todo o dia. A dieta dos dois grupos era muito diferente: •  Você tem o grupo daqueles que abraçaram a cultura da Babilônia. O menu era cordeiro ao molho de hortelã, batata sauté com creme de ricota, torta de frango com queijo e bacon e pastéis de carne com azeitona. Para beber: vinho português. E, de sobremesa: churros de doce leite da Espanha. Delícia. Total: 5 mil calorias. •  E você tem o grupo dos 4: Daniel e seus amigos. Menu: alface, brócolis, couve-flor e vagem. Para beber: água. Sem sobremesa. Total: 200 calorias. E no final de 10 dias, quem tem a aparência melhor—mais fortes—são os meninos de Judá. 5 mil calorias x 200 calorias. Como nós podemos entender o que aconteceu? Deus concedeu. Deus fez os 4 ficarem mais robustos que todos os outros. Essa passagem não está ensinando que você deve virar vegetariano e fazer a dieta de Daniel. Não é esse o ponto. Só comer salada não deixa ninguém mais forte. A ideia aqui é mostrar como Deus agiu milagrosamente. O ponto é: quando você é fiel a Deus e resolve viver para Cristo em meio a uma cultura pagã, você pode perder amigos, você pode perder sua reputação, você pode perder o emprego, você pode perder oportunidades. Mas o que você não pode perder é Deus. Hebreus 13:5-6—(...) Contentem-se com as coisas que vocês têm, porque Deus disse: “De maneira alguma deixarei você, nunca jamais o abandonarei.” Assim, afirmemos confiantemente: “O Senhor é o meu auxílio, não temerei. O que é que alguém pode me fazer?” O ponto aqui é: não viva como se você fosse parte da Babilônia—desse mundo. Você persevera. E Deus preserva você. Deus preservou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha ardente. Deus preservou Daniel na cova dos leões. E Deus irá nos preservar—muitas vezes nessa vida. Mas sempre, na vida por vir. Muitas vezes, Deus preserva o nosso corpo de forma sobrenatural. Mas sempre, ele preserva o nosso espírito e a nossa fé—a fé que ele mesmo nos deu, também de forma sobrenatural. Continuar crendo em meio a pressão desse mundo é uma obra sobrenatural do Espírito de Deus em você. Essa passagem não é uma promessa que nós sempre vamos ser preservados de sofrimento nesse mundo. Essa passagem é um chamado para não abraçarmos o estilo de vida desse mundo. COMA, BEBE E FAÇA TUDO COMO UM ESTRANGEIRO Cidadãos do Reino de Deus, crentes no Senhor Jesus, o seu estilo de vida é diferente do estilo de vida da Babilônia. Nós não podemos ser assimilados na cultura babilônica desse mundo. Você não bebe como os babilônios. Eu não estou dizendo que qualquer gota de álcool é pecado. Mas bebedeira é pecado. E cristãos não vivem em bebedeira como os babilônios. Você não come como os babilônios. Torta de frango com queijo e bacon não é pecado. Cordeiro ao molho hortelã não é pecado. Batata sauté não é pecado. Mas nós precisamos nos lembrar que mesmo entre as coisas lícitas, nós não devemos ser dominados por nada a não ser dominados pelo Espírito de Deus. Nós não somos dominados por cafeína nem chocolate. Nem dominados por videogame ou seriados. Nem por celular ou carro. Nós usamos nossa liberdade para a santidade—para amar a Deus e as pessoas. Romanos 14:17—Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Tudo. Você bebe suco de uva para a glória de Deus. Você come brócolis e torta de frango para a glória de Deus. Tudo para ele. Eu quero fazer mais uma aplicação, além da comida e bebida. Uma área em que os cristãos parecem estar sendo engolidos pela cultura desse mundo sem perceber é o nosso vestuário—nossas roupas. Homens e mulheres, vistam-se para a glória de Deus. Use roupas que mostrem seu amor por Cristo e não mostre demais o seu corpo para as pessoas. Use roupas que leve a atenção das pessoas para o seu rosto, não para o seu corpo. Mulheres, eu falo aqui como um pai de vocês, não se vistam como as mulheres da babilônia. Mulheres crentes não usam roupa com decote. Mulheres crentes não usam roupas justas—grudadas demais. Mulheres crentes não usam roupas curtas demais. Modéstia não é legalismo. Modéstia é a manifestação de um coração que tem fé em Cristo e está segura nele. Quando vocês abrirem o guarda-roupa para escolher a roupa, a pergunta mais importante “O que Deus pensa sobre essa roupa?”. Não se essa roupa está na moda. Não se as pessoas vão reparar em mim com essa calça. A pergunta que deve controlar como você se veste é: “Eu posso dizer para Jesus: “Eu estou vestida assim para a sua glória, meu Senhor!” Portanto, se vocês comem, ou bebem ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus (1 Coríntios 10:31). O Deus de Daniel é o nosso Deus. Ele nos chama para sermos fieis a ele mesmo em meio a pressão da cultura hostil e mundana em que nós vivemos. E ele promete fortalecer você na tentação. Ele promete ajudar você na dúvida. Ele promete sustentar você na provação. É possível você ser fiel ao seu Deus e não absorver o estilo de vida da Babilônia. No meio de toda aquela impureza e mundanismo—4 jovens de Judá resolveram ser fieis a Deus. E Deus deu graça. Deus apareceu na história quando ele entregou Judá ao rei Nabucodonosor. Deus apareceu na história quando ele concedeu misericórdia a Daniel fazendo o chefe dos assessores do rei aceitarem o plano de Daniel de só comer salada. Agora, na última parte da introdução do livro, o Deus tem o domínio aparece de novo dando conhecimento e sabedoria. Exilados, resolvidos, preservados e, quarto: 4. PREPARADOS (VV. 17-21) [17] Ora, a estes quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria. Mas a Daniel deu inteligência para interpretar todo tipo de visões e sonhos. Isso explica como Daniel pôde interpretar os sonhos e as visões dos próximos 11 capítulos. Foi o Deus de Daniel que deu a ele essa capacidade. Isso explica por que você consegue amar as pessoas com os dons que você tem. Foi Deus que deu para você. Isso explica por que você consegue cozinhar, cuidar da casa e dos filhos, aconselhar, discipular, ensinar, servir, amar as pessoas. Deus deu para você. Daniel é um exemplo para seguirmos. Esse é um dos pontos principais do capítulo 1 e de todo o livro. Sejamos fieis como Daniel e seus amigos foram na Babilônia. Mas o livro de Daniel não foi escrito para darmos glória a Daniel. Daniel foi escrito para darmos glória ao Deus de Daniel e nosso Deus. Deus dá conhecimento, Deus dá inteligência, Deus dá sabedoria, Deus dá dons para você usar para o bem das pessoas e a glória dele. E porque Deus deu a eles tanta sabedoria, o quarteto jovem de Jerusalém foi promovido. [18] Ao final do tempo determinado pelo rei para que os jovens fossem levados à sua presença, o chefe dos eunucos os levou à presença de Nabucodonosor. [19] Então o rei falou com eles. E, entre todos, não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Por isso, passaram a servir o rei. [20] Em toda matéria de sabedoria e de inteligência sobre que o rei lhes fez perguntas, osachou dez vezes mais sábios do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino. O rei fez uma prova oral com todos os estudantes matriculados na Universidade Federal da Babilônia. Daniel e os 3 amigos tiraram a maior nota. Disparado! Mudar o nome deles não deu certo. Eles não abriram mão da identidade deles como crentes. E você não deve abrir mão da sua identidade como crente mesmo debaixo da pressão. Peça sabedoria ao Senhor, e ele dá a todos com generosidade (cf. Tiago 1:5). BUSQUE SABEDORIA DO ALTO A sabedoria de Daniel e seus amigos era 10 vezes maior porque a fonte de sabedoria deles não era a sabedoria desse mundo. Eles buscavam sabedoria no Senhor e na Palavra dele. Não busque conselho sobre casamento e relacionamento com quem não é cristão. Não busque conselho sobre carreira e negócios somente com os babilônios. Não busque conselho sobre a vida com pessoas do mundo. Não passe boa parte do seu tempo no celular consumindo conteúdo produzido pela Indústria de Entretenimento da Babilônia. Eles vão confundir você e sua identidade. Eles não vão ajudar você a viver para a glória de Deus. Nem tudo o que a Babilônia produz vai contaminar você. Mas muita coisa vai. Resolva, com a ajuda do Senhor, buscar a sabedoria em Deus. Na Palavra dele. Com o povo dele. Pelo Espírito dele. Olhando para o Filho dele, o Senhor Jesus, que se entregou por nós para pagar pelo nosso pecado e nos entregar o Espírito que nos dá sabedoria. É possível, com a ajuda do Senhor, você viver em santidade e sabedoria, mesmo em uma cultura hostil a sua fé. 70 ANOS DEPOIS O capítulo termina como começou, com Daniel nos localizando no tempo e no espaço. [21] Daniel continuou ali até o primeiro ano do reinado de Ciro. No versículo 1 nós ficamos sabendo que Daniel foi levado para a Babilônia no ano 605 AC. Ele devia ter por volta de 14 anos. Ele termina o capítulo no ano de 539 AC, quase 70 anos depois, quando a Pérsia dominou a Babilônia com o rei Ciro. Nesse ponto, Daniel estava com mais de 80 anos. Durante esses 70 anos, reis mudaram. Impérios surgiram e outros caíram. Mas Daniel, mesmo debaixo de muita pressão e debaixo de muita perseguição, continuou sendo fiel ao Deus que nunca muda—ao nosso Deus de amor e sabedoria e poder e glória. Daniel sabia que quem domina não é Nabucodonosor, nem Ciro, nem governante nenhum nesse mundo. Existe um trono acima—mais alto e mais sublime. E quem ocupa esse trono é Cristo. O domínio pertence a Deus. E isso foi suficiente para dar esperança para Daniel, mesmo em meio a grande sofrimento. E isso é suficiente para dar esperança para você também, filho de Deus. CONCLUSÃO Cristão, esse mundo não é o seu lar. Nós estamos na Babilônia, no exílio, longe de casa. Mas nós podemos viver para Deus mesmo longe de casa. Crianças, vocês não precisam esperar fazer 18 anos para ter fé em Cristo e andar com o Senhor. Jovens, vocês não precisam esperar fazer 30 anos para levar Deus à sério. Povo de Deus, nós não precisamos esperar passar a pressão e a provação para vivermos cheio de devoção a Cristo. Daniel e seus amigos tinham 14 anos. Eles tinham muita pressão ao redor. Mas eles tinham o coração cheio de amor a Deus. Daniel é a prova de que é possível vivermos uma vida verdadeiramente cristã, mesmo cercados por influências pagãs. É possível você viver em fidelidade ao seu Deus mesmo em um ambiente de hostilidade a sua fé. Deus cuidou de Daniel. Deus irá cuidar de você. Coloque sua esperança só nele e em nada nesse mundo. Resolva viver, todos os dias do seu exílio, para o Deus entregou o Filho para salvar você e prometeu voltar para lhe buscar e levar você para casa. Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Daniel 1: Fidelidade na Hostilidade da Babilônia

O livro de Daniel é a história de um jovem de 14 anos que, junto com seus 3 amigos, foi tirado sua terra e como esses jovens, continuaram se

Domingo, 10h30 Judas 1-4 | Guardem a Doutrina - Alex Daher (26/05/2024) Judas 5-16 | Falsos Mestres: Guardados Para Destruição - Alex Daher (02/06/2024) Judas 17-23 | Guardem-se no Amor de Deus - Alex Daher (09/06/2024 ) Judas 24-25 | Ele Tem Poder para Guardar Você - Alex Daher (16/06/2024) Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Série em Judas: Guardados

Domingo, 10h30 Judas 1-4 | Guardem a Doutrina - Alex Daher (26/05/2024) Judas 5-16 | Falsos Mestres: Guardados Para Destruição - Alex...

A partir de 14 de Julho de 2024, na IBJM. Domingo, das 9h às 10h. Inscrições com Caique Resende  . Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Escola Bíblica: Membresia na IBJM

A partir de 14 de Julho de 2024, na IBJM. Domingo, das 9h às 10h. Inscrições com Caique Resende . Igreja Batista Jardim Minesota Rua...

Conferência IBJM 2023 12 e 13 de agosto de 2023 Jonathan Threlfall Doutor em Apologética The Southern Baptist Theological Seminary Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Conferência IBJM 2023: Quem Sou Eu? O Homem e a Mulher segundo a Bíblia

Conferência IBJM 2023: 12 e 13 de agosto de 2023, com Jonathan Threlfall

A partir de 5 de março de 2023, o horário do culto de domingo na IBJM mudará para às 10h30. E o horário da Escola Bíblica será das 9h às 10h. Nosso principal objetivo no culto é contemplar e celebrar a glória de Deus em Jesus Cristo. Para mais informações, envie email para ibjardimminesota@gmail.com  Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Cultos na IBJM

Novo horário dos cultos na IBJM

09 de outubro de 2022 Conferência sobre "Igreja Regenerada", com Brian Pate e David Bledsoe. Mais informações: ibjardimminesota@gmail.com  Igreja Batista Jardim Minesota Rua Astério Pinto, 71 
 Sumaré - São Paulo

Conferência IBJM 2022: Igreja Regenerada

Conferência sobre "Igreja Regenerada", com Brian Pate e David Bledsoe.

bottom of page