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  • Foto do escritorPastor Alex Daher

Daniel 2: O Deus que Revela Sonhos

Série: Domínio e Esperança

18 de agosto de 2024 – IBJM



Eu tenho algumas perguntas para vocês:

• Você já ficou com medo do que poderia acontecer com seu filho ou sua filha quando eles saíram sozinhos para andar de bicicleta ou para estudar ou saíram para trabalhar?

• E quando seu marido precisa viajar, você fica preocupada?

• E você, marido: quando você viaja ou precisa ficar fora por um tempo, você fica preocupado com a sua família enquanto você está longe?

• Você já ficou preocupado com uma reunião no trabalho? Quando o seu chefe pede para conversar com você depois de um problema que aconteceu na empresa, você fica ansioso?

• Vocês que estão estudando: vocês ficam preocupados quando vocês precisam apresentar um trabalho na frente de toda classe? Vocês ficam preocupados quando vocês têm uma prova?


Sua mão fica suando? Dá um pouco de dor na barriga? O coração bate um pouco mais rápido? Você fica pensando naquilo o tempo todo?


Se você respondeu “sim” para alguma das perguntas acima (ou se você respondeu “sim” para todas as perguntas acima), provavelmente você é um ser humano. E nós humanos somos seres preocupados.


Mas, e se, assim que o seu filho saiu de casa ou assim seu marido saiu para viajar ou assim que o seu chefe mandou mensagem dizendo que queria conversar ou assim que você pegou a prova na mão, assim que começou essa situação que deixou você ansioso... e se Deus desse a você uma visão em que um anjo fala:


“O seu filho irá voltar para casa bem”; “Você vai tirar uma nota excelente nessa prova”; “Sua família ficará segura”; “Sua reunião com o chefe será tranquila.”


Se você tivesse absoluta certeza do que iria acontecer, o que aconteceria com o seu coração? O seu coração se aquietaria. Nós ficamos ansiosos porque nós não sabemos o futuro. Nós temos medo do que pode acontecer. E essa incerteza gera insegurança. E essa insegurança gera noites mal dormidas, mãos suadas, mente mais distraída durante o dia e um coração batendo mais rápido.


Daniel 2 é o calmante mais forte que existe nesse mundo.

E o mais eficiente. Deus está revelando o futuro em Daniel 2.

E Deus está fazendo isso para aquietar nosso coração e nos lembrar que ele é Deus e que ele será exaltado na terra e que nós estamos em boas mãos.


Nesse capítulo, Deus revela o futuro através do sonho do homem mais poderoso na época—o rei da Babilônia, o Império que dominava o mundo.


CONTEXTO: O SONHO DE NABUCODONOSOR (VV. 1-13)

NABUCODONOSOR SONHA (VV. 1-4)

Daniel começa o capítulo 2 exatamente da mesma maneira em que ele começou o capítulo 1: nos localizando no tempo.


[1] No segundo ano do seu reinado, Nabucodonosor teve uns sonhos que o deixaram perturbado e sem poder dormir.


Daniel e seus amigos tinham acabado de terminar o curso de 3 anos da Cultura e Língua dos Caldeus na Universidade Federal da Babilônia. Agora eles estão com 17 anos. Mas eles não entram na história ainda.


O rei convoca os astrólogos, videntes—os grandes magos do mundo— para explicar o sonho para ele.


Os babilônios acreditavam que os sonhos de um rei determinavam a maneira em que ele deveria governar. O procedimento comum era: o rei conta o sonho para os magos, e os magos contam para o rei o que o sonho significa.


[4] Os caldeus disseram ao rei em aramaico: — Que o rei viva eternamente! Conte o sonho a estes seus servos, e daremos a interpretação.


Mas Nabucodonosor foi absurdamente mais exigente: ele exigiu que os magos adivinhassem o que ele sonhou e depois dessem a interpretação. E ele ainda faz uma ameaça.


NABUCODONOSOR AMEAÇA (VV. 5-11)


[5] Mas o rei respondeu aos caldeus: — Uma coisa é certa: se não me contarem o sonho e a sua interpretação, vocês serão despedaçados, e as casas de vocês serão reduzidas a ruínas. [6] Mas, se me contarem o sonho e a sua interpretação, vocês receberão de mim dádivas, prêmios e grandes honras. Portanto, contem-me o sonho e a sua interpretação.


Nabucodonosor não estava ameaçando de brincadeira. Ele era conhecido por seu comportamento brutal. No livro de 2 Reis, nós temos registrado o que ele fez com Zedequias, o rei de Judá. Ele colocou os filhos de Zedequias na frente dele, matou todos os filhos para ser a última coisa que ele veria nessa vida, furou os olhos de Zedequias, amarrou-o com correntes de bronze e levou ele para a Babilônia. Outros dois judeus se rebelaram contra ele, e ele assou no forno—como ele tentou fazer com os 3 amigos de Daniel.


Nabucodonosor estava falando sério. Ele iria realmente matar todos os magos.

Nabucodonosor é fácil de irritar, mas é difícil de enganar.


[7] Os caldeus responderam pela segunda vez: — Que o rei conte o sonho a estes seus servos, e nós lhe daremos a interpretação. [8] O rei respondeu: — Bem percebo que vocês estão querendo ganhar tempo, porque sabem que o que eu disse está resolvido, [9] isto é, se não me contarem o sonho, todos vocês receberão a mesma sentença. Vocês combinaram dizer palavras mentirosas e perversas na minha presença, esperando que a situação mude. Portanto, contem-me o sonho, e saberei que vocês podem me dar a interpretação.


Os astrólogos da Babilônia jogam a toalha:


[10] Os caldeus responderam na presença do rei: — Não há nenhum mortal sobre a face da terra que possa fazer o que o rei exige. Nunca houve um rei, por maior e mais poderoso que fosse, que tenha exigido semelhante coisa de um mago, encantador ou caldeu. [11] Isso que o rei exige é difícil, e não há ninguém que o possa revelar diante do rei, a não ser os deuses, e estes não moram entre os mortais.


Os magos desistiram. Eles eram famosos por usar a astrologia—a posição das estrelas e dos astros—para tentar adivinhar o futuro. Mas o rei da Babilônia expôs a fraqueza da astrologia com um só golpe: nem o que já aconteceu no sonho do rei os magos conseguem saber.


Eu li uma pesquisa essa semana que dizia que 21% dos brasileiros acham importante ler o horóscopo regularmente. Isso significa que 40 milhões de pessoas no Brasil tomam decisões, hoje, usando as práticas pagãs da Babilônia de milhares de anos atrás.


Que tristeza, que perda de tempo e que ofensa ao Deus soberano: atribuir poder à posição das estrelas enquanto ignoram a Palavra do Criador das estrelas.


A teologia ruim dos magos da Babilônia (e dos astrólogos do Brasil) faz eles viverem uma vida ruim—uma vida sem esperança.


A TEOLOGIA RUIM DA BABILÔNIA

O versículo 11 mostra 2 problemas sérios da teologia da Babilônia (que ainda é praticada no nosso país):


[11] Isso que o rei exige é difícil, e não há ninguém que o possa revelar diante do rei, a não ser os deuses...


Primeiro problema: “deuses”. Não existem “deuses”. Só existe um Deus— no singular. O Deus que criou o mundo pela Palavra dele. Deus que sustenta o Universo através da Palavra dele. O Deus que salva pela Palavra dele. O Deus e Pai do nosso Senhor Jesus. Não existem deuses. Esse é o primeiro problema da teologia babilônia.


O segundo problema está na continuação do versículo 11:


[11] (...) a não ser os deuses, e estes não moram entre os mortais.


A TEOLOGIA DOCE DA BÍBLIA

É aqui que a sua teologia brilha, crente no Senhor Jesus! E muda a sua vida! Nós temos uma notícia maravilhosa: o nosso Deus, o Deus vivo e verdadeiro, diferente dos falsos deuses da Babilônia, ele mora entre os mortais. O nosso Deus imortal mora entre nós, mortais:


Isaías 57:15—Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade e cujo nome é Santo: “Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.


Você está muito perturbado, ansioso, preocupado? Eu tenho uma notícia maravilhosa: Deus habita com o contrito. Deus vivifica o espírito do abatido. Essa teologia é melhor.


Mas calma que tem mais:


João 1:14—E o Verbo [a Palavra] se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.


Jesus veio habitar entre nós para nos resgatar. Para nos vivificar. Foi por isso que ele morreu naquela cruz. Nosso Deus é diferente dos deuses da Babilônia. Ele habitou e morreu naquela cruz para pagar pelo nosso pecado e nos fazer habitar com ele para sempre. Essa teologia é melhor. Ela é mais doce.


Mas calma. Tem mais:


João 14:16-17—é o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê,  nem o conhece. Vocês o conhecem, porque ele habita com vocês e estará em vocês. E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Consolador, a fim de que esteja com vocês para sempre.


Nosso Deus habita conosco: Pai. Filho e Espírito. Ele habita em nós. Você está abatido? Preocupado? Ansioso? Com medo do que pode acontecer?

Jesus nos deu um Consolador que está mais perto de você do que a sua pele.


Boa teologia gera uma boa vida. Uma vida que pode não ter a ausência de sofrimento, mas é uma vida que tem a presença de Deus. Essa calmante dá esperança para sua alma.


Mas Nabucodonosor ainda está nervoso e angustiado. Ele não conhece esse Deus. E uma teologia errada leva a uma vida errada.


Ele sonhou, ameaçou e por fim, ele decretou.


NABUCODONOSOR DECRETA (VV. 12-13)


[12] Ao ouvir isto, o rei ficou tão irado e furioso, que mandou matar todos os sábios da Babilônia. [13] Saiu o decreto, segundo o qual os sábios deviam ser mortos. Foram buscar também Daniel e os seus companheiros, para que fossem mortos.


O versículo 13 é o último versículo que dá o contexto do capítulo: o SONHO de NABUCODONOSOR. É no versículo 13 também que Daniel entra na história. E junto com Daniel, entra na história também o Deus de Daniel e nosso Deus. E ele entra para mudar a história.


O resto do capítulo está dividido em 3 partes: A ORAÇÃO de Daniel, a INTERPRETAÇÃO de Daniel e a PROMOÇÃO de Daniel.


1. A ORAÇÃO DE DANIEL (VV. 14-23)

A primeira coisa que Daniel faz é:


DANIEL PEDE PARA O REI ESPERAR (VV. 14-16)

Que jovem piedoso é esse Daniel!


[14] Então Daniel, com cautela e prudência, foi falar com Arioque, chefe da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios da Babilônia. [15] Daniel perguntou a Arioque, encarregado do rei: — Por que esse decreto do rei é tão urgente? Então Arioque explicou o caso a Daniel. [16] Daniel foi falar com o rei, para pedir que lhe desse tempo, e ele revelaria ao rei a interpretação.


Que jovem piedoso é esse Daniel. 17 anos! É realmente possível ter uma fé madura antes de ter idade para dirigir um carro.


Jesus disse:


Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra (Mateus 5:5).


Daniel é manso. Ele tem um decreto para ser morto assinado contra ele.

A espada está apertando o pescoço dele, e o versículo 14 diz:


[14] Então Daniel, com cautela e prudência.


Eu imagino que Daniel tinha memorizado o Salmo 46:


Aquietem-se e saibam que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio (Salmo 46:10-11).


De onde vem essa cautela e prudência? De Deus. E da Palavra de Deus.

Enquanto o rei está queimando de raiva, Daniel está vivendo pela fé.


Que diferença enorme existe entre um tolo e um sábio!

Que diferença enorme existe entre um homem furioso e um jovem piedoso.


O tolo furioso está preocupado com vontade dele, e se ela não é feita, ele explode.

O sábio piedoso está preocupado com a vontade de Deus, e se ela não é feita, ele espera. Ele espera no Senhor. Ele ora.


Depois de pedir para o rei esperar,


DANIEL PEDE PARA DEUS REVELAR (VV. 17-18)

Daniel dobra os joelhos. Mas ele não faz isso sozinho. Ele marca uma reunião de oração:


[17] Então Daniel foi para casa e explicou a situação a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, [18] para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério [o sonho], a fim de que Daniel e os seus companheiros não fossem mortos com o resto dos sábios da Babilônia.


Diante de uma situação de grande preocupação—como no caso de Daniel, uma situação de vida ou morte—que nossa inclinação seja inclinar nossas cabeças em oração ao Deus do céu.


Quantas vezes, povo de Deus, nossa primeira reação é tentarmos resolver na força do nosso braço—na carne—e na agitação. Nós viveríamos vidas menos ansiosas, se nós nos sentássemos mais aos pés de Jesus e dobrássemos nossos joelhos diante de Deus e pedíssemos para ele resolver—para ele nos guiar e nos guardar.


Nossa vida fica muito pesada porque nós tentamos carregar coisas demais nas costas. Nós ficamos exaustos. Cansados.


INSTINTO DE PEDIR AJUDA

Que o Senhor nos dê esse instinto: o instinto de pedir misericórdia ao Deus do céu. E que esse instinto seja coletivo também. Daniel poderia ficar no quarto sozinho orando. Ele poderia. Mas ele abriu o pedido para os seus companheiros.


Eu tenho amigos com esse instinto. De vez em quando eles me mandam uma mensagem:


“Eu estou muito preocupado sobre o que vai acontecer amanhã, você pode orar por mim?” (Que mensagem maravilhosa!)


Às vezes, alguém me liga: “Você pode orar comigo? Eu não estou bem”.


Povo de Deus, vamos orar mais juntos. Nós somos uma família. Nós podemos compartilhar nossas ansiedades uns com os outros e depois, juntos, pegar essa ansiedade e lançar para o céu—para o nosso Deus do céu que cuida de nós.


Deus recebe glória quando você ora sozinho, ele responde e você agradece. Mas muitas vezes, Deus quer ser glorificado mostrando o poder dele para mais pessoas: ele quer agir na frente de mais gente para aumentar a fé de mais gente e ver mais gente dando glória a ele.


Daniel pediu. E Deus ouviu.


DEUS REVELA E DANIEL LOUVA (VV. 19-23)

Uma oração centrada nos atributos de Deus:


[19] Então o mistério foi revelado a Daniel numa visão de noite. Daniel bendisse o Deus do céu, [20] dizendo: “Bendito seja o nome de Deus, de eternidade a eternidade [Deus é eterno], porque dele é a sabedoria e o poder [Deus é sábio e poderoso]! [21] É ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis [Deus é soberano]; ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes [Deus é generoso, ele dá]”.


Boa teologia gera boa oração.


Deus ouviu e respondeu Daniel. E Daniel voltou a Deus para agradecer.

Esse é mais um lembrete para nós desse jovem piedoso: “não nos esqueçamos de agradecer a Deus quando ele responde a nossa oração”.

Veja como ele termina:


[23] Ó Deus de meus pais, eu te agradeço e te louvo, porque me deste sabedoria e poder, e agora me revelaste o que te pedimos, porque nos fizeste saber este caso do rei.”


Nós não precisamos viver como os tolos que estão sempre reclamando do que não tem. Nós podemos viver como os sábios e santos—como Daniel—sempre agradecendo o que nós temos: seja muito, seja pouco.

Nós podemos aprender a viver contentes em toda e qualquer situação, na fartura e na falta, porque nós podemos confiar no Deus do Céu. Nós podemos confiar nele porque:


Final do v.[20] (...) porque dele é a sabedoria e o poder!


Ele tem sabedoria para conduzir nossa vida. E ele tem poder para executar o plano sábio dele.


Daniel dobrou os joelhos em oração. Agora chegou a hora de Daniel abrir a boca a relevar a interpretação do sonho.


2. A INTERPRETAÇÃO DE DANIEL (VV. 24-45)

INTRODUÇÃO AO SONHO (VV. 24-30)

Mas antes de falar da interpretação, Daniel tem duas conversas: uma conversa com o exterminador que Nabucodonosor contratou para matar os sábios e logo depois uma conversa com o próprio rei.


E toda a vez que Daniel abre a boca, nós ouvimos a piedade que Deus deu a ele.


A CONVERSA COM ARIOQUE: MISERICÓRDIA (v. 24)


[24] Por isso, Daniel foi falar com Arioque, a quem o rei tinha encarregado de exterminar os sábios da Babilônia. Daniel entrou e lhe disse: — Não mate os sábios da Babilônia! Leve-me à presença do rei, e revelarei ao rei a interpretação.


Se a mulher de Provérbios 31 é a sabedoria em forma feminina, Daniel é a piedade em forma masculina. Ele poderia ter dito: “Não me mate, mas pode matar todos esses magos da Babilônia. Eu vou contar para o rei a interpretação”.


Mas Daniel age com misericórdia: “— Não mate os sábios da Babilônia!”


Daniel nos lembra do Senhor Jesus, a piedade em forma perfeita. Quando ele estava na cruz, em um exílio muito mais difícil—exilado da presença de Deus, Jesus disse cheio de misericórdia: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).


IBJM, nós precisamos nos preocupar com as pessoas que estão perecendo sem Cristo.


E a única maneira de termos esse sentimento de misericórdia e desejarmos que eles sejam salvos e se nós nos lembramos que foram os nossos pecados que crucificaram Jesus. Ou, tornando mais pessoal: foi o meu pecado que fez com que Jesus tivesse que sofrer e morrer naquela cruz. Jesus teve misericórdia de mim.


Nós devemos rejeitar o estilo de vida das pessoas desse mundo, mas nós devemos orar por eles e proclamar Cristo e implorar para eles se refugiarem junto conosco em Cristo.


E nós evangelizamos com fé no poder que Deus tem para salvar.


No evangelho de Mateus, logo no capítulo 2, o Senhor Jesus, ainda uma criança, recebe a visita de alguns homens que trouxeram presentes: ouro, incenso e mirra. Mateus nos diz quem eram esses homens: eles eram “magos do Oriente” (Mateus 2:1). Eles eram astrólogos da Babilônia que se arrependeram e se prostraram aos pés de Jesus, o Deus-Homem. Eles se tornaram adoradores do Deus vivo.


A Palavra de Deus tem poder para trazer as pessoas das trevas para a luz de Cristo. Ela fez isso conosco, os piores pecadores. Ela pode fazer isso com os outros pecadores também.


Não perca a esperança em orar e falar de Cristo para aqueles que você ama. Deus tem poder para fazer até os magos da Babilônia se dobrarem diante dele em adoração.


Rejeite o estilo de vida da Babilônia, mas conserve um coração cheio de misericórdia pelos babilônios. Se existe alguma diferença entre nós e eles, foi só porque a graça soberana de Deus nos salvou e nos deu olhos para ver Cristo crucificado no nosso lugar.


Se na primeira conversa de Daniel nós vemos a misericórdia dele, na segunda conversa, com Nabucodonosor, nós vemos a humildade desse jovem piedoso.


(Eu tinha dito, anos atrás, que se eu tivesse um terceiro filho, o nome dele seria Boaz. Muito bem, hoje eu estou mudando esse decreto. Se eu tiver mais um filho, o nome dele será Daniel).


Esse menino é muito abençoado!


A CONVERSA COM NABUCODONOSOR: HUMILDADE (vv. 25-30)

Arioque quer a glória para ele:


[25] Então Arioque depressa levou Daniel à presença do rei e lhe disse: — Achei [eu achei!] um dos filhos dos exilados de Judá, que revelará ao rei a interpretação.


E Nabucodonosor pergunta de uma maneira para tentar Daniel e querer glória para ele mesmo:


[26] O rei perguntou a Daniel, cujo nome era Beltessazar: — Você é capaz de me contar o que vi no sonho e qual é a sua interpretação?


“Você é capaz, Daniel!?”


Mas Daniel ama a Deus e a glória de Deus. Que o Senhor nos perdoe por queremos uma glória que não é nossa! Que nos nossos pensamentos e no nosso comportamento e nas nossas palavras, só haja espaço para Deus ser glorificado:


[27] Daniel respondeu na presença do rei: — O mistério que o rei exige, nem sábios, nem magos nem encantadores o podem revelar.

[28] Mas há um Deus no céu, que revela os mistérios... Versículo:

[30] Quanto a mim, este mistério me foi revelado, [veja como ele é humilde!] não porque exista em mim mais sabedoria do que em todos os outros homens, mas para que a interpretação fosse revelada ao rei, e para que ele entenda o que passou pela sua mente.”


O rei pergunta: “Você é capaz, Daniel?”

A resposta de Daniel é: “Não. Eu não. “Mas há um Deus no céu”. Ele é capaz!”


Daniel tinha acabado de dar glória a Deus diante do povo dele no trecho anterior: “Bendito seja o nome de Deus” (v. 20). E aqui Daniel dá glória a Deus diante dos pagãos.


Que nenhum de nós esconda a nossa fé! Nem na escola nem na internet.

Que nossos amigos e nossos vizinhos saibam que existe um Deus do céu em que nós confiamos e amamos e seguimos. Que eles saibam que o Filho dele é nosso Senhor e o Rei que nós estamos esperando voltar para nos buscar.


Daniel não quer nenhuma glória para ele: “É Deus quem revela mistérios, rei. É Deus quem dá sabedoria. Não, eu”.


Deus usou e vai usar você no reino dele para abençoar as pessoas. Se você andar com Deus, Deus irá usar você na vida de outras pessoas.


A maior parte das coisas que Deus fizer através de você, você só vai saber no céu. Mas às vezes, ainda aqui na terra, Deus mostra para você algumas coisas que ele fez usando você.


Quando Deus nos mostra o que ele fez através de nós, que a nossa reação seja de quebrantamento, não engrandecimento pessoal. Como Davi, quando Deus revelou para ele de que o Messias seria um descendente dele, Davi disse:


— Quem sou eu, Senhor Deus, e qual é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui?… Grandioso és tu, ó Senhor Deus, porque não há ninguém semelhante a ti, e não há outro Deus além de ti (2Samuel 7:18-22).


Existe grande liberdade na humildade. É cansativo e escravizador buscar os aplausos das pessoas. É destruidor disputar a glória com Deus. Mas é libertador descansar na nossa insignificância e saber que nós somos amados por Deus e Jesus nos comprou com o sangue dele. É libertador saber que a graça dele realmente nos basta.


É difícil viver assim. Mas o Deus do céu é misericordioso—ele perdoa o nosso orgulho e nos disciplina e nos humilha e nos leva de novo para o nosso lugar certo: prostrados em adoração aos pés dele, como os magos de Mateus 2.


Depois que Daniel deixou claro que toda a glória vai para o Deus dele, não para ele, Daniel revela tanto o sonho quanto a interpretação do sonho.


A REVELAÇÃO DO SONHO (VV. 31-35)

Versículo 13: Nabucodonosor sonhou com uma estátua enorme e assustadora de tanto esplendor. Cada parte da estátua era feita de um metal diferente:


[32] A cabeça era de ouro puro, o peito e os braços eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze; [33] as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. Até que entra um segundo objeto no sonho: uma pedra que atinge a estátua nos pés e despedaça ela inteira e ela vira palha e não sobra nada.


Até que:

Final do v.[35]— (...) Mas a pedra que atingiu a estátua se tornou uma grande montanha, que encheu toda a terra.


A pedra se torna uma montanha e engloba todo o globo terrestre. Deus revela para Daniel não só o sonho em si, mas a interpretação do sonho— que é ainda mais importante.


A INTERPRETAÇÃO DO SONHO (VV. 36-45)

O sonho de Nabucodonosor é um resumo da história mundial pelos próximos 600 anos. Deus está revelando o futuro. Essa é a interpretação: cada parte da estátua representa um reino diferente.


Final do v.[38]—(...) o senhor, ó rei, é a cabeça de ouro.


A cabeça de ouro da estátua é a Babilônia—representada pelo Nabucodonosor.

• O segundo reino (inferior, de menos glória) é a Pérsia. Por isso o peito e os braços são de prata, não de ouro. Porque a Pérsia será um reino inferior.

• O terceiro reino—representado pelo ventre e quadris de bronze—é a Grécia, de Alexandre, o Grande.

• E o quarto reino, as pernas de ferro, é o Império Romano.


[39] — Depois do senhor, se levantará outro reino, inferior ao seu [a Pérsia]; e um terceiro reino, de bronze, que terá domínio sobre toda a terra [A Grécia com Alexandre, o Grande]. [40] O quarto reino [o Império Romano] será forte como o ferro; pois o ferro quebra e despedaça tudo; como o ferro quebra todas as coisas, assim esse reino fará em pedaços e destruirá todos os outros.


Nós sabemos quem são os próximos reinos comparando com outras visões que Daniel teve e registrou no livro e deu nome aos reinos. Por exemplo:


Daniel 8:20-21—Aquele carneiro com dois chifres, que você viu, são os reis da Média e da Pérsia. O bode peludo é o rei da Grécia, e o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei.


Séculos antes de alguma coisa acontecer, Deus fala o futuro porque ele escreve e executa a história das nações e a nossa história. Esse é o nosso Deus.


O TRIUNFO DA PEDRA

Mas a revelação do sonho ainda não acabou. Depois de todos esses reinos: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma, virá um quinto reino. Um reino diferente. Ele não é feito de nenhum metal: nem de ouro, nem prata, nem bronze, nem ferro.


Esse quinto reino é a pedra no sonho:


[44] Mas, nos dias desses reis [ele está falando do Império Romano], o Deus do céu levantará um reino que jamais será destruído e que não passará a outro povo. Esse reino despedaçará e consumirá todos esses outros reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, [45] assim como o rei viu que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos humanas, e ela despedaçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus revelou ao rei o que vai acontecer no futuro. Certo é o sonho, e fiel é a sua interpretação.


Em toda a Bíblia e em toda a história, só existe um reino que se encaixa nessa descrição. É o reino do Rei Jesus. Ele é a Pedra que irá destruir o mal e dominar sobre o mundo para sempre. Jesus disse, falando dele mesmo:


— Que quer dizer então o que está escrito: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular”? Todo o que cair sobre esta pedra [ele] ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó (Lucas 20:17-18).


Jesus é a pedra. A pedra angular. A pedra rejeitada pelo mundo. A pedra que nos salva. A pedra, como o versículo 45 diz, cortada “sem o auxílio de mãos humanas”. É obra de Deus.


Jesus venceu o mundo, o mal e a morte na cruz sem o auxílio de mãos humanas. Foram as mãos dele, sozinhas e suficientes, estendidas naquela cruz, para triunfar sobre todos os reinos desse mundo e estabelecer o reino eterno dele. Cristo é a Pedra da salvação da visão de Daniel.


Os reinos desse mundo podem parecer poderosos. Podem até parecer eternos. Eles podem até se achar eternos. Mas quando Jesus voltar, eles serão despedaçados no mesmo instante. Eles virarão palha. Eles serão levados pelo vento, e deles não se verá mais nenhum vestígio (v. 35).


E o reino de Cristo—a pedra pequena e desprezada—com seus seguidores desprezados como você—para Deus é eleita e preciosa. O reino se tornará uma grande montanha que vai encher toda a terra com a glória de Deus.


E já não existirá mais morte, já não haverá mais luto, nem prato, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram (Apocalipse 21:4).


Daniel e seus amigos perseveraram esperando a primeira vinda de Cristo.

Nós podemos perseverar esperando a segunda vinda do nosso Rei.


Ele cumpriu a promessa inaugurando o reino durante o Império Romano.

Ele vai cumprir a promessa voltando para consumar o reino.


A Bíblia termina com Jesus dizendo:


— Certamente venho sem demora (Apocalipse 22:20).


Crente exilado, peregrino, estrangeiro, ele disse que vem sem demora.

Você pode confiar nele. O nosso Rei não mente.


A preocupação, a ansiedade e o medo sofrem um golpe forte quando você se lembra do futuro, do final da história—de que você é parte desse reino que nunca terá fim.


CORRA PARA A PEDRA DA SALVAÇÃO

Se você tem vivido de acordo com os reinos desse mundo e ignorado o reino de Cristo, você que sabe que, se o dia do juízo fosse hoje, você seria destruído junto com esses reinos.


Mas há esperança em Cristo, a Rocha da salvação. Confesse seus pecados para ele. Peça para ele perdoar você. Peça para ele lavar você da sujeira do pecado e lhe dar uma vida nova.


Foi para isso que Cristo, a Pedra, veio: para salvar.

Pedro, pregando em Atos:


Este Jesus é a pedra que vocês, os construtores, rejeitaram, mas ele veio a ser a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos (Atos 4:11-12).


Esse é o final da história para você, crente: salvação no nome de Cristo.

Guarde seu coração nessa promessa.


Daniel orou. Daniel interpretou. E Nabucodonosor promoveu Daniel como chefe supremo dos sábios.


Daniel dobrou os joelhos. Daniel abriu a boca. Agora Daniel sobe de cargo.


3. A PROMOÇÃO DE DANIEL (VV. 46-49)

Nabucodonosor não se converteu. Ainda. Aguarde cenas dos próximos capítulos. Mas ele reconheceu que o Deus de Daniel (e nosso Deus) é supremo, acima de todos os outros deuses de todas as outras nações.


[47] O rei disse a Daniel: — Certamente o Deus que vocês adoram é o Deus dos deuses e o Senhor dos reis. Ele é quem revela os mistérios, pois você foi capaz de revelar este mistério.


Depois da oração de Daniel e da interpretação de Daniel, vem a promoção de Daniel:


[48] Então o rei engrandeceu Daniel e lhe deu muitos e grandes presentes. Ele o pôs como governador de toda a província da Babilônia. Também o fez chefe supremo de todos os sábios da Babilônia.


Assim como Deus exaltou José e o colocou como o homem mais poderoso debaixo do Faraó para salvar seu povo, agora Deus exalta Daniel—o homem que ele escolheu—em uma posição exaltada para salvar seu povo.


Como Deus fez com Cristo—que depois de não só ameaçado de morte, mas morto, foi exaltado à mais alta posição, à direta da Majestade nas alturas, de onde ele governa, e de onde ele virá para nos salvar—seu povo.


Daniel é um pequeno reflexo do amor de Cristo. Assim como Jesus nunca se esquece de nós, não é porque Daniel foi promovido que ele irá se esquecer de seus amigos: seus “companheiros” de oração.


Eles lutaram juntos clamando a Deus. Eles continuam juntos em serviço e adoração da Deus, mesmo em terras babilônias.


[49] A pedido de Daniel, o rei pôs Sadraque, Mesaque e Abede-Nego como administradores da província da Babilônia; mas Daniel permaneceu na corte do rei.


Você pode, crente, no seu trabalho, mesmo debaixo de chefes que não temem a Deus, ser fiel a Deus—como esses jovens foram. Você não precisa ceder à tentação e a pressão de viver como alguém que não conhece a Deus.


Deus colocou você no lugar que você está para você mostrar que não existe ninguém como o Deus do Céu; para você usar os dons que o Senhor deu a você para abençoar as pessoas. Seja você um estagiário ou um funcionário. Se você trabalha na portaria ou na diretoria. Seja fiel a Cristo.

É para ele que você trabalha.


Colossenses 3:22-24—Servos, obedeçam em tudo a seus senhores aqui na terra, não servindo apenas quando estão sendo vigiados, visando somente agradar pessoas, mas com sinceridade de coração, temendo o Senhor. Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor e não para as pessoas, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.


CONCLUSÃO

E que o domínio de Deus sobre o Universo domine nossas preocupações e medos e ansiedades. Não existe calmante mais forte e mais eficaz.


Que a promessa do reino eterno do seu Rei aquiete o seu coração e faça você lembrar que ele é Deus. Ele será exaltado entre as nações. Ele será exaltado na terra.


Povo de Deus, o Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó [e de Daniel] está conosco. Ele é o nosso Deus e o reino dele será para todo o sempre.


Crente exilado, você está em boas mãos. Há um Deus no céu.


 

Igreja Batista Jardim Minesota

Rua Astério Pinto, 71 Sumaré - São Paulo

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